Sporting CP 6-0 SC Farense: Qualidades técnicas e táticas superiores

    CRÓNICA: EXIBIÇÃO PERFEITA NO REGRESSO À COMPETIÇÃO DA TURMA DE AMORIM

    No primeiro jogo de Rúben Amorim após este ter renovado com o Sporting até 2026, a sua equipa só teve motivos para celebrar, realizando uma exibição imaculada contra uma equipa que está a lutar pela subida à I Liga.

    Desde cedo que o Sporting chegou com perigo a zonas de finalização. Após 10 minutos de jogo, Ricardo Velho já fizera duas defesas e Paulinho desperdiçara uma ocasião flagrante (depois de um passe milimétrico de Porro).

    O inevitável acabou por acontecer, e logo em dose dupla e com o mesmo protagonista, Paulinho. Aos 20 minutos, o avançado foi assistido por Trincão e marcou, após uma excelente jogada de equipa. Três minutos depois, o SC Farense distraiu-se, os leões apareceram em vantagem numérica na grande área e Paulinho bisou, numa recarga após remate de Edwards.

    Os leões de Faro colocaram alguma água na fervura e criaram uma grande oportunidade com Rui Costa, que fez um remate fortíssimo que passou rente ao poste. Mas este era mesmo o dia do Sporting lisboeta, que chegou ao terceiro golo com alguma facilidade (perto do intervalo), num bonito lance individual de Edwards.

    O início da segunda parte não alterou a sorte do atual segundo classificado da II Liga, que viu o Sporting fazer o quarto da partida logo aos 48 minutos – Pote finalizou nova boa jogada ofensiva.

    Desde aí, o jogo só foi marcado pelas substituições, por um grande falhanço de Jovane Cabral e pelo quinto golo dos da casa, da autoria de Arthur Gomes, que só teve de encostar após passe de Paulinho.

    O Sporting ainda dispôs de um penálti e fez o 6-0 graças à boa conversão de Mateus Fernandes, que assim se estreou a marcar pela equipa principal.

    Este foi um resultado adequado para o que ocorreu em campo, mas, ainda assim, injusto para os 500 adeptos do Farense presentes, que sempre se fizeram ouvir.

    O Sporting fez assim os primeiros três pontos no Grupo B da Taça da Liga, sendo o próximo embate a sete de dezembro, com o Rio Ave FC, em Vila do Conde. Já o Farense joga no mesmo dia, em casa, com o CS Marítimo.

     

    A FIGURA

    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    PaulinhoDois golos e uma assistência destacaram claramente o avançado de 30 anos dos demais jogadores da partida. Nota ainda para Pedro Porro, que fez duas assistências.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: Carlos Silva/Bola na Rede

    Defesa do SC Farense – A equipa algarvia tinha alguns processos com bem assimilados (até terminou com 45% de posse), mas a organização defensiva foi demasiado pobre. A incapacidade constante de marcar os avançados do Sporting permitiu este resultado tão avolumado.

     

    ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP

    Partindo do habitual 3-4-3, Nuno Santos e Porro tinham licença para avançarem nas respetivas alas, juntando-se ao trio atacante e criando, por isso, uma vantagem numérica em relação à defensiva farense.

    Quando o Farense queria sair a jogar desde trás, Nuno Santos subia no terreno, criando uma estrutura de 4-4-2 na equipa, para anular a saída de bola pelo centro e pelas alas.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Franco Israel (5)

    Pedro Porro (7)

    Gonçalo Inácio (7)

    Matheus Reis (7)

    Marsà (7)

    Dário Essugo (7)

    Nuno Santos (7)

    Pedro Gonçalves (7)

    Edwards (7)

    Trincão (7)

    Paulinho (8)

    SUBS UTILIZADOS

    Sotiris (6)

    Jovane (6)

    Arthur Gomes (7)

    Mateus Fernandes (7)

    Ricardo Esgaio (-)

    ANÁLISE TÁTICA – SC FARENSE

    Defendendo em 4-4-2, com Rui Costa e Velasquez na frente, a equipa procurava fazer uma pressão alta no terreno e direcionada ao portador da bola. Em organização defensiva no seu meio-campo, acabou por permitir demasiados espaços entrelinhas e no centro do terreno.

    Após a recuperação de bola, a equipa conseguia ligar os seus setores e progredir no terreno; no último terço do campo, no entanto, é que havia dificuldades em criar situações de finalização.

    A equipa passou a jogar com três centrais no segundo tempo, o que não melhorou a qualidade exibicional da defesa.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Ricardo Velho (5)

    Zach Muscat (3)

    Marcos Paulo (4)

    Abner (3)

    Talocha (3)

    John Velasquez (4)

    Cláudio Falcão (3)

    Vítor Gonçalves (5)

    Rui Costa (5)

    Christian Ponde (5)

    Marco Matias (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Gonçalo Silva (3)

    Pedro Henrique (5)

    Miguel Bandarra (5)

    Fabrício Isidoro (5)

    Elves (-)

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Sporting CP
    BnR: Na primeira parte vimo muitas vezes Nuno Santos avançar no terreno, sobretudo quando o Farense tentava sair a jogar desde trás; isso foi feito para impedir a construção do Farense pelo lado esquerdo da defesa do Sporting?

    Rúben Amorim: Hoje praticamente jogámos com quatro defesas, o Nuno Santos estava sempre a bater com o lateral deles, é uma forma de pressão que já temos vindo a fazer, hoje foi mais clara porque aguentámos muito tempo na pressão enquanto o Farense queria rodar a bola, foi muito claro que tínhamos mais uma linha de quatro do que uma linha de cinco.

    A ideia é, quando os adversários têm laterais baixos (sem estar aqui a dizer tudo), nós metemos um lateral na frente para ajudar a pressão na frente, o que torna tudo mais fácil.

    SC Farense
    BnR: Na primeira parte, com bola, o Farense ainda conseguiu progredir no terreno e ligar os seus setores, mas no último terço do campo, tirando um remate de Ricardo Costa, não criou situações de finalização, como tentou corrigir isso ao intervalo?

    Vasco Faísca: O que tentámos foi colmatar os danos. Eu meto um central ao intervalo para conseguirmos controlar melhor a largura, porque com o Sporting isso é sempre difícil, porque eles têm os alas muito subidos e abertos, tivemos aí alguma dificuldade e o Sporting soube explorar isso muito bem.

    Depois, obviamente tentei passar uma mensagem de confiança, tentarmos ter bola e criar ocasiões. Penso que criámos alguma coisa na primeira parte, onde ainda chegámos com algum perigo à baliza do Sporting. Na segunda, após o quarto golo, a minha equipa psicologicamente caiu e é natural que assim fosse.

    O Sporting estava muito cómodo no jogo, tudo lhes saía bem, sabíamos que eram a equipa superior, mas obviamente gostaríamos de ter deixado uma imagem diferente, quiçá até com um resultado positivo para nós, era isso que queríamos, infelizmente não conseguimos e foi uma noite em que tudo nos correu mal. Agora temos que nos levantar, trabalhar e pensar no próximo jogo que é com o Marítimo.

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    Afonso Viana Santos
    Afonso Viana Santoshttp://www.bolanarede.pt
    Desde pequeno que o desporto faz parte da sua vida. Adora as táticas envolvidas no futebol europeu e americano e também é apaixonado por wrestling.