Há liga para além dos “grandes” – Parte II

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• Um olhar sobre os ‘’não-grandes’’ que ficaram na metade inferior da tabela classificativa na época transata e também sobre os clubes promovidos.

Vitória de Guimarães: A figura de destaque da equipa vimaranense é, sem dúvida, o seu treinador, Rui Vitória. O ano passado, com o objetivo da permanência garantido bem cedo, o Vitória conseguiu ainda arrecadar a Taça de Portugal frente ao S.L. Benfica. Este triunfo conseguiu levar a equipa para a fase de grupos da Liga Europa.
Este ano, o Guimarães segue em boa forma no campeonato, com dez pontos. Na Liga Europa é líder do seu grupo e já mostrou ser um candidato a passar à próxima fase, ao contrário do que se pensaria devido à presença de Bétis e Lyon no seu grupo.
Com poucas mexidas no plantel principal e, principalmente, com a afirmação do ponta de lança Maazou, pode e deve esperar-se um Vitória de Guimarães com objetivos que passem por fazer melhor do que a época passada – apesar da conquista da Taça, o 9º lugar parece ter ficado aquém das expetativas vimaranenses.

Maazou
Maazou, o ponta-de-lança vimaranense (de branco) / Fonte: http://www-org.rr.pt

Marítimo: A principal deceção da época passada. Com objetivo claro de ficar num dos lugares que dão acesso à Liga Europa, o Marítimo ficou a sete pontos desse patamar, num modesto 10º lugar, o que já não acontecia desde 2006/2007, quando a equipa terminou o campeonato no 11º posto.
Mesmo assim, o presidente maritimista, Carlos Pereira, decidiu manter Pedro Martins no comando técnico da equipa. As coisas continuam sem correr bem; em sete jogos, a equipa de Pedro Martins soma quatro derrotas e é a segunda pior defesa da prova. Os dois próximos jogos, contra Estoril e Sporting, podem ditar uma série negra de cinco derrotas consecutivas (caso percam os dois jogos). Fim da linha para Pedro Martins?

Académica: Desde 2010/2011 que os ‘’estudantes’’ são crónicos candidatos à descida de divisão; apesar de uma presença na Liga Europa graças à vitória na Taça de Portugal frente ao Sporting em 2011/2012, a equipa hoje comandada por Sérgio Conceição tem garantido a manutenção nas jornadas finais do campeonato. Este ano, parece querer provar o mesmo.
A equipa de Coimbra apenas tem cinco pontos e é o pior ataque do campeonato, com apenas três golos marcados. As saídas de Wilson Eduardo, Edinho, Saleiro e Cissé deixaram mossa na equipa, e as escolhas de Sérgio Conceição para colmatar os lugares deixados vagos por estes jogadores ainda não se provaram acertadas.
Certo é que o presidente João Eduardo Simões quer ver o seu clube noutras posições da tabela, e o técnico Sérgio Conceição pode ser um dos próximos treinadores da 1ª liga a abandonar o comando da sua equipa.

Vitória de Setúbal: Os setubalenses foram os primeiros a trocar de treinador. Após os maus resultados, José Mota abandonou o comando técnico e entrou José Couceiro.
O objetivo passa por fazer um campeonato tranquilo; com José Mota, a equipa marcou muitos golos (dez ao todo), mas também sofreu muitos (17 no total). Os cinco pontos conquistados não foram suficientes para José Mota continuar no cargo e, com Couceiro, o presidente, Fernando Oliveira, espera voltar às vitórias já nesta próxima jornada, contra o Belenenses.
De destacar apenas dois reforços que têm sido a salvação da equipa, Rafael Martins e Ramón Cardozo. Os dois juntos somam cinco golos e são as principais armas dos setubalenses para conseguirem a manutenção nesta temporada.

José Couceiro
José Couceiro, novo técnico do Setúbal / Fonte: svpn.blogspot.com

Gil Vicente: Após uma época em que o Gil Vicente conseguiu a manutenção por apenas um ponto, a saída de Paulo Alves e a consequente entrada de João de Deus aparentam ter sido um milagre para os gilistas.
Ora vejamos: na época transata o Gil Vicente conquistou 25 pontos, 15 dos quais em casa. Esta época, com apenas sete jogos, a equipa já amealhou 11 pontos, dez dos quais em casa. Por estes números, podemos esperar um Gil a pensar noutros ‘’voos’’ esta época. O novo técnico já mostrou não estar para brincadeiras e até ‘’correu’’ com um dos reforços mais sonantes para esta época, o internacional ganês Dramam.
Mas nem tudo é um ‘’mar de rosas’’ em Barcelos; a equipa já deixou escapar cinco pontos nos tempos de desconto – perdeu contra o Benfica por 2-1 com golos aos 91 e 92 minutos e empatou com o Olhanense, encaixando um golo aos 92 minutos. Estes pontos colocariam o Gil Vicente num incrível 3º lugar.

Olhanense: Tal como o Gil Vicente, o Olhanense salvou-se da despromoção por apenas um ponto. Isidoro Sousa não gostou da época e engendrou uma autêntica revolução na equipa do Algarve.
Entrou um treinador estreante nestas lides, Abel Xavier, e com ele vieram 22 novos jogadores para o plantel, composto por 27 atletas. As 13 nacionalidades presentes na equipa de Olhão não são problema para o poliglota Abel Xavier.
O começo de época está um pouco aquém, mas não se pode pedir muito mais a um estreante com uma equipa totalmente renovada e com uma média de idades no plantel de 24 anos. Mas não é esta a opinião dos adeptos que exigem muito mais da equipa, equipa que, apesar de nova e sem entrosamento, dispõe de alguns internacionais, o que pressupõe qualidade.
A frustração dos adeptos vai para além dos maus resultados; isto porque a Liga decidiu que os jogos do Olhanense decorrerão no Estádio do Algarve, em vez de decorrerem no Estádio José Arcanjo. A massa associativa já mostrou a sua indignação via carta para a Liga e está em vista a marcação de uma manifestação no Porto, à porta das instalações da mesma.

Belenenses: O campeão da II liga do ano passado com 96 pontos, 28 a mais do que os necessários para subir de divisão, apresenta-se este ano na Liga Zon Sagres com objetivo de voltar às grandes vitórias nos grandes palcos.
O começo de época, apesar de não estar a ser tão bom quanto os adeptos desejariam (tendo em conta a senda vitoriosa do ano passado), está a ser regular. Sete pontos em outros tantos jogos deixam a equipa de Belém no 10º lugar da tabela.
Relembremos que a equipa sofreu uma mudança forçada na equipa técnica: por problemas de saúde, Mitchell Van der Gaag saiu, o que obrigou a equipa a adaptar-se ao novo técnico Marco Paulo.
Para uma equipa acabadinha de ascender à primeira liga, é de louvar o facto de 16 dos seus jogadores serem portugueses.

Arouca: Para resumir em poucas palavras o trajeto desta equipa da pequena vila de Arouca – com apenas 6 mil habitantes -, há que dizer o seguinte: em 2006/2007 estava na distrital de Aveiro e no espaço de cinco épocas chegou ao principal escalão do futebol nacional.
Na época passada conseguiu a subida, com cinco pontos a mais do que o seu adversário direto Leixões, e mostrou que os sonhos comandam a vida. O sonho do presidente do clube era ver a sua equipa jogar na Liga Zon Sagres e isso concretizou-se com muito trabalho, dedicação, esforço e empenho.
O começo está a ser promissor; apesar de estar apenas dois pontos acima da linha de água, o Arouca está a ter um arranque tranquilo e até, imagine-se, ‘’mostrou os dentes’’ ao F.C. Porto.
O objetivo é apenas e só a manutenção, apesar da ambição de alguns reforços que querem ganhar títulos pelo Arouca.

Festa do Arouca
Festa do Arouca na subida à Liga Zon Sagres. Fonte: fpf.pt

Fica assim feita a análise a todos os ‘’não-grandes’’ da Liga Zon Sagres, com o desejo de que continue a emoção a cada jogo e que estes ditos ‘’não grandes’’ possam causar supresas.

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