SL Benfica 2-0 FC Porto | Schmidt (re)encontrou a luz, Di María brilhou e Musa foi Musa

O SL Benfica venceu o FC Porto por 2-0 e conquistou a Supertaça Portuguesa. Este artigo centrou-se em Roger Schmidt, Ángel Di María e Petar Musa.

Já dizia um bom português – amante de futebol, cerveja e uns belos tremoços no café da esquina – «Oh Zé, não importa como começa, mas sim como acaba». Está resumida a final da Supertaça. O SL Benfica foi dominado na primeira parte, Roger Schmidt errou e o FC Porto impôs a sua identidade. Os dragões tinham a águia imobilizada e sorriam mais que os encarnados. Mas lá está, no fim, a história foi outra.

Depois da saída de Gonçalo Ramos, a opção mais provável era Petar Musa. O técnico alemão decidiu surpreender e apostou num ataque móvel com a ideia de “procurar espaços atrás da última linha do FC Porto”. Rafa partiu como último homem, Fredrik Aursnes jogou no corredor central e Ángel Di María e João Mário chegaram a trocar de flancos. O ataque móvel pode vir a ser uma ideia futura (nunca se sabe), mas desta vez foi um “tiro ao lado”. Faltava dinamismo e uma referência no ataque, um jogador superior fisicamente que ganhasse duelos e permitisse uma melhor construção.

Roger Schmidt percebeu e teve mérito numa leitura correta e antecipada que deu claros frutos ao Benfica: entrada de Jurásek (para reforçar o flanco esquerdo que estava a ser explorado pelo Porto) e de Petar Musa. Abandonou o ataque móvel e tanto Rafa como Aursnes passaram para posições mais confortáveis – entrelinhas atrás do avançado e esquerda, respetivamente. Ao voltar à dinâmica habitual, o Benfica passou a ter uma referência na frente, consolidou o meio-campo e ganhou mais duelos.

Faz lembrar aquelas típicas histórias de hospitais. Alguém em coma (SL Benfica) que reencontra a luz. Normalmente depois há que escolher entre seguir ou não. E nós, no outro lado, limitamo-nos a esperar e a ver o que acontece. Com milhões de olhos postos, holofotes e “bocas” sobre idade, Ángel Dí Maria fez acontecer. Como tantas e tantas vezes. Independentemente de que clube sejamos, Di María é um jogador de grandes momentos, espelha futebol e amor. Pode já não ter a frescura e a explosão e daí as dúvidas de alguns sobre o argentino, mas compensa com técnica, inteligência e experiência. Gere a energia e utiliza quando é preciso. Continua a ser uma mais-valia para muitas equipas.

Falemos de Petar Musa, um dos grandes obreiros da vitória. Gosto do conceito de haver um jogador que, quando o vemos a aquecer, esfregamos as mãos com um sorriso no rosto. Tipo Pedro, o “super-sub” do FC Barcelona. Contra o FC Porto, Musa mudou o jogo. Acrescentou valor à equipa, deu maior coesão no ataque e selou o resultado. Ver Musa a saltar do banco e marcar golo tem sido uma imagem muito repetida. No fundo, é um avançado de perfil interessante que ganha muitos duelos, segura bem a bola e aproveita todas as oportunidades que tem. O que os ingleses chamam de “underrated” podemos chamar de Petar Musa. Pelo menos no contexto nacional.

Foram abordadas a correção de estratégia de Roger Schmidt, o brilhantismo de Di María e influência de Petar Musa porque acredito terem sido os pilares básicos da vitória. Porém, havia naturalmente mais temas desportivos que se poderia tocar: sublime prestação de João Neves, plano inicial do FC Porto, problemas dos dragões e mudanças de partes das duas equipas. Entretanto, passado algum tempo, o tal “Zé” da cerveja e tremoços contestou da mesma forma: «Não importa como começa, mas sim como acaba». A verdade é que apenas se virou a primeira página (Supertaça) e a época, meus amigos, é longa. Here we go.

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Diogo Lagos Reis
Diogo Lagos Reishttp://www.bolanarede.pt
Desde pequeno que o desporto lhe corre nas veias. Foi jogador de futsal, futebol e mais tarde tornou-se um dos poucos atletas de Futebol Freestyle, alcançando oficialmente o Top 8 de Portugal. Depois de ter estudado na Universidade Católica e tirado mestrado em Barcelona, o Diogo está a seguir uma carreira na área do jornalismo desportivo, sendo o futebol a sua verdadeira paixão.

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