É já na próxima terça-feira que Sporting CP e FC Porto se voltam a enfrentar na presente época, desta vez a contar para a final four da Taça da Liga. O jogo está marcado para as 19h45 no Estádio Dr. Magalhães Pessoa em Leiria.
Naquele que foi um jogo de emoção, mas nem sempre bem jogado, as equipas empataram a duas bolas com golos de Nuno Santos e Luciano Vietto para o Sporting CP e de Matheus Uribe e Jesus Corona para o lado azul e branco.
A equipa de Rúben Amorim chega a este jogo numa altura complicada da época, onde vai mantendo o primeiro posto, mas perdendo algum brilho depois de ser eliminada da Taça de Portugal diante o CS Maritimo (2-0) e após empatar a uma bola diante o Rio Ave FC, jogo no qual até poderia ter aproveitado para aumentar a distância para os rivais directos.
Já o FC Porto chega na sua melhor fase da época, onde já vão em 17 jogos consecutivos sem conhecer o sabor da derrota e onde recentemente até conquistaram a Supertaça Cândido de Oliveira diante do SL Benfica (2-0). Seguiram em frente na Taça de Portugal ao eliminar o CD Nacional e empataram a uma bola, desta feita para o campeonato frente ao SL Benfica a uma bola.
Hoje olhamos para alguns dos pontos fortes do FC Porto e certamente os quais o Sporting CP terá de conseguir anular se quiser sair vitorioso nesta meia-final.
Nas bolas paradas, arrisco-me a dizer que será das melhores equipas do mundo no que toca ao aspeto das bolas paradas e nestes jogos tão táticos e tão encaixados, é nos pequenos detalhes que por vezes as equipas fazem a diferença. O FC Porto é exímio neste tipo de lances, seja em cantos ou em livres, tendo vários batedores de excelência como é o caso de Sérgio Oliveira, mas também jogadores muito fortes no jogo aéreo. A isto junta-se o facto de o FC Porto ser uma equipa capaz de se ajustar e mudar as equipas que defronta, apresentando várias formas de surpreender o adversário na cobrança das bolas paradas. Será, sem dúvida, uma forte arma que o Sporting CP terá de conseguir anular.
A capacidade ofensiva da equipa portista é eximia no seu jogo sem bola e a impor-se depois onde é mais forte – na transição ofensiva. É uma equipa que se valoriza pela grande capacidade de trabalho e na forma inteligente como dá o jogo ao adversário para o atacar quando este está desequilibrado e a jogar mais largo, atacando assim os espaços e acelerando o seu jogo nesse momento. Desde a primeira fase de pressão que é uma equipa agressiva na tentativa de obrigar o adversário a jogar mal com a sua equipa aberta onde procura depois ganhar as segundas bolas. Uma equipa compacta, sempre intensa e com uma enorme mentalidade competitiva que procura estar sempre ligada ao jogo.
No que concerne às individualidade, o FC Porto é uma equipa que considero capaz para todos os momentos do jogo mesmo que, por vezes, demonstre alguma dificuldade na criação e que priorize mais a transição do que a organização ofensiva. Como todas as boas equipas, as suas estratégias funcionam melhor com as peças certas e o FC Porto é uma equipa cheia de excelentes individualidades onde cada peça é importante na manobra coletiva.
Com um Sérgio Oliveira renascido e em excelente forma, com Matheus Uribe a ser uma peça importante no centro do terreno que permite aos dragões recuperar muitas bolas ainda em meio-campo ofensivo e que dá um enorme equilíbrio à sua equipa, sem esquecer a versatilidade e capacidade de decisão de Jesus Corona, a irreverência de Luís Diaz, o poder físico de Marega e a experiência e liderança de Pepe.