Skjelmose superioriza-se a Ayuso e Evenepoel e vence Volta à Suíça

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O jovem dinamarquês Mattias Skjelmose (Trek-Segafredo) sucedeu a Geraint Thomas e conquistou a 86ª edição da Volta à Suiça. O ciclista de 22 anos bateu Juan Ayuso (UAE Team Emirates) e Remco Evenepoel, atual campeão do mundo e que representa as cores da Soudal-Quick Step.

Esta é a segunda vitória numa classificação geral ao nível World Tour para o promissor atleta da equipa norte-americana, que havia conquistado a Volta ao Luxemburgo em 2022. Em regime de evolução e dado o cenário consideravelmente mais prestigioso, assim como o leque de adversários de maior valia, esta acaba por ser a maior vitória da curta carreira do dinamarquês.

Com uma vitória em etapa e, principalmente, com as provas dadas como o mais regular ao longo das oito etapas da competição, o líder da Trek-Segafredo bateu Juan Ayuso por nove segundos. A maior promessa do ciclismo espanhol venceu a etapa número cinco e o contrarrelógio final, no entanto, não conseguiu cavar uma diferença significativa para Mattias Skjelmose.

Remco Evenepoel fechou o pódio depois de uma saída antecipada do Giro d´Italia devido a doença, o que de certa forma contribuiu para a baixa de forma apresentada nas estradas suíças, mas que ainda assim lhe permitiram festejar uma vitória de etapa, para além de diversas classificações de etapas entre os melhores.

Relativamente aos restantes ciclistas que completaram os dez primeiros lugares da classificação geral, o destaque pela repercussão dos seus resultados vai para Cian Uijtdebroeks (Bora-Hansgrohe) e Félix Gall (AG2R Citroen Team). O jovem belga da equipa alemã, com os seus 20 anos, continua a consolidar-se aos poucos no pelotão internacional. Indiscutivelmente uma das maiores promessas a nível mundial, este é o terceiro top10 numa classificação geral de uma prova World Tour em 2023, o seu ano de estreia ao mais alto nível.

Já o austríaco da formação francesa, para além de juntar uma vitória de etapa ao oitavo lugar da classificação geral, demonstra que é uma aposta cada vez mais válida para este tipo de competições, muito também pela inexistência de ciclistas da qualidade e com as características necessárias para obter estes resultados dentro da equipa de Vicent Lavenu.

Menção também para o primeiro top10 da carreira a nível World Tour para Harold Tejada (Astana Qazaqstan Team) ou a polivalência de Dylan Teuns, que continua a demonstrar a sua qualidade não só nas clássicas da primavera. Para além dos resultados positivos dos crónicos candidatos a este tipo de resultados, como é o caso de Romain Bardet (Team DSM) e Rigoberto Urán (EF-Education-EasyPost), importa referir também as vitórias em etapa de outros ciclistas igualmente conceituados.

Com uma concorrência de gabarito, Stefan Kung, um dos melhores contrarrelogistas da atualidade, fez jus a esse facto e começou a Volta à Suiça batendo Remco Evenepoel e Wout van Aert (Jumbo-Visma) num perfil plano e com a duração de 12.7 quilómetros. Seguiu-se a vitória de Biniam Grmay (Intermaché-Circus-Wanty) ao sprint, batendo Arnaud Démare (Groupama-FDJ) E Wout van Aert, tirando de si alguma pressão depois de uma época que tem sido bem abaixo das expectativas para um dos melhores talentos que a o continente africano tem no ciclismo mundial.

Seguiu-se uma sequência de vitórias por parte dos homens da geral, no entanto, que permitiu apenas uma das camisolas das classificações secundárias no corpo de um dos destaques da geral: Mattias Skjelmose levou também a classificação do melhor jovem da competição.

Wout van Aert conquistou a camisola dos pontos, fazendo aquilo que faz melhor em diversos cenários: ganhar ou estar perto de ganhar, seja em que tipo de terreno for. Por fim, a camisola da montanha foi para Paskal Eenkhoorn (Lotto Dstny).

EM MEMÓRIA DE GINO MADER

A 86ª edição da Volta à Suiça, independentemente de qualquer prestação de índole competitiva, ficará para sempre marcada pelo falecimento de Gino Mader, ciclista suíço da Bahrain-Victorious. O atleta de 26 anos caiu de forma violenta no decorrer da etapa cinco, não resistindo aos graves ferimentos causados pelo infortúnio já no decorrer da parte final da etapa. O Bola na Rede presta as suas condolências a toda a família, amigos e à estrutura da Bahrain-Victorious.

Ricardo Rebelo
Ricardo Rebelohttp://www.bolanarede.pt
O Ricardo é licenciado em Comunicação Social. Natural de Amarante, percorreu praticamente todos os pelados do distrito do Porto enquanto futebolista de formação, mas o sonho de seguir esse caminho deu lugar ao objetivo de se tornar jornalista. Encara a escrita e o desporto como dois dos maiores prazeres da vida, sendo um adepto incondicional de ciclismo desde 2011.

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