O Vitória SC somou mais um triunfo na temporada, o primeiro na edição 2024/25 da Primeira Liga, frente ao Arouca. Nélson Oliveira brilhou, mas é Ricardo Mangas quem tem chamado à atenção dos gigantes do futebol europeu.
Adaptado a extremo-esquerdo para “tapar” a saída de Jota Silva, vendido aos ingleses do Nottingham Forest por sete milhões, o lateral de raiz leva três golos em quatro jogos, um dos quais de bicicleta, na vitória frente ao Floriana, a contar para a Liga Conferência, e promete não ficar por aqui.
Conhecido por ser um poço de trabalho, Ricardo Mangas já havia estado em destaque, noutras posições, a representar outros clubes. Emprestado pelo Boavista ao Bordeaux atuou como central, numa linha de três. Ao serviço dos axadrezados brilhou como lateral-esquerdo (posição de origem), extremo-esquerdo e extremo-direito. Independentemente da posição que ocupa em campo, Mangas parece conseguir adaptar-se a qualquer sistema, com sucesso.
Contratado ao Boavista, Mangas chegou a Guimarães em 2023 com um valor de mercado de um milhão e meio de euros. Um ano depois vale quatro e continua a gerar dividendos, com os vitorianos a terem mais um elemento capaz de encher os cofres do D. Afonso Henriques.
Com arestas ainda por limar, como a finta curta, já referido por Rui Borges, técnico dos vitorianos, aos 26 anos o Algarvio leva o melhor arranque na carreira e está a dois golos de atingir o melhor registo individual, desde que se tornou profissional – fez seis golos nos juniores do Tondela e cinco como sénior, no Boavista, antes de rumar ao Vitória de Guimarães.
A “dar coisas que um extremo de raiz não dá”, frase de Rui Borges, Ricardo Mangas pode dar, muito brevemente, o salto para outros patamares, seja na posição em que se formou, seja nas posições às quais se foi adaptando consoante as necessidades das estruturas por onde passou.