O adeus à Europa | Sporting CP

Depois de 25 anos sem basquetebol, o basquetebol do Sporting CP tem vivido tempos bastante auspiciosos. Ora, depois de terminar a temporada (incompleta) 2019/2020 em primeiro lugar, permanece nessa mesma posição em 2021 e invencível, sem qualquer derrota. Para além disso, a vitória da Taça de Portugal, diante o FC Porto, comprovou este domínio interno no basquetebol nacional, ao passo que parece um cenário muito difícil de contestar pelos adversários.

Isto é, até ao momento, sendo que o resultado deste fim de semana na Taça Hugo dos Santos poderá me contradizer, sendo que serão dois encontros (caso os leões derrotem o Imortal Basket nas meias finais) num formato final four, onde cada jogo será disputado como uma final.

Ora, todavia as apreciações positivas ao desempenho global do Sporting CP esta temporada, a verdade é que a nível europeu houve muitas expectativas defraudadas. Foram três derrotas em três jogos, onde o Sporting CP teve pela frente oponentes que provocaram estímulos que nenhuma outra equipa, a nível nacional, havia conseguido. Não direi que não houve jogos «apertados» esta época diante o Sporting CP, no entanto, nenhuma equipa conseguiu desarmar o Sporting CP nos últimos dois períodos e nos momentos decisivos do último quarto, da forma contundente que estas três equipas forasteiras conseguiram.

Veremos diacronicamente o desenrolar dos acontecimentos nos três jogos europeus do Sporting CP:

Na primeira derrota diante o Ironi Ness Ziona da Israel, o Sporting CP apresentou percentagens baixas em todas as áreas do lançamento e o quarto período da equipa israelita foi demolidor. Ainda assim, o resultado terminou com uma diferença curta (81-86) e deixava esperança para as partidas que restavam. O segundo jogo diante o Arged BMSLAM Stal, por outro lado, teve um quarto período muito positivo por parte da turma de Luís Magalhães, mas novamente, na “hora H” e quando mais importava a equipa polaca levou a melhor.

O lançamento de Elissor na buzina é o espelho disso, num 1vs1 forçado, sem tirar qualquer vantagem do oponente, sendo que apesar de ter estado perto de entrar, foi sem grande preparação e não credibilizo que ele tenha tentado lançar à tabela. Dito isto, o jogo novamente ficou próximo e ao alcance do Sporting CP, terminando todavia com nova derrota (85-83).

Por fim, o derradeiro jogo foi a despedida leonina da competição. A partida diante os húngaros Szolnoki Olaj KK teve novamente o mesmo desfecho e traduziu-se numa das piores prestações ofensivas do Sporting CP esta época, somando somente 67 pontos, depois de dois jogos consecutivos a executar 80 ou mais pontos. Esta partida, por fim, do lado húngaro, culminou no domínio individual do extremo-poste Subotic, executando 25 pontos e 11 ressaltos. Tal contrastou com a ausência de Fields na zona pintada, sendo que a equipa leonina sentiu de forma gritante a falta do norte americano na luta das tabelas.

No vídeo abaixo, é possível observar algumas jogadas que permitiram, não só ao Sporting CP aproximar-se dos adversários nos momentos finais das partidas, como também as jogadas que afastaram o Sporting CP de uma possível vitória, sejam elas más definições, turnovers ou lançamentos de baixa percentagem.

Dito isto, apesar do desempenho negativo europeu do Sporting CP, tal não terá qualquer ponte de ligação com um possível mau desempenho ao nível interno. Obviamente que a fadiga é fator a ter em conta, pois foram três jogos de grande esforço físico. Ainda assim, não será um aspeto chave no desenlace dos jogos que se avizinham para a Taça Hugo dos Santos, pois a profundidade do plantel leonino permite uma rotação que mais nenhuma equipa portuguesa consegue implementar.

Aliás, pelo contrário a turma de Luís Magalhães arrecadou experiência e outros estímulos que quer FC Porto, SL Benfica e os «outsiders» (Imortal BC e UD Oliveirense) ainda não obtiveram esta temporada, tornando-os favoritos para o resto da temporada, em qualquer jogo que disputarem.

Foto de capa: Sporting CP

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O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.

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