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Inglaterra 1-0 Portugal: O fim

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A CRÓNICA: INSUFICIÊNCIA NA VONTADE TARDIA DE PORTUGAL

Com Roberto Martinez a assistir, a tarefa dos pupilos portugueses em Kutaisi não se avizinhava fácil. Frente a uma favorita Inglaterra, cheia de estrelas, que iria fazer de tudo para impedir não só passagem da seleção das quinas às meias-finais da prova, como também a possível presença dos lusos na próxima edição dos jogos olímpicos, em Paris, Rui Jorge decidiu manter os mesmos onze utilizados no último jogo, alterando apenas algumas questões táticas.

Com Pedro Neto e Francisco Conceição nas alas de forma mais afincada desta vez, Portugal teve nos pés do extremo do Wolves a primeira grande ocasião de perigo do encontro aos 13 minutos. Depois de um ótimo trabalho de João Neves no corredor direito, a bola que é desviada por Fábio Silva num primeiro momento, vai ao encontro de Pedro Neto, no outro lado da área, que com um remate forte ao primeiro poste, põe pela primeira vez no jogo o guardião inglês à prova.

De pedalada em pedalada, Pedro Neto tentava marcar a diferença e Portugal depois da primeira oportunidade mostrava-se mais confortável e confiante no encontro nos minutos seguintes, tentando assumir o controlo do jogo e o processo de construção de raiz.

Apesar disso, a seleção dos três leões conseguiu pegar na batuta e a partir desse momento não mais a largou. Após vários avisos, os ingleses chegaram mesmo ao golo no minuto 33. Numa excelente jogada, bem trabalhada e bem executada, Anthony Gordon, avançado do Newcastle United, adiantou a seleção adversária no marcador. 

Sem controlo do jogo e a correr atrás do resultado, a seleção das quinas ia vendo Angel Gomes, Gordon e companhia, marcarem o ritmo do encontro até ao descanso para o intervalo.

No entanto na segunda parte, a história foi outra. 

À entrada para os segundos 45 minutos, Rui Jorge mexeu na equipa e Paulo Bernardo justificou a alteração. O médio do SL Benfica que na última metade da temporada esteve emprestado ao Paços de Ferreira, entrou com tudo decidido em fazer a diferença e alterar o rumo de Portugal na competição.

De uma forma coletiva, o conjunto português apresentou um futebol mais atacante e mais confiante em busca de uma reviravolta no marcador. 

Contudo, oportunidade atrás de oportunidade,a seleção portuguesa não conseguiu chegar ao golo, apesar de fazer sofrer a seleção inglesa como nenhuma outra equipa tinha feito até ao momento. 

Entre bolas no ferro e inúmeras ocasiões perigosas, a esmera vontade que a seleção nacional apresentou na segunda parte mostrou-se insuficiente e sobretudo tardia. 

Com o apito final, Portugal sentiu assim a eliminação no Campeonato da Europa e regressa agora a casa com o sentimento que algo mais poderia ser feito.

A FIGURA

Anthony Gordon – Apesar da fraca exibição do conjunto inglês no segundo tempo, a diferença de qualidade na primeira parte entre as duas equipas atirou Portugal para fora do Europeu e Anthony Gordon foi o principal responsável por isso. Além de criador de várias ocasiões e momentos de perigo, o jovem inglês foi decisivo ao marcar o único golo da partida que definiu o resultado e a respetiva eliminação de Portugal na prova.

O FORA DE JOGO

Mentalidade portuguesa – Tal como a própria cultura nacional nos vem habituando, o comum português deixa tudo para a última e a seleção não fugiu à regra. Depois de uma derrota no jogo de abertura e de um apuramento milagroso na última partida, Portugal realizou novamente uma primeira parte bastante fraca e passiva, não apresentando um futebol de qualidade que merecesse uma passagem à próxima fase. Só no segundo tempo, com a eliminação em causa é que se deu a mudança de mentalidade e de abordagem no jogo, mas que, infelizmente, não foram capazes de alterar o desfecho do encontro. 

Guilherme Terras Marques
Guilherme Terras Marques
Orgulhoso estudante da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, vê no futebol e na sua cultura uma paixão. É apenas mais um jovem ambicioso que sonha fazer do jornalismo desportivo a sua vida. Escreve com o novo acordo ortográfico

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