A CRÓNICA: ERROS INDIVIDUAIS SAEM CAROS AO FC ALVERCA
Na quarta ronda da Taça de Portugal, defrontaram-se as equipas do FC Alverca e do FC Famalicão, no Complexo Desportivo do FC Alverca. De salientar que o vencedor deste jogo garantia o apuramento para os 1/8 de final desta edição da Prova Rainha.
O treinador do FC Alverca, Argélico Fuchs, fez algumas alterações na sua equipa relativamente ao passado jogo frente ao Anadia FC, jogo este onde o FC Alverca venceu, por 4-1, garantindo assim o apuramento para esta ronda da Taça de Portugal. Já o treinador Ivo Vieira, efetuou também algumas alterações face ao onze inicial que venceu o Boavista FC, por 5-2, na 11ª jornada da Liga.
Na primeira parte, o FC Famalicão tentava impor o seu jogo diante do adversário, porém, o FC Alverca, mostrava-se consistente a nível defensivo, não dando qualquer espaço à equipa da casa. Fruto de um grande ambiente proporcionado pelos adeptos do FC Alverca, a equipa de Vasco Faisca mostrava agressividade e garra em cada lance que disputava com a equipa algarvia. O FC Famalicão, apesar de tudo, conseguia mostrar uma maior “maturidade” de jogo conseguindo amenizar todas as investidas do ataque do FC Alverca. Aos 26 minutos, com muita tranquilidade, os visitantes quase chegam ao golo por intermédio de Adrian Gomes que remata à baliza, após um ressalto, mas o defesa Ronaldo Rodrigues faz um corte extraordinário em cima da linga de golo. O FC Famalicão parecia controlar as investidas por contra-ataque da equipa da casa, porém, por vezes os lances individuais mudam completamente o rumo de um jogo. Aos 30 minutos, o extremo do FC Alverca, Ricardo Rodrigues, tira um defesa do caminho com uma receção extraordinária e finaliza com um remate em arco indefensável para o guarda-redes dos visitantes, Luiz Reis. Um golo de se tirar o chapéu.
O FC Famalicão tentava mudar o rumo do jogo, conseguia ter mais posse de bola, mas a formação da equipa da casa estava compacta e determinada, não concedia qualquer espaço à equipa visitante. Posto isto, os visitantes tentavam chegar ao golo através de remates à longa distância ou de cruzamentos para a área, sem qualquer sucesso até ao momento.
Na segunda parte, o FC Famalicão entrou a todo o vapor em busca do golo que lhes dava, pelo menos, o empate. No entanto, de forma idêntica ao que acontecia na primeira parte, não conseguiam ultrapassar a defensiva da equipa da casa. Aos 68 minutos, através de um erro individual do defesa-central, João Sousa, os visitantes conseguem então chegar ao golo do empate por intermédio de Pedro Teixeira. De forma fulminante, aos 69 minutos, novamente um erro da defesa João Sousa, que comete penalti sobre o atacante do FC Famalicão: Simon Banza, até então um pouco apagado do jogo, converte a grande penalidade e marca. Os famalicenses estavam, depois de muita insistência, na frente do resultado.
Os adeptos do FC Alverca puxavam pela equipa, porém a equipa, mesmo com as substituições, demonstrava certa fadiga face à equipa visitante. A equipa visitante demonstrou garra e bateu-se contra o FC Famalicão, todavia, os erros individuais saem caros.
Desde já, o Bola na Rede deseja força e rápidas melhoras ao avançado do FC Famalicão, Simon Banza.
A FIGURA
Alexandre Penetra continua a viver um sonho
Aos 20 anos, é capitão do Famalicão e estreia-se a marcar na Liga. pic.twitter.com/PnZu1Z39kz
— Cabine Desportiva (@CabineSport) November 5, 2021
Alexandre Penetra – Dá gosto ver este jovem central jogar. Com a bola nos pés, conseguiu executar passes em profundidade que causaram perigo à baliza adversária. Consistente e seguro, é um defesa que faz o difícil parecer fácil.
O FORA DE JOGO
João Sousa é reforçohttps://t.co/MRinH1FGr3 pic.twitter.com/viZPWdp35C
— FC Alverca (@FCAlverca) July 13, 2021
João Sousa – Os dois erros defensivos cometidos pelo defesa no jogo de hoje, deram os dois golos à equipa visitante. Frente a adversários deste calibre, estes erros não podem ser cometidos.
ANÁLISE TÁTICA – FC ALVERCA
O FC Alverca apresentou-se num 4-4-3 com um ataque muito veloz e baseado muitas vezes em lances de profundidade e bolas nas costas. Essa foi uma das principais armas que destabilizaram a defesa do Famalicão FC, protagonizadas principalmente por Diogo Ribeiro, Ricardo Rodrigues e Jefferson Nem. Ao longo dos 90 minutos viu-se uma equipa agressiva ofensivamente e com uma compacta organização defensiva.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
José Costa (6)
Tiago Gomes (5)
Ronaldo Rodrigues (5)
João Sousa (4)
Klismahn (6)
Felipe Ryan (7)
Eurico Lima (6)
Jefferson Nem (6)
Ricardo Rodrigues (7)
Diogo Ribeiro (6)
Gustavo Klismahn (6)
SUBS UTILIZADOS
Marcos Paulo (5)
Rafael Castanheira (5)
Talison Ruan (5)
ANÁLISE TÁTICA – FC FAMALICÃO
O Famalicão apresentou-se num 4-2-3-1 com Pedro Teixeira enquanto sombra do ponta de lança Simon Banza – uma tarefa árdua para o número “8” da equipa algarvia, que pressionava a defesa do FC Alverca, recuava para defender e “caía” para os flancos durante o ataque. O FC Famalicão entrou na segunda parte a perder, e, mesmo com certa desinspiração ofensiva, conseguem melhor o seu jogo e chegar assim ao golo.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Luiz Reis (6)
Diogo Figueiras (7)
Alexandre Correia (7)
Alexandre Penetra (8)
Adrián Marín (7)
Pêpê (6)
Charles Pickel (6)
Pedro Rodrigues (6)
Heriberto Tavares (6)
Iván Jaime (8)
Simon Banza (6)
SUBS UTILIZADOS
Bruno Nascimento (5)
David Tavares (6)
Hérnan de la Fuente (-)
BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
FC Alverca
BnR: Acredita que o ambiente proporcionado hoje pelos adeptos do Alverca contribuiu e refletiu-se nesta grande determinação apresentada pela equipa?
Artur Moraes: “Primeiramente, gostaria de agradecer o apoio que os adeptos deram á equipa no jogo de hoje, empurraram bastante a equipa. Infelizmente, não foi o resultado que esperávamos e que merecíamos.”
FC Famalicão
BnR: A equipa, na primeira parte, mostrou certa desinspiração ofensiva. Crê que a qualidade individual demonstrada na segunda parte, por alguns dos seus jogadores, foi fulcral para desbloquear a boa organização defensiva do Alverca?
Ivo Vieira: “Certamente que sim. Mas não há nenhum jogador hoje em dia que decida um jogo sozinho, o coletivo tem de ser bastante forte. Claro, temos jovens jogadores aqui com grande qualidade e margem de progressão que têm ganho protagonismo individual ao longo dos jogos”.