BVB Dortmund 2-3 FC Bayern: “Der Klassiker” volta a cair para o lado de Munique

A CRÓNICA: JOGO DE LOUCOS COM FALHAS DEFENSIVAS DETERMINANTES

Jogo grande em Dortmund a marcar a 14ª jornada do campeonato alemão. Der Klassiker com as equipas separadas apenas por um ponto, com o FC Bayern com essa vantagem mínima sobre os amarelos de Dortmund. Haaland estava de regresso à titularidade e, por isso, esperava-se uma grande partida das duas equipas que se apresentaram quase na máxima força.

E se era emoção que este encontro prometia ela chegou logo aos cinco minutos com Brandt a inaugurar o marcador depois de uma falha da defensiva do FC Bayern. Tirou o adversário da frente e colocou a bola no fundo das redes, oferecendo à sua equipa a vantagem no marcador.

Ainda assim a vantagem rapidamente se desvaneceu, sem que pouco ou nada tivesse acontecido para isso: Hummels falhou um passe que não podia falhar, Muller intersetou e Lewansowski fez o que melhor sabe, o golo. 1-1 aos nove minutos e um jogo muito entusiasmante.

Até quase ao fim da primeira parte o jogo foi estando várias vezes partido, mas foi quando o BVB Dortmund mais quis ter calma que o FC Bayern acabou por fazer o segundo golo. Depois de um ataque perdido, Raphael Guerreiro aliviou a bola contra o azarado Hummels que sem querer assistiu Coman para a reviravolta na partida. 1-2 na ida para os balneários.

Para a segunda parte só uma entrada muito forte permitiria ao Borussia Dortmund reentrar pela discussão do resultado e foi isso mesmo que aconteceu. Upamecano falhou, como vinha sendo hábito até então e Haaland a fazer também o que melhor sabe, um grande golo colocando a bola no poste mais afastado.

A partir daqui, a equipa do Bayern pareceu um pouco perdida no terreno mas nem por isso os da casa conseguiram aproveitar para fazer nova reviravolta. O resultado foi-se mantendo e viria mesmo a ser o FC Bayern a voltar a mexer no marcador. Mão de Hummels dentro da área, grande penalidade e o inevitável Lewandowski a bisar numa casa onde já foi muito feliz.

Até ao fim da partida, os amarelos ainda tentaram novo golo, mas a verdade é que o placard não viria a ser alterado e a turma do Bayern levou mesmo os três pontos na mala. Der Klassiker a ser ganho pelos do costume e, neste momento, são quatro os pontos que separam as duas equipas na tabela classificativa.

 

A FIGURA

Robert Lewandowski – Mesmo não fazendo um grande jogo, o avançado polaco da equipa do FC Bayern acabou por ser decisivo assinalando dois golos que permitiram aos campeões nacionais sair do terreno rival com os três pontos. Finaliza como ninguém e quando assim é, precisa apenas de meia oportunidade para fazer um golo, como aconteceu aos nove minutos de jogo. Viu a Bola de Ouro fugir para Messi e começou desde cedo a provar que vai ser candidato a vencê-la no próximo ano.

 

O FORA DE JOGO

Mats Hummels – O defesa central que também já esteve do outro lado da barricada acabou por não ser feliz na partida de hoje, tendo sido decisivo em dois dos três golos da equipa adversária. No primeiro permitiu uma interseção a Muller que acabou por dar a igualdade no marcador e aos 75 minutos fez uma grande penalidade depois de um corte feito com o braço num lance onde o perigo não era iminente. Acabou por ser diretamente responsável pela derrota e por isso foi o pior elemento em campo.

 

ANÁLISE TÁTICA – BVB DORTMUND

Marco Rose dispôs a equipa num 4-2-3-1 bem sólido no setor mais recuado para fazer face ao conhecido poderio ofensivo da equipa do FC Bayern. Na linha mais recuada jogou Meunier pela direita, Raphael Guerreiro pela esquerda e Hummels e Akanji no eixo. Logo à sua frente apareceu Emre Can e Dahoud, os dois médios mais defensivos enquanto que Reus pisou terrenos que tão bem conhece no apoio mais próximo ao avançado, que hoje foi Haaland. Nas linhas atuaram Brandt pela direita e Bellingham pela esquerda, com este segundo sempre mais capaz de aparecer em terrenos anteriores e servir os colegas, como de resto acabou por acontecer em ambos os golos da equipa.

A estratégia da equipa passou por ser muito competente e concentrada no momento defensivo para depois poder sair com muita qualidade para o ataque, contando com a velocidade e poderio físico de Haaland que foi uma grande dor de cabeça para a defesa de Munique.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Kobel (6)

Meunier (6)

Akanji (6)

Hummels (4)

Raphael Guerreiro (6)

Emre Can (6)

Dahoud (5)

Brandt (7)

Reus (6)

Bellingham (8)

Haaland (8)

SUBS UTILIZADOS

Malen (5)

Wolf (5)

Tigges (-)

Schulz (-)

 

ANÁLISE TÁTICA – FC BAYERN 

Nagelsmann orientou a equipa do Bayern para um 4-2-3-1 muito ofensivo como tem sido sua imagem de marca. Na linha mais recuada atuaram Upamecano e Hernandéz como defesas centrais, com Pavard pela direita e Davies pela esquerda, sempre mais na função de laterais do que propriamente de defesas. Na linha mais recuada do meio campo apareceram Goretzka e Tolisso, enquanto que Muller atuou como número dez, como desde cedo na sua carreira nos habituou. Nas linhas jogaram Coman pela direita e Sané pela esquerda, enquanto que na frente apareceu o inevitável Lewandowski, grande goleador da equipa campeã nacional da Alemanha.

Sabemos que isto é apenas um desenho no papel, que os jogadores respeitam sempre com muita liberdade e capacidade de aparecer em zonas que não são as suas mas sem nunca desequilibrar a equipa ofensivamente. Na transição defensiva, obviamente que uma equipa como o Bayern, que mete oito homens na zona de ataque, acaba por passar por alguns calafrios e dificuldades no setor mais recuado, e isso veio a verificar-se hoje mais uma vez, essencialmente através de Haaland que, como se sabe, é muito forte no momento do contra-ataque.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Neuer (6)

Pavard (6)

Upamecano (5)

Lucas Hernándezz (6)

Davies (6)

Tolisso (7)

Goretzka (6)

Coman (7)

Sané (6)

Muller (7)

Lewandowski (8)

SUBS UTILIZADOS

Gnabry (6)

Musiala (6)

Sule (6)

Nianzou (5)

Guilherme Vilabril Rodrigues
Guilherme Vilabril Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
O Guilherme estuda Jornalismo na Escola Superior de Comunicação de Comunicação Social e é um apaixonado pelo futebol. Praticante desde os três anos, desde cedo que foi rodeado por bola e por treinadores de bancada. Quer ser jornalista desportivo, e viu no Bola na Rede uma excelente oportunidade para começar a dar os primeiros toques.

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