Apesar do começo menos positivo na temporada que agora decorre, é inegável o contributo que os Golden State Warriors deram à melhor liga de basquetebol do mundo. As escolhas no Draft e a gestão ajudaram ao sucesso, que foi tudo menos repentino. Em pouco mais de uma década, os dubs passaram de inofensivos a um alvo a abater.
Até 2015, contavam já com três títulos no palmarés, e nomes como Wilt Chamberlain ou Rick Barry colocaram a equipa num patamar de respeito na NBA. Tudo mudou no final do passado século, quando um deserto pairou sobre a cidade de Oakland. Poucos foram os anos em que o franchise chegou aos playoffs, e nem os Run-TMC (Tim Hardaway, Mitch Richmond e Chris Mullin) alimentaram a sede de vencer, só o famoso lema “We Believe” entusiasmou em tantos anos.
Estava na hora de mudar e foi a direção que deu um murro na mesa. As ideias antiquadas do ex-jogador Chris Mullin não davam o rumo certo, e após a recusa de oferecer um novo contrato, chegou ao leme Larry Riley. Nas suas mãos tinha Stephen Curry, olhado de lado por muitos. E ao base, alguns anos depois, o diretor geral adicionou outro desconhecido, Klay Thompson.
Os dois, sem nada prever, mudaram a história da borracha laranja e preta. No início da carreira de ambos, as coisas não corriam como o esperado. Muitas lesões e a falta de talento no plantel não davam esperanças de ventos de mudança na Oracle Arena. Apesar de tudo, a nova direção não desistiu do projeto. Em 2012, as “perspicazes” escolhas de Harrison Barnes, de Draymond Green e Festus Ezeli trouxeram a juventude e uma ideia de renovação.
Os Warriors voltaram a sentir o ambiente de jogos de playoff, mas ao sangue novo, faltava alguma experiência. Foi com esse mote que atacaram o experiente jogador dos Denver Nuggets, Andre Iguodala. Ainda assim, os resultados não eram os esperados e um clima menos positivo abalou os jogadores, levando ao despedimento do treinador Mark Jackson.
Logo depois, o consagrado jogador Steve Kerr assumiu o comando. Como se tratava da primeira experiência do técnico, os adeptos mostraram-se reticentes, mas não demorou muito até conquistar os fãs leais da costa oeste. Logo na primeira temporada no banco, os Golden State Warriors chegaram a um recorde de 65 vitórias e 15 derrotas, e a maneira como aproveitaram os lançamentos de três pontos criou uma nova tendência na liga.
40 anos depois, o caneco voltou para Oakland, e a tendência dos anos seguintes foi de ganhar e dominar. Interrompidos pelos Cleveland Cavaliers na temporada seguinte, tornaram-se ainda mais fortes com a contratação de Kevin Durant e voltaram a subir ao pódio em 2017 e 2018.
Com algumas saídas importantes e as lesões de Curry e Klay, não se espera a melhor época e os playoffs não devem ser alcançados. No entanto, existe a esperança de mais uma grande mudança, com a possibilidade do sucesso estar a ser novamente cozinhado, para ser servido em breve.
Foto De Capa: Golden State Warriors
Artigo revisto por Inês Vieira Brandão