📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Jogadores Que Admiro #24 – Kaká

- Advertisement -

jogadoresqueadmiro

8 de Junho de 2009. A data em que Kaká, um dos extraterrestres do futebol, foi levado de volta para o seu planeta. Ninguém sabe bem porquê, mas todos conhecem o culpado. Foi o Real Madrid, interessado em formar uma nova equipa de galácticos, que o fez desaparecer. Kaká nunca mais voltou.

A 8 de Junho de 2009, o planeta futebol deixou de ter Kaká e passou a ter Ricardo Leite. A mesma pessoa, mas um jogador diferente. Um igual aos outros. Faltava-lhe a paixão genuína pelo jogo, a diversão por fintar um adversário, a emoção de fazer a bola abanar a rede e ir festejar com os adeptos. O Ricardo, por muita técnica que pudesse ter, não tinha o mais importante. Não era o Kaká que todos conheciam e que, inesperadamente e sem uma explicação racional, perdeu o génio que tinha dentro de si.

Kaká ganhou a Bola de Ouro em 2007  Fonte: photoa.dlnewera.com
Kaká ganhou a Bola de Ouro em 2007
Fonte: photoa.dlnewera.com

O Kaká a que estávamos habituados entrou para a galeria de notáveis do AC Milan. San Siro vestia-se de gala só para o ver jogar, tal como fazia nos tempos de Gullit, Rijkaard e Van Basten. E Kaká retribuía, semana após semana, com golos e poemas de futebol. É impossível esquecer a exibição do outro mundo que fez em Old Trafford nas meias-finais da Liga dos Campeões 06/07. Ou o golo monumental que marcou à Argentina, em que correu 80 metros com Messi no seu encalço. O prémio de melhor jogador do mundo, ganho em 2007, elevou-o ao patamar que merecia. É este Kaká que vou recordar daqui a uns anos, mesmo que a minha memória me queira atraiçoar e fazer com que me lembre apenas do brasileiro vestido de branco (e até assim teve momentos de génio).

De Kaká sempre pudemos esperar tudo e nada; nada porque era de tal forma imprevisível que era impossível adivinhar o que iria sair dos seus pés, e tudo porque, fosse o que fosse, seria pura magia. Juntando a classe futebolística à postura exemplar fora dos relvados, demonstrando uma simplicidade e uma humildade fascinantes, difícil – eu diria mesmo impossível – é não admirar um jogador como Kaká. Um extraterrestre que aterrou em San Siro e que, entre 2003 e 2009 (esqueçamos o que se sucedeu daqui em diante), fez coisas que o comum dos mortais não seria capaz de fazer. E depois partiu, sem avisar. Deixou saudades.

Tomás da Cunha
Tomás da Cunha
Para o Tomás, o futebol é sem dúvida a coisa mais importante das menos importantes. Não se fica pelas "Big 5" europeias e tem muito interesse no futebol jovem.                                                                                                                                                 O Tomás não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

Subscreve!

Artigos Populares

Carta ao Pai Natal das Modalidades 2025

Mundo das Modalidades BnR, 24 de dezembro de 2025 Querido,...

Para a Primeira Liga estar atenta? Avançado não entra nas contas de Diego Simeone no Atlético Madrid

Carlos Martín regressou ao Atlético Madrid no último verão, mas não tem contado para Diego Simeone em 2025/26.

Antigo alvo do Benfica pode mudar-se em janeiro: avançado não deve prosseguir na La Liga

Manor Solomon não deve prosseguir ao serviço do Villarreal. O jogador já foi alvo do Benfica e está cedido ao Tottenham.

PUB

Mais Artigos Populares

Prenda de Natal para Pep Guardiola? Alvo do Manchester City custa 72 milhões de euros

Antoine Semenyo está a ser apontado ao Manchester City. O jogador pode custar aos ingleses 72 milhões de euros.

Já passou pelo Braga e deixa aviso ao Barcelona: «Um clássico é muito mais do que três pontos»

Roberto Fernández é um dos destaques do Espanyol. O próximo encontro dos catalães será frente ao Barcelona, o maior rival.

Um olhar tático sobre o Vitória SC x Sporting: nuances, superioridades no corredor central e variabilidade ofensiva dos leões

O domínio do corredor central e a dinâmica ofensiva definiram as chaves do triunfo do Sporting diante do Vitória SC.