Inglaterra 1-2 França: França mais eficaz bate Inglaterra que teima em falhar nos 11 metros

A CRÓNICA: EQUILÍBRIO DESFEITO POR DETALHES

Estavam encontrados três semifinalistas deste Campeonato do Mundo, faltando assim apenas apurar mais uma seleção. Para o fim ficou, em perspsetiva, o melhor de todos os jogos: Inglaterra contra França. Duas das principais candidatas encontravam-se nestes quartos de final e à esperava estava já Marrocos, depois da imprevisível eliminação de Portugal. Assim, este era um jogo onde a necessidade de aumentar ganhava, prevendo-se, pelo menos no papel, uma chegada à final mais acessível do que inicialmente ambas esperavam.

Por isso mesmo era expectável um jogo muito equilibrado, entre duas equipas com muita qualidade e que, nesse contexto, se iriam fechar muito para impedir o golo do adversário. Isso verificou-se, mas para bem do jogo, por poucos minutos. A seleção inglesa não entrou tão bem e, apesar dessa coesão defensiva, foi com um grande pontapé de fora de área que Tchouaméni colocou a França em vantagem. Não havia defesa organizada que conseguisse impedir tal golo, pelo que os campeões em título se colocaram em vantagem.

A partir daí a Inglaterra conseguiu subir o rendimento ofensivo e começou a criar ocasiões de golo. A bola acabou por não entrar e até ao fim da primeira parte o resultado não sofreu qualquer alteração.

Para a segunda parte a toada do jogo continuou a mesma. Os leões ingleses continuaram a sua afirmação e depois de um maior domínio da partida, tiveram a ocasião que tanto procuraram. Tchouaméni derrubou Saka dentro de área e Kane não perdoou na conversão da grande penalidade. Guarda-redes para um lado, bola para o outro, e estava reposta a igualdade.

A partida manteve-se muito interessante e com oportunidades de parte a parte. Seria difícil o marcador não sofrer alterações até ao fim e a seleção francesa fez questão de provar isso mesmo. Depois de um belo cruzmento de Griezmann apareceu o inevitável Giroud para, de cabeça, fazer o 2-1 na partida aos 78 minutos.

A seleção de Inglaterra precisava de reagir e Southgate fez entrar Mount, o jogador que, passados três minutos, ganhou novo penálti, desta vez cometido por Hernández. Erro infantil do lateral esquerdo que colocava nos pés de Harry Kane a chance de fazer o 2-2. A realidade é que penálti não é golo, e se Kane mostrou muita frieza num primeiro momento, no segundo mostrou sentir o peso da responsabilidade. Bateu para a lua para desespero de todos os ingleses que, até ao fim, mais nada conseguiram fazer para empatar a partida.

Venceu a França numa bela partida de futebol e terá agora, nas meias-finais, a surpreendente seleção de Marrocos, que sofreu um único golo na competição (um autogolo). A seleção da Inglaterra vê o sonho cair por terra, e vai, tal como Portugal, para casa mais cedo.

 

A FIGURA

Olivier Giroud – É o melhor marcador da história da seleção de França e voltou a mostra, num jogo de tamanha importância, porque é que é um dos jogadores mais desvalorizados do futebol. Apareceu no sítio certo à hora certa e deu ao seu país uma das mais belas prendas que podiam pedir. A seu lado tem homens de enorme qualidade, é verdade, mas a forma como consegue ser o homem alvo é de louvar. Ainda dará muitas alegrias ao seu povo no que resta deste Mundial.

 

O FORA DE JOGO

Wilton Sampaio (árbitro) – Este era, em perspetiva, um dos melhores se não o melhor jogo do Mundial até ao momento. Pedia-se um árbitro invisível, que tomasse decisões acertadas e pouco polémicas. A verdade é que este juiz brasileiro pareceu perdido dentro de campo. Muitas decisões erradas e, não existisse VAR, teria prejudicado (e de que maneira) a seleção inglesa. Não tem, nem nos seus melhores sonhos, nível para estar numa competição desta importância.

 

ANÁLISE TÁTICA – INGLATERRA

Gareth Southgate dispôs a equipa num 4-2-3-1 com uma linha defensiva composta por Walker à direita, Stones e Maguire no centro e Shaw à esquerda. No centro atuaram Rice e Henderson, com o jovem do West Ham FC a ser mais fixo, enquanto o capitão do Liverpool FC se encosta muitas vezes à direita, abrindo assim espaço para Bellingham, o médio mais ofensivo da equipa. O trio de ataque fica composto por Saka à direita, Foden à esquerda e Kane na frente, com o avançado a fazer, como de costume, muitos movimentos de falso avançado, procurando receber a bola no meio-campo, oferecendo à equipa a criatividade de que ela por vezes necessita.

Kyle Walker assumiu hoje uma missão especial, uma vez que teve pela frente o poderoso Mbappé, que se tem mostrado imparável até ao momento. Talvez por isso tenha estado mais recuado, deixando para Shaw a missão de aparecer no momento ofensivo.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES

Pickford (7)

Kyle Walker (6)

John Stones (6)

Maguire (6)

Luke Shaw (6)

Declan Rice (6)

Henderson (7)

Bellingham (7)

Saka (7)

Phill Foden (5)

Harry Kane (8)

SUBS UTILIZADOS

Sterling (6)

Mount (7)

Rashford (6)

Grealish (-)

 

ANÁLISE TÁTICA – FRANÇA

A seleção francesa apresentou-se num 4-3-3 onde Griezmann assume a peça de elemento-chave e imprevisível, uma vez que não tem uma posição fixa no ataque. A linha mais recuada foi composta por Koundé à direita, Varane e Upamecano no centro e Hernández à esquerda, com este último a ser muito mais ofensivo, enquanto o jogador do FC Barcelona fica mais próximo dos dois centrais da equipa. Rabiot e Tchouámeni foram os médios mais fixos, enquanto Mbappé partiu na esquerda e Dembelé na direita. Girou foi, como habitual, o ponta de lança, e o no seu apoio apareceu Griezmann que vagueia um pouco por toda a parte, procurando as entrelinhas do adversário.

A chave desta equipa francesa está mesmo na imprevisibilidade do homem que aparece, no papel, atrás de Giroud. Como dissemos, Griezmann é o único que o consegue fazer, e vai espalhando magia em todos os estádios do Catar. É, de facto, um enorme jogador que não está a ser devidamente aproveitado nos úlimos anos.

11 INICIAL E PONTUAÇÕES 

Lloris (7)

Koundé (7)

Varane (7)

Upamecano (7)

Theo Hernández (5)

Rabiot (7)

Tchouaméni (8)

Dembele (7)

Griezmann (8)

Mbappé (7)

Giroud (8)

SUBS UTILIZADOS

Coman (6)

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Guilherme Vilabril Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
O Guilherme estuda Jornalismo na Escola Superior de Comunicação de Comunicação Social e é um apaixonado pelo futebol. Praticante desde os três anos, desde cedo que foi rodeado por bola e por treinadores de bancada. Quer ser jornalista desportivo, e viu no Bola na Rede uma excelente oportunidade para começar a dar os primeiros toques.

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