No jogo de apresentação aos sócios, o FC Porto recebeu o Al Nassr de Otávio e Alex Telles, ex-jogadores dos dragões, e venceu por 4-0 na cidade invicta com golos de Nico González (2), Ivan Jaime e Gonçalo Borges, numa vitória tranquila perante a equipa dirigida por Luís Castro.
Uma temporada onde o rejuvenescimento é evidente, basta conferirmos o onze que iniciou a partida. João Mário (24 anos), Otavio (22), Martim Fernandes (18), Alan Varela (23), Nico (22) , Ivan Jaime (23), Gonçalo Borges (23) e Namaso (23). Há juventude e qualidade.
Tendência para o jogo interior ficou patente. Ivan Jaime a cair pela esquerda, faz diversos movimentos de fora para dentro e é, sem dúvida, uma mais-valia nessa zona. Tem liberdade para participar em todas as manobras de ataque e todos saem beneficiados. De realçar a função de Nico González. Em momento defensivo encosta a Namaso e quando a equipa está a atacar torna-se num médio pela esquerda com a missão de ser o elemento surpresa e o primeiro golo da partida surge dessa forma.
A superioridade dos dragões ficou patente ao longo do jogo, apesar das debilidades do Al-Nassr. Muito presentes no último terço e uma posse de bola objetiva. O golo marcado por Ivan Jaime é o espelho do que Vítor Bruno quer fazer deste conjunto. Jogo envolvente com bastante diversidade de movimentos. Os extremos, em momento ofensivo, têm liberdade e isso exalta a qualidade dos seus ativos.
A nível defensivo, Vítor Bruno quer a equipa do FC a defender mais compacta, ou seja, a linha defensiva subida e menos espaço entre setores. Alan Varela e Grujic são peças fulcrais neste objetivo. Defendem bem e tecnicamente dão garantias. O argentino destaca-se, claramente.
Neste âmbito, continuam as dificuldades nas bolas paradas, algo que não é de hoje. Há muito espaço para o adversário “atacar” o segundo poste.
Martim Fernandes a lateral esquerdo, surpreende, mas no que se tem visto ao longo da pré-época, compete para ser presença assídua no onze. Não está confortável, no entanto, demonstra uma maturidade, em todos os momentos, que o coloca à frente dos seus colegas de posição.
Inevitavelmente, tem que se falar de Vasco Sousa e Rodrigo Mora. Ambos estiveram em campo alguns minutos e destacaram-se. O “15” portista já pedia esta oportunidade há bastante tempo e ficou visível o porquê. Inteligente, dinâmico e com uma qualidade impressionante em ligar o jogo. Mora, de apenas 17 anos, jogou aproximadamente 30 minutos e embora tenha feito uma partida “ok”, fica na memória a sua apresentação aos adeptos. A expectativa é notória. O menino que teve o dragão aos seus pés.
Esta pré-época serviu para trazer à tona qualidade que há na formação do FC Porto e um plantel com variedade nas diversas posições, Gonçalo Borges e Iván Jaime à cabeça, mas é impossível pensar nesta equipa sem Diogo Costa, Chico Conceição, Evanilson e Pepê. Atletas importantes e que, com certeza, Vítor Bruno irá usufruir das suas competências.