Resultado curto para tanta superioridade | SC Braga 1-0 1. FC Union Berlim

Muitas vezes, a nível sénior, as equipas portuguesas sofrem e, em geral, não conseguem dominar os jogadores, mesmo perante equipas das ligas do Big 5 que não estejam habituadas a competições europeias. Já na Youth Champions League, o SC Braga não demonstra qualquer tipo de temor e contra o 1. FC Union Berlim, na Cidade Desportiva SC Braga, não foi diferente.

Houve dificuldade, sim, de conseguir criar desequilíbrios frente a uma formação germânica que montou um autocarro e contava com as transições rápidas e um robusto Asanji que esteve muito desamparado perante a muralha bracarense. Aos 31’, os bloqueios na finalização terminaram com o golo de João Vasconcelos, depois de Kauan tirar um defesa do caminho com uma bela simulação e assistir o colega do lado esquerdo do ataque.

Curiosamente, o Unim Berlin conseguiu a sua primeira incursão ofensiva no reatamento do jogo, com Ibrahim a obrigar João Carvalho a estrear as luvas no jogo.

Os desequilíbrios criados nos corredores eram muitas e Stein foi obrigado a algumas intervenções de nível elevado.

No segundo tempo, foi especialmente pelo lado esquerdo e pelo centro que o Braga tentou alargar a vantagem, mas a frieza na hora de rematar à baliza, especialmente dentro da grande área, não foi a mais apropriada.

Já os germânicos só através de transições rápidas conseguiam criar ocasiões. Até que no último quarto de hora, fruto das substituições no Union Berlim e talvez de algum desgaste dos jovens bracarenses, os visitantes começaram a ter mais posse de bola e a subirem no terreno de jogo, ficando próximo de chegar ao empate num lance de ressaltos dentro da grande área do Braga em que houve alguma apatia dos defesas.

O SC Braga ficou a dever a si próprio uma vitória mais folgada, mas conseguiu com este resultado a continuidade na Youth Champions League.

Falta saber se, na última jornada, os bracarenses conseguem assegurar a liderança do grupo e chegar diretamente aos oitavos.

BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

SC Braga

BnR: Que conclusões tira do jogo?

Rui Duarte: Podíamos ter tornado o jogo relativamente mais fácil para o nosso lado. Acho que fizemos uma boa primeira parte com uma entrada muito forte. O Union Berlin raramente conseguiu sair do seu meio campo connosco sempre a pressionar alto e a tentar criar oportunidades de golo.

Acho que nos faltou-um pouco de agressividade no momento de atirar à baliza e de fazer o golo, mas no capítulo defensivo, a nível de pressão alta, estivemos sempre organizados, muito pressionantes. Acaba por depois termos uma boa entrada na segunda parte também. Fomos mesmo à procura do segundo golo para tornarmos totalmente ou quase fechado porque não sentíamos que o Union Berlin nos causasse grande perigo.

Este resultado acabou por se arrastar até ao fim e com eles a acreditarem que era possível, mas ainda assim sem nos criarem oportunidades de golo. Acho que é um balanço positivo do jogo e daquilo que tem sido a nossa fase de grupos, com o apuramento garantido, com três vitórias e dois empates, com o Real Madrid que é um dos candidatos. Seguimos em frente, era isso que nós queríamos. Ainda temos mais um jogo para disputar com a possibilidade de perceber se conseguimos passar em primeiro que era importante ou em segundo. De toda a maneira, valorizar a passagem.

BnR: Nos últimos minutos, o jogo pareceu algo partido. Como explica essas maiores dificuldades no final? Houve alguma desconcentração por parte dos jogadores?

Rui Duarte: Não, é normal. A forma física, a mentalidade pressionante, obviamente com os minutos a passarem, vai-se perdendo um pouco e eles com um jogo mais direto, têm uma referência muito grande na frente. Começaram a acreditar que, com esse tipo de bolas mais longas, possam criar situações de perigo.  A nossa estratégia passava muito por aí: era não deixar pôr a bola na frente, sabíamos que esse jogador era uma referência para eles e que segura muito bem o jogo à frente, por isso fomos muito pressionantes o jogo todo.

É normal as forças vão-se acabando, vamos mexendo, há jogadores que não têm jogado tanto. Acho que fizemos um bom jogo, superioridade a todos os níveis. Faltou se calhar fazer mais um golo para o resultado ser completamente diferente e dar uma ênfase diferente à exibição.

BnR: Qual é a importância de atuar numa Youth Champions League para estes jovens jogadores do Braga?

Rui Duarte: É uma afirmação para todos, para os jovens, para o clube, para toda a gente. Isto é sinal de que o Braga está a fazer um excelente trabalho na formação. À partida para este grupo, quando saiu o sorteio, provavelmente toda a gente dizia que o Braga iria ter dificuldades.

Sim, claro que tivemos de trabalhar muito, nunca foi fácil, mas mostrámos grande qualidade, grande identidade, acima de tudo, que vai de encontro aquilo que são os valores do clube e equipa técnica. Obviamente estes jogadores estão a desfrutar e a experienciar coisas que são boas para eles, mas também coisas muito importantes para o clube.

É a primeira vez [na Youth Champions League], mérito da equipa A obviamente. Nós conseguimos acompanhar esta caminhada na Champions na equipa A, mas obviamente estes miúdos estão a demonstrar qualidade. Três vitórias e dois empates com o Real, em casa e fora, demonstram a qualidade do que se faz aqui dentro.

Union Berlin

BnR: Qual era a estratégia inicial para o jogo?

Marco Grote [treinador do Union Berlin]: Era defender arduamente e com paixão porque o Braga tem muita qualidade na equipa e criar algumas situações ofensivas. Fizemos isso na segunda parte e tivemos algumas oportunidades. Por isso, acho que estivemos ao mesmo nível do Braga, em muitas situações no jogo

Para nós, foi realmente um bom jogo. O resultado é que não foi assim tão bom.

BnR: Quais é o balanço que faz desta participação na Youth Champions League?

Marco Grote: Muita experiência para os jovens jogadores, os bons jovens jogadores e aprender com os melhores jogadores, a um nível mais elevado e foi o que fizemos em cada jogo.

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Pedro Filipe Silva
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