
O neozelandês Hamish Kerr sagrou-se campeão olímpico de salto em altura. A entrega das medalhas só ficou decidida depois de um desempate, entre Kerr e Shelby McEwen, norte-americano. Para completar o pódio, Mutaz Essa Barshim sai de Paris com o bronze ao pescoço.
Se em Tóquio 2020, Barshim e Tamberi, depois de estarem empatados na frente da competição, decidiram abdicar de um desempate e ganharem, ambos, a medalha de ouro, em Paris, a história foi outra. Os atuais medalhas de ouro e prata estavam igualados nos 2,38 metros, com o norte-americano a recusar dividir o título olímpico com o neozelandês. Por isso, seguiram para desempate através do “jump off”.
Continuaram a não conseguir passar os 2,38 metros e a fasquia baixou para os 2,36, tendo tido o mesmo desfecho. Quando saltavam os 2,34 metros, o inesperado aconteceu e, depois de McEwen voltar a falhar, Hamish Kerr saltou mais alto e tornou-se campeão olímpico. É caso para dizer que quem tudo quer, tudo perde, e McEwen tanto quis o ouro que acabou por perdê-lo.
O terceiro lugar foi entregue a um dos medalhados de Tóquio 2020, Barshim, do Qatar, que não conseguiu saltar mais do que 2,34 metros e manteve-se, no último lugar do pódio, como um dos melhores da sua modalidade.
Outro dos destaques desta prova foi Gianmarco Tamberi que foi um verdadeiro campeão e quis estar presente nesta final, mesmo depois de ter passado o dia no hospital. O italiano que tinha protagonizado a partilha do ouro com Barshim, estava com problemas renais que o fizeram passar dez horas nas urgências do hospital, antes da final no Stade de France. Ficou-se pelos 2,27 metros, terminando a sua participação nos Jogos de Paris de 2024 no penúltimo lugar.