📲 Segue o Bola na Rede nos canais oficiais:

Basquetebol feminino | O que faltou?

- Advertisement -
Benfica

A época da equipa de basquetebol feminino do Sport Lisboa e Benfica já chegou ao fim e infelizmente, a equipa orientada por Eugénio Rodrigues não foi capaz de dar continuidade ao seu ciclo de conquistas, perdendo a final da Taça de Portugal para a equipa da Quinta dos Lombos e falhando a revalidação do título perante a equipa do GDESSA.

E agora que a época acabou, devo reiterar que mantenho plena confiança nesta estrutura, neste projecto e nesta e nesta equipa técnica. No entanto, é preciso analisar as circunstâncias e tentar perceber quais os motivos que fizeram com que a época acabasse mal.

Nesta temporada, o Benfica contou com quatro jogadoras estrangeiras no seu plantel, sendo que só podia convocar três por jogo. Quem acompanha esta equipa sabe do nível diferenciado que a internacional brasileira Raphaella Monteiro apresenta e sem surpresa, esta voltou a ser a jogadora que mais se destacou.

Porém, o nível das jogadoras estrangeiras contratadas nesta época não foi suficiente para acompanhar a internacional brasileira, ou seja, estas não fizeram a diferença que se esperava. A extremo Darien Huff foi uma jogadora já com experiência no basquetebol europeu e que mostrou boas percentagens de lançamento (38,1% de eficácia nos triplos), mas teve apenas uma média de 7,9 pontos no campeonato, uma média curta para uma jogadora que se esperava ser uma das referências ofensivas da equipa.

A meio da época seria contratada a internacional bósnia Dragana Zubac, mas uma lesão contraída ao serviço da selecção impediu-a de mostrar o seu melhor nível, realizando apenas cinco jogos no campeonato (com média de 9,4 pontos).

Na minha opinião, a diferença esteve acima de tudo no garrafão. O Benfica contratou duas postes nesta temporada. A croata Katarina Trehub pouco contou para a equipa e acabaria por sair a meio da época. Já a norte-americana Courtney Warley foi a poste titular ao longo da temporada, terminando a época com uma média de 10 pontos 6,6 ressaltos.

Utilizando como ponto de comparação, a argentina Candela Gentinetta, poste que jogou no Benfica a época passada teve média de 7,9 ressaltos. Enquanto a norte-americana Japonica James, que jogou no Benfica em 20/21 (sendo MVP das finais), teve médias de 17,6 pontos e 7,7 ressaltos.

Na minha opinião, a diferença passou por aqui. A equipa do GDESSA é liderada em campo pelas internacionais portuguesas Márcia Robalo e Maianca Umbano, mas teve como seu principal trunfo a poste Kamilah Jackson. A norte-americana regressou ao GDESSA a meio da temporada e registou uma média de 11,6 ressaltos.

A poste é uma jogadora que, embora denote algumas limitações técnicas, apresenta um poderio físico que faz toda a diferença no Campeonato Português de Basquetebol que que dá a força no garrafão necessária nestes jogos de nível mais elevado. E a diferença nos números das postes de ambas as equipas nas finais explica muita coisa acerca do desfecho desta final.

As novidades ainda deverão demorar um pouco a surgir, mas fazendo um balanço geral do plantel, creio que a não haver saídas, não serão necessárias grandes mexidas no plantel nas posições 1 e 2, onde temos três internacionais portuguesas do melhor que há no nosso campeonato: Joana Soeiro, Marta Martins e Ana Carolina Rodrigues.

Já nas posições 3 e 4, creio que será necessário acrescentar qualidade e profundidade. A saída de Laura Ferreira deixou a equipa carente de uma jogadora que seja uma especialista a defender no perímetro, capaz de anular jogadoras com grande capacidade no lançamento exterior. Para além disso, para uma jogadora com a qualidade da Raphaella Monteiro, não será difícil atrair clubes interessados no estrangeiro.

Na posição de poste, a equipa de basquetebol está bem servida na rotação com as portuguesas Joana Alves e Carolina Cruz. Mas para ser a poste titular, a equipa necessita de uma jogadora fisicamente imponente e que tenha o poder no garrafão necessário para elevar a equipa a outro patamar.

Tiago Serrano
Tiago Serranohttp://www.bolanarede.pt
O Tiago é um jovem natural de Montemor-o-Novo, de uma região onde o futebol tem pouca visibilidade. Desde que se lembra é adepto fervoroso do Sport Lisboa e Benfica, mas também aprecia e acompanha o futebol em geral. Gosta muito de escrever sobre futebol e por isso decidiu abraçar este projeto, com o intuito de crescer a nível profissional e pessoal.

Subscreve!

Artigos Populares

Serie A: defesa português soma interessados na Premier League

Tiago Gabriel representa o Lecce e é um dos jogadores em destaque da equipa da Serie A. O central conta com admiradores na Premier League.

Vitória do Estugarda frente ao Augsburgo deixa equipa a um ponto do segundo lugar: Eis os resultados do dia na Bundesliga

Stuttgart bate Augsburg e fica a um ponto do segundo lugar da Bundesliga. Tiago Tomás somou 20 minutos na partida, após sair do banco na segunda parte.

Hugo Oliveira e o Famalicão x FC Porto: «São estes jogos que fazem crescer os jogadores»

Hugo Oliveira analisou o Famalicão x FC Porto. O encontro da jornada 11 terminou com o triunfo dos dragões por 1-0.

Francesco Farioli analisa Famalicão x FC Porto e diz: «Não é fácil jogar em 72 horas»

Francesco Farioli analisou o Famalicão x FC Porto. O encontro da jornada 11 terminou com o triunfo dos dragões por 1-0.

PUB

Mais Artigos Populares

Victor Froholdt deu a vitória ao FC Porto e reagiu ao golo: «Por vezes tens de ter sorte»

Victor Froholdt analisou o Famalicão x FC Porto. O encontro da jornada 11 terminou com o triunfo dos dragões por 1-0.

Tom van de Looi e a derrota frente ao FC Porto: «Não foi o nosso jogo»

Tom van de Looi analisou o Famalicão x FC Porto. O encontro da jornada 11 terminou com o triunfo dos dragões por 1-0.

Eis os 4 destaques do Famalicão x FC Porto

Eis os destaques do encontro entre Famalicão e FC Porto da jornada 11 da Primeira Liga. Os dragões venceram o conjunto famalicense por 1-0.