Nunca caminharás sozinho, Darwin | SL Benfica

    O avançado uruguaio esteve apenas duas épocas na Luz, mas permanece no coração dos benfiquistas

     

    Despedir-nos de uma pessoa que nos marcou num determinado momento da nossa vida é sempre uma situação complicada e no mundo do futebol isso também acontece com todos aqueles jogadores que idolatramos e os vemos partir para outras paragens.

    O meu artigo de hoje é uma espécie de despedida/balanço da passagem de Darwin Núñez pelo SL Benfica, que esteve apenas duas temporadas na Luz mas que tocou o coração dos adeptos com toda a sua classe e humildade dentro e fora de campo.

    Darwin foi contratado ao UD Almería da segunda divisão espanhola em 2020 e confesso que para mim era um total desconhecido.

    “Mais um sul-americano para encher chouriços”, pensei eu quando vi o nome do avançado uruguaio ser dado como certo na equipa que Jorge Jesus estava a preparar, isto depois de ter levado uma “facada nas costas” de outro uruguaio, Edinson Cavani, esse sim aquele que eu e toda a nação benfiquista esperávamos que fosse uma realidade mas que acabou por ser apenas um sonho.

    Nunca caminharás sozinho, Darwin
    O avançado uruguaio “explodiu” na segunda época ao serviço dos encarnados
    Fonte: Diogo Cardoso/ Bola na Rede

    Claro que em pouco tempo mudei de opinião em relação ao agora antigo número nove encarnado e os primeiros jogos do campeonato mostraram um jogador de apenas 21 anos muito aplicado e com vontade em mostrar serviço.

    Mas o que é que se pede a um avançado que custou 24 milhões de euros? Golos, muitos golos. Sim, Darwin não marcava mas assistia os seus companheiros de equipa, um fato que me deixava satisfeito mas obviamente o que eu queria era que ele metesse a bola dentro da baliza adversária.

    Seguiu-se o primeiro desafio da fase de grupos da Liga Europa frente ao Lech Poznan e foi nesse encontro que começou a sua relação com os golos de águia ao peito, ao assinar um hat-trick e a deixar-me com água na boca. Darwin marcou novamente no jogo seguinte para o campeonato e acabaria por bisar noutra partida a contar a para Liga Europa, diante do Rangers FC.

    Agora sim, estava a ficar convencido que o SL Benfica tinha ali um diamante por lapidar e que podia ser um avançado para ficar alguns anos no clube lisboeta e com isso ajudar a conquistar títulos. Era o que eu esperava mas não foi isso que aconteceu.

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    Rui Alves Maria
    Rui Alves Mariahttp://www.bolanarede.pt
    O Rui é natural de Tavira. Desde 2003 que a sua residência é em Odivelas e com essa deslocação teve a oportunidade de frequentar e concluir um Curso Profissional de Técnicas Jornalísticas. O jornalismo foi sempre a sua paixão desde muito cedo e o seu gosto pela escrita foi acompanhando essa mesma paixão. No entanto, é no jornalismo desportivo que se sente mais à vontade para desenvolver todas as suas capacidades.