E que tal um E-Prix à portuguesa?

A Fórmula E decide a cada época passar em algumas das mais famosas cidades do mundo. De Riade a Nova Iorque, o espetáculo citadino é animado, e variado, tradicional e moderno, porém, há um país na Europa que ainda não foi visitado pela Fórmula E, que por mero acaso é o país de origem de um dos seus melhores pilotos. Falo claro, de Portugal e o nosso António Félix da Costa, piloto da DS Techeetah.

Há algum tempo, o português, numa entrevista à Autosport, revelou que a Câmara Municipal de Lisboa se tinha reunido com a Fórmula E, e acreditava que um E-Prix pelas ruas da capital estaria para breve.

Isto seria algo bom para os dois lados. Para a Fórmula E, teria uma corrida num dos países mais reconhecidos a nível mundial graças ao nosso turismo, e um mercado em ascensão no que toca a veículos elétricos, sem esquecer que somos um dos melhores países do mundo no que toca a energias renováveis. Para Portugal, era mais uma forma de promover o turismo, mostrar uma imagem de sustentabilidade, e, acima de tudo, continuar a relação amorosa do povo português com os desportos motorizados.

Em tempos tínhamos um pouco de tudo, desde MotoGP, Dakar e Fórmula 1, mas hoje, em termos de campeonatos mundiais temos o Rally de Portugal, e a nível europeu a European Le Mans Series (ELMS). Para um povo tão apaixonado pela adrenalina das corridas, sabe a pouco, e meus amigos, eu, pessoalmente, não me acredito num GP de Portugal durante os próximos anos, apesar dos rumores que circulam. Os valores investidos para atrair a Fórmula 1 são estratosféricos, e dificilmente se encontrará investimento grande o suficiente para tal em Portugal, porém, a Fórmula E fica bem mais barato, e tem o benefício de ser um desporto motorizado com foco no futuro elétrico, o que poderá ser uma boa aposta de marketing para o país, e claro está, as corridas são fantásticas.

Apesar do foco estar colocado em Lisboa, há vários locais onde esta corrida se poderia realizar. Rapidamente somos obrigados a eliminar os circuitos de raiz, como o Estoril e Portimão, a Fórmula E apenas utiliza pistas citadinas, por isso, temos de olhar para as nossas cidades. Vila Real era fantástico (e pessoalmente adorava porque é já aqui ao lado), mas aquele circuito é bom para WTCR, mas não funcionava na Formula E. Ficamos com os dois gigantes turísticos, Lisboa e Porto.

Pelo que o António Félix da Costa revelou, o que está em cima da mesa, é o E-Prix de Lisboa, mas a cidade do Porto tem um ás na manga, um circuito pronto a utilizar, com raízes bem assentes nos altares da história do desporto motorizado em Portugal, o Circuito da Boavista.

Eu juro que não é por ser nortenho, mas quando revejo as corridas de WTCC que lá duraram até 2013, tirando algumas alterações que teriam de ser feitas para acomodar a Fórmula E, não deixo de pensar como seria excelente uma corrida nas ruas do Porto. Dito isto, não havendo sequer uma ideia de onde seria realizado um E-Prix de Lisboa, para mim é difícil tomar essa decisão, porque não conheço a capital como conheço o norte, e por isso mesmo, deixo a batata quente do vosso lado: Onde fariam um E-Prix em Lisboa?

Foto de Capa: Fórmula E

Luís Manuel Barros
Luís Manuel Barros
O Luís tem 21 anos e é de Marco de Canavezes, tem em si uma paixão por automobilismo desde muito novo quando via o Schumacher num carro vermelho a dominar todas as pistas por esse mundo fora. Esse amor pelas 4 rodas é partilhado com o gosto por Wrestling que voltou a acompanhar religiosamente desde 2016.                                                                                                                                                 O Luís escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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