AJM/FC Porto 3-0 Sporting CP: Azuis e brancas com nova exibição de gala

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A CRÓNICA: NORTENHAS A UM TRIUNFO DA REVALIDAÇÃO

Era em dia de 14º aniversário do anfiteatro portista e com este a registar uma das melhores assistências da sua história que a equipa de Voleibol das azuis e brancas, a AJM/ FC Porto, acolheria a formação do Sporting Clube de Portugal naquele que seria o segundo encontro da final do Campeonato Nacional Feminino da modalidade. De salientar que as da invicta traziam uma vantagem de uma vitória conseguida na semana anterior no reduto das leoas, com as pupilas de Rui Moreira a terem derrotado as comandadas de Rui Costa por três partidas sem resposta, e de modo incontestável, numa série jogada à melhor de cinco encontros, em que sagrar-se-á campeã nacional a formação que conquistar três.

Esta partida decorria numa atmosfera de clara maior  pressão, teórica , para as da capital, pois a derrota da semana anterior havia sido de tal forma expressiva e evidente que , porventura, se receava que tal desaire pudesse deixar marcas na confiança da equipa que trajava de verde e branco.

Seria numa toada de equilíbrio que se jogariam os primeiros pontos do encontro, mas desde o quinto que a balança começaria a pender para o lado das caseiras, que depois da masterclasse de bloco em pleno João Rocha, pretendiam aplicar a mesmíssima receita entre portas, diga-se que nesse duelo a referida ação lhes havia valido mais de duas dezenas de pontos! Com o serviço a condicionar, enormemente, a receção das leoas e num parcial em que a distribuição da AJM estaria imaculada, seriam as nortenhas a explanar, na perfeição, os predicados que as levaram a partir em vantagem para a fase das decisões.  E com tamanho poderio em todas as ações de jogo face às rivais averbariam a primeira partida por contundentes 25-16.Num segundo parcial em que urgia uma reação por parte das detentoras da Taça de Portugal, onde haviam superado na final as portistas, seriam de facto as lisboetas a arrancar melhor, algo que, contudo, não voltaria a durar muito! De resto seria novamente desde bem cedo no parcial que as portistas colocariam a nu as fragilidades demonstradas, principalmente ao nível da receção anotadas  pelas leoas, isto num parcial onde o técnico Rui Costa tentou de tudo para travar  o ímpeto e superior nível das azuis e brancas, que não tiravam nem por nada o pé da tábua. Seria e já em vantagem larga no marcador que se daria um ligeiro relaxamento por parte das caseiras, mas nada que as impedisse de fechar o segundo set por 25-20. Já no terceiro, disputado taco a taco, seria a nove igual que se registaria uma rotação de serviço das azuis e brancas, momento este crucial para a fuga das mesmas rumo à vitória. Desde então a diferença só aumentou, e nem a rede ajudou à tarefa, já de si hercúlea, por parte das leoas! Resultado: as portistas somariam um parcial final de 25-18, que em pouco mais de uma hora e meia as deixava a um triunfo do bicampeonato.

Com a terceira disputa agendada para o próximo sábado, certamente, que as presididas por Jorge Nuno Pinto da Costa pretenderão selar a conquista do bicampeonato em pleno Dragão Arena. Conseguirão as sportinguistas conduzir a decisão novamente para a sua fortaleza?

A FIGURA

Coletivo azul e branco – Numa fase em que se poderia pensar que seria difícil repetir a aula proporcionada pela turma tripeira em plena capital, eis que se verificou igual guião neste segundo encontro. Com o empenho, concentração, compromisso e garra presentes do primeiro ao último ponto, creio que se comprova qual a razão de terem estado tanto tempo entre a alta roda do Voleibol europeu na presente temporada, ombreando com formações que possuem orçamentos, incomparavelmente mais avolutados. Apesar do desporto ser, felizmente, pródigo em surpresas e incerteza, creio, que apenas um cataclismo impedirá Rui Moreira e respetiva equipa técnica de festejar novo título nacional, estendendo o domínio portista nesta modalidade no feminino.

O FORA DE JOGO

Primeiro toque do Sporting Clube de Portugal – Depois de um dececionante arranque, e como assumiria o seu treinador Rui Costa, as atletas leoninas não defenderiam o lema da instituição que representam, elas que haviam por duas ocasiões na presente temporada derrotado as suas rivais. Muito erráticas em todos os aspetos técnicos da refrega, seria a receção o expoente máximo de todo este desacerto, apatia, acanhamento e falta de discernimento. Com muito para ser, certamente, debatido muito trabalho aguarda a formação sportinguista, pois caso não se empreenda uma profunda reflecção, serão presa fácil para um dragão que as atropelou nestes dois encontros!

ANÁLISE TÁTICA AJM/ FC PORTO

Com Rui Moreira a apostar na equipa que iniciara em pleno reduto sportinguista, essa formação voltaria a causticar os aspetos organizacionais da defesa lisboeta, condicionando também as atacantes das leoninas com um bloco que mais parecia uma parede de betão! Servindo e recebendo muito bem, com a “líbero” Joana Resende a assumir as despesas defensivas, as atacantes portistas também não defraudariam, arrasando as oponentes em todos os aspetos. Com o dedo do técnico claramente a notar-se em ambos os duelos da série, tal parece ter sido fator primordial para tornar esta numa partida de sentido unilateral!

FORMAÇÃO E PONTUAÇÕES AJM/FC PORTO

Aline Delsin (7)

Ana Gamboa (7)

Klara Vyklicka (8)

Victória Alves (7)

Thuany Bardin (8)

Joana Resende (9)

Tia Jimerson (9)

Kyra Holt (9)

Clarisse Peixoto (-)

Jurja Vlasic (-)

Janaína Vieira (-)

Ana Matos (-)

ANÁLISE TÁTICA SPORTING CP

Era ostentando o rótulo de equipa que mais havia dificultado as contas às do norte do país, que as da capital entravam com a missão de o transpor fora de casa. Muito apáticas, perturbadas, cabisbaixas e pouco crentes das suas possibilidades, foi deste modo que seriam  esmagadas pelas adversárias numa exibição que em nada ilustra a qualidade do seu plantel. Intelectualmente sério e bastante frio na análise ao duelo, seria com toda a propriedade que o técnico verde e branco se retrataria e assumindo as responsabilidades , confirmaria que também ele era  culpado por tão retumbante desaire, dando conta de algumas falhas de agressividade, comportamento e desleixo das suas orientadas.

FORMAÇÃO E PONTUAÇÕES SPORTING CP

Maria Gomez (5)

Bárbara Gomes (6)

Vanessa Paquete (6)

Thaís Bruzza (5)

Rafaella Bonifácio (6)

Maria Maio (5)

Greta Martinelli (5)

Ana Figueiras (5)

Jady Gerotto (5)

Aline Timm (6)

Daniela Loureiro (6)

Amanda Cavalcantil (-)

Daniana Pereira (-)

Carolina Garcez (-)

Diogo Rodrigues
Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.

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