A CRÓNICA: TROFÉU DECIDIDO NOS DETALHES E NA “NEGRA” SEGUE PARA A LUZ
Santo Tirso foi o local escolhido para realizar um dos troféus mais importantes da época. A Supertaça de voleibol masculino foi disputada entre SL Benfica e Sporting CP. Sendo duas das equipas nacionais mais poderosas do campeonato, esperava-se um duelo bastante equilibrado.
O primeiro set fez jus ao que se esperava deste encontro. Com o Sporting CP a jogar no erro das águias e o SL Benfica a aproveitar o potente remate de André Aleixo, o set inicial esteve equilibrado até ao último ponto. A maior margem diferencial foi apenas de três pontos, com os leões a saírem por cima e, mesmo com os comandados de Marcel Matz a tentarem emendar os erros e o nervosismo, foi o Sporting CP a levar vencer o primeiro parcial por 23-25.
Jogos entre duas equipas semelhantes e de alto nível são, maior parte das vezes, disputados no erro do adversário. Esta frase pode ser o resumo daquilo que foi este encontro, mesmo indo apenas a meio do segundo set. Com alguns erros a apoderarem-se do coletivo sportinguista já perto do final do set, foi o SL Benfica a aproveitar para fechar o parcial com vitória por 25-21 e empatando o agregado.
Não era possível distinguir qual a equipa que entrava melhor em cada set. Mais uma vez, tudo estava a ser decidido ao mais pequeno pormenor. A equipa que se deixasse apoderar pelo mínimo nervosismo poderia mesmo deitar tudo a perder. No terceiro set, foram os erros que voltaram a contar. Com Hugo Gaspar a preencher cada vez mais a folha de pontos, fechou-se o parcial de 25-23 favorável ao SL Benfica, com um erro no serviço por parte de Tiago Barth que deu o último ponto às águias.
No quarto set, acabou por ser o SL Benfica a entrar melhor na quadra. Era percetível alguma descoordenação entre os comandados de Gerson Martins, que rapidamente remediavam nos ataques à rede. Já a turma da Luz continuava focada no remate e nos blocos para concretizar, o que permitiu distanciar-se no marcador. Com o aproximar de um eventual final do set, as águias começaram a vacilar e foi o Sporting CP a aproveitar cada erro. Na verdade, parecia nunca mais acabar com um ponto para cada equipa à vez, mas foi o Sporting CP a vencer o parcial por 30-32. Vinha a “negra”.
O Sporting CP entrou muito pressionante naquele que seria o último set, mas tudo ia parar ao detalhe. Contudo, com os remates potentes de Hugo Gaspar, o SL Benfica foi o primeiro a chegar aos oitos pontos e à troca de campo. As águias estiveram a jogar no limite da quadra nos serviços e a tentar de tudo para parar as ofensivas leoninas à rede. E, no último lance, os jogadores do Sporting CP baralharam-se debaixo da rede e, assim, foi o SL Benfica a vencer por 15-12 na “negra” e a levar a Supertaça de Voleibol masculina para a Luz.
🏆 Não fechem já a vitrine, @museubenfica… Ainda falta esta!#SóHáUmBenfica pic.twitter.com/K3KjDKp1te
— SL Benfica (@SLBenfica) October 2, 2021
A FIGURA

Hugo Gaspar – No voleibol, Hugo Gaspar é o sinónimo de “ser como o Vinho do Porto”. É dos jogadores com mais experiência dentro da formação benfiquista e foi dono e senhor do duelo. Sempre ativo e responsivo, foi o ponto mais forte das águias. Nota também para André Aleixo.
O FORA DE JOGO

Erros do Sporting CP – Foi o fator fulcral para o Sporting CP ter saído como vencido da Supertaça. Mesmo tentado colmatar os erros cometidos ao longo da partida, toda ela se decidiu no pormenor. Os leões poderiam ter saído de Santo Tirso mais felizes, não fosse o nervosismo e pressão que levaram às falhas.
ANÁLISE TÁTICA – SL BENFICA
Marcel Matz manteve uma formação praticamente constante na quadra ao longo do encontro. Com o ponto da equipa a residir nos remates de Hugo Gaspar e André Lopes, o SL Benfica aproveitou muito para jogar no erro do Sporting CP.
7 INICIAL E PONTUAÇÕES
Raphael Oliveira (7)
Peter Wohlfahrstatter (7)
Ivo Casas (7)
Hugo Gaspar (9)
Tiago Violas (6)
André Aleixo (8)
Marc Honoré (6)
SUBS UTILIZADOS
André Lopes (6)
Bernardo Westermann (6)
Pablo Machado (6)
Aaro Nikula (5)
Lucas Santos (7)
ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP
Gerson Martins apostou maioritariamente na mesma formação durante todo o dérbi. Com as debilidades a advirem dos erros do coletivo leonino, o seu ponto forte foi os blocos e a capacidade de remate
7 INICIAL E PONTUAÇÕES
Victor Pereira (7)
Tiago Pereira (6)
Paulo Silva (7)
Thiago Gelinski (6)
Robinson Dvoranen (7)
Tiago Barth (6)
João Fidalgo (6)
SUBS UTILIZADOS
Frederico Santos (6)
Thomas Powell (5)
Joaquin Gallego (5)
Kelton Tavares (5)