SL Benfica 4-2 Rio Ave FC: Um hino ao futebol

Benfica

A CRÓNICA: COMPETÊNCIA OFENSIVA DO BENFICA COMPENSOU DESATENÇÃO INICIAL

Duelo da nona jornada da I Liga, onde o Rio Ave visitou a casa do Benfica, um local onde nunca vencera. A invencibilidade desta época das águias seria posta à prova contra o atual campeão da II Liga, que só perdera um dos últimos seis encontros.

No meio de dois encontros com o Paris Saint-Germain, Roger Schmidt alterou quase metade do onze inicial em relação ao jogo da última quarta – começaram Gilberto, Ristic, Aursnes, Diogo Gonçalves e Draxler. Do outro lado, estava uma equipa do Rio Ave a melhorar de jogo para jogo e que pretendia olhar o adversário nos olhos.

Prova disso foi o golo madrugador dos vilacondenses – a equipa ultrapassou a pressão alta do Benfica com classe, o ex-benfiquista Samaris abriu em Aziz, que arrastou consigo António Silva e assistiu Fábio Ronaldo, que faturou isolado na grande área.

A resposta encarnada não demorou e o golo do empate chegou com naturalidade, através de uma jogada perfeita: Enzo insolou João Mário na grande área, que só teve de assistir para Gonçalo Ramos encostar confortavelmente.

Pouco depois, consumou-se a reviravolta no marcado, graças a um lapso extraordinário de Jhonatan; o guardião recebeu um atraso de Baeza, controlou mal a bola e deixou-a entrar na própria baliza.

O Rio Ave não se foi abaixo, procurou controlar a bola e criar perigo, mas o Benfica teve um ascendente que culminaria com o terceiro golo antes do intervalo – Diogo Gonçalves e Enzo ainda foram muito perdulários (aqui, Jhonatan esteve em bom plano), mas Gonçalo Ramos não.

O jovem fugiu à defesa verde e branca, recebeu um belo passe de Enzo e atirou a contar sem deixar a bola tocar no chão (foi o seu sexto golo no campeonato).

O Rio Ave entrou bem na segunda parte, jogando com personalidade, como se vira no início da partida. O ritmo do jogo foi quebrado depois por algumas interrupções, até que chegámos ao quarto golo do Benfica. Ristic, fez um cruzamento rasteiro para Musa e o croata estreou-se a marcar pelo Benfica. Pedro Amaral ficou mal na fotografia, por colocar Musa em jogo.

Pouco depois, Samaris foi substituído e recebeu para uma ovação dos adeptos encarnados, provocando lágrimas no grego.

As duas equipas pareciam estar conformadas com o resultado, os benfiquistas na Luz pediam “só mais um” golo, mas não esperavam que fosse do Rio Ave…

Aos 86 minutos, Hernâni, de calcanhar, colocou em Costinha, este passou para Guga que, de primeira, fez um golo absolutamente sensacional – daqueles para ver e rever. O Rio Ave ainda teve vontade de procurar o terceiro, mas o marcador deste belo jogo não mais se alterou.

 

A FIGURA

SL Benfica
Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Gonçalo Ramos (SL Benfica) – Uma verdadeira dor de cabeça para os centrais adversários, movimentou-se muito bem para fugir deles. Foi essa qualidade a ganhar espaço na área que lhe permitiu bisar no encontro e ser, por isso, o jogador mais influente dos encarnados.

 

O FORA DE JOGO

SL Benfica
Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Trio defensivo do Rio Ave – Aderllan Santos, Josué e Patrick William não deram a segurança defensiva necessária para a sua equipa sair de Lisboa com pontos. Foram demasiado erráticos nas marcações, e pouco influentes com bola.

 

ANÁLISE TÁTICA – SL Benfica

Partindo do já habitual 4-2-3-1, o Benfica procurou sobrepovoar o corredor central, inclusive com os laterais Ristic e Gilberto. Caso o Rio Ave fechasse por dentro, as águias jogavam pelas alas, sendo esta uma estratégia que deu muitos problemas à turma de Vila do Conde.

Na tentativa de desfazer as marcações do Rio ave, Diogo Gonçalves chegava a ser o segundo avançado e Draxler chegou a atuar como um segundo extremo-direito, ao lado de João Mário.

Sem bola, a procura pela mesma procurava ser incessante e incomodativa para o adversário.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Vlachodimos (4)

Gilberto (7)

António Silva (7)

Otamendi (7)

Ristic (7)

Enzo (7)

Aursnes (5)

Diogo Gonçalves (5)

João Mário (7)

Draxler (6)

Gonçalo Ramos (8)

SUBS UTILIZADOS

Musa (7)

Florentino (6)

Rodrigo Pinho (5)

 

ANÁLISE TÁTICA – RIO AVE FC

Defendendo em 5-4-1, com Aziz na frente e Fábio Ronaldo a descair na esquerda, o Rio Ave procurou aplicar uma pressão alta, mas também sabia ficar recuado no seu meio-campo e defender a sua área.

As marcações individuais, no entanto, não tiveram sucesso e permitiram muitas desmarcações dos jogadores do Benfica em zonas perigosas.

A equipa saía a jogar em 3-5-2, formando um triângulo no meio-campo com Samaris (o médio mais recuado), Guga e Baeza. Conseguiram ultrapassar a pressão alta com sucesso diversas vezes.

Aziz e Ronaldo eram muito móveis e disruptores (como se viu no primeiro golo), mas a falta de uma referência de área também foi notória, tendo muitas jogadas morrido sem nenhum perigo criado.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Jhonatan (4)

Josué (4)

Aderllan Santos (4)

Patrick William (4)

Costinha (5)

Guga (6)

Samaris (6)

Miguel Baeza (6)

Pedro Amaral (5)

Fábio Ronaldo (6)

Aziz (5)

SUBS UTILIZADOS

Ukra (5)

Vítor Gomes (5)

Leonardo Ruiz (5)

Hernâni (6)

Miguel Nóbrega (5)

 

BNR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA:

SL Benfica

O Bola na Rede foi impedido de fazer perguntas ao treinador do SL Benfica, Roger Schmidt.

Rio Ave FC

Bola na Rede: O Benfica costuma colocar muitos jogadores na zona central do terreno, tentou contrariar isso ao colocar três médios mais centrais, o Samaris, o Guga e o Miguel Baeza, para travar esse fluxo de jogadores do Benfica no centro do terreno, e depois também para conseguir sair a jogar e ligar o setor defensivo ao ataque?

Luís Freire: Defensivamente, nós procurámos defender como costumamos defender. O Benfica tem uma capacidade grande de jogar por dentro dos adversários, de tabelar, estão confiantes, as coisas saem-lhes bem e conseguem desequilibrar em curto espaço de terreno, o que foi difícil de defender para nós. No entanto, não foi tanto o número de jogadores, foi mais tentar fechar a baliza, fechar ao meio, obrigar a jogar no corredor. Não conseguimos suster os passes atrasados, as ruturas do Benfica, aqueles passes a tabelar para a área, as bolas por cima da nossa defesa depois de um passe atrasado. Foi aí que o Benfica conseguiu desequilibrar, depois cruzar para a área.

Há um demérito nosso, vamos ter que trabalhar isto, e há um mérito do Benfica, é mesmo assim, não é fácil contrariar aquele jogo interior. Em termos ofensivos, costumamos fazer este tipo de jogo.

Artigo revisto por Joana Mendes

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