«Na minha carreira tenho 60% de vitórias. Andei sempre a lutar por objetivos grandes e por vencer» – Entrevista BnR a Pedro Barroso

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    Pedro Barroso é um nome que com uma experiência como poucos pelo Campeonato de Portugal, com uma percentagem de vitórias acima da média e bem recordado pelos projetos em que passou. Conta com uma carreira feita degrau a degrau, totalmente a pulso e fruto dos seus resultados. É o mais recente convidado do Bola na Rede e aborda vários temas.

    Bola na Rede: Pedro Barroso, desde muito jovem que estiveste ligado ao futebol, inicialmente como futebolista em escalões de base. Sentiste sempre que era este o teu caminho?

    Pedro Barroso: Eu sempre senti isso, para além dos registos de futebolista, existem outros que não aparecem e que estão relacionados com as minhas raízes, que vêm de um pai diretor e dirigente. Ele atuou durante 20 e tal anos. A minha chegada ao futebol é através da mão dele, quando tinha apenas quatro anos de idade. O gosto foi-se alimentando, pelo futebol, pela modalidade. O ‘bichinho’ começa-nos a corroer por dentro, a fazer-nos apaixonar. A carreira de futebolista foi assim, e que é precedida pela de treinador, que senti desde muito cedo que era o caminho que eu queria enveredar.

    Bola na Rede: Exatamente. Durante o começo da tua carreira dedicaste-te ao futebol de formação, orientando vários escalões, sendo inclusivamente coordenador técnico. Esses anos foram importantes para o teu desenvolvimento?

    Pedro Barroso: Não tenho dúvidas nenhumas. A minha carreira era muito mais difícil antigamente, irmos logo para treinador. Eu percebi que como futebolista não ia ter um futuro brilhante, ia andar pelas competições distritais, foi-me endereçado o convite pelo Penafiel para começar com os escalões de base e eu aceitei esse desafio. Eu percorri todo o percurso nos escalões de formação. Fiz todos os escalões, passei por várias tarefas, não apenas no futebol de formação, mas também no sénior. Isso dá-me uma visão muito angular daquilo que é o futebol e deu-me um crescimento enorme. Fez-me perceber o outro lado, fez-me olhar para o futebol e diferentes perspetivas e senti claramente que cresci. Fui treinador principal, adjunto, preparador, coordenador, analista… apenas não fui dirigente e essa diversidade de tarefa fez-me ficar a um nível muito bem preparado.

    Bola na Rede: É assim tão habitual um elemento ocupar tantos postos ao longo da sua carreira?

    Pedro Barroso: Eu não sei se é normal, o que eu sei é que a minha carreira foi construída a pulso. Vim de baixo, vim dos escalões mais baixos. Sempre que eu fui passando de patamar foi por mérito. No caso da formação, podemos considerar que o mérito é baseado no trabalho desenvolvido, apenas e só. Pensarmos no crescimento e potenciamento de jovens. Nos seniores é diferente. Aí tive mérito desportivo. A minha carreira tem sido sempre feita com rendimento e sustentada pelos meus resultados. Nunca ninguém me deu nada. É mais difícil a chegar, demora-se mais tempo, mas sentimos mais orgulho no que é o nosso desempenho.

    «Logicamente queremos um jogo de qualidade, queremos ser protagonistas. No futebol atual é importante termos a capacidade de valorizar o jogador. O futebol é isto como um negócio e temos que nos ajustar, mas tivemos sempre esta preocupação, de termos qualidade e valorizar o jogador».

    Bola na Rede: Estiveste na equipa técnica do Carlos Pinto durante três temporadas e em seguida deste o passo para o lugar de treinador principal. Acreditas que foi o momento certo?

    Pedro Barroso: Eu acredito que sim. Eu com o Carlos aprendi imenso nos três anos que estive com ele. Fomos campeões nacionais no Freamunde. No Chaves não subimos porque há um golo no último minuto no Freamunde x Tondela. Achei que por ter passado por todas as tarefas, apenas faltava-me no futebol sénior passar por adjunto, preparador e analista e acabei por concretizar isso nessa fase. Também havia o facto de ter sido muito poucas vezes adjunto. Eu senti necessidade de ter essa experiência e senti que em seguida estava pronto para ocupar o cargo de treinador principal e já tenho várias fases finais, das quais podemos falar.

    Bola na Rede: Vamos falar sobre isso mais à frente, claro. Antes disso, como é que gostas de colocar as tuas equipas a jogar, quando há liberdade para implementar uma ideia?

    Pedro Barroso: Uma coisa é começarmos de inicio, outra é arrancar a meio. São situações diferentes. Nós temos muitas referências que nos vão orientando, sendo a divisão que for ou com as dificuldades de construção. Logicamente queremos um jogo de qualidade, queremos ser protagonistas. No futebol atual é importante termos a capacidade de valorizar o jogador. O futebol é visto como um negócio e temos que nos ajustar, mas tivemos sempre esta preocupação, de termos qualidade e valorizar o jogador. Tudo assente numa boa organização coletiva e com conceitos bem definidos, que permita ser um jogo atrativo. Isto sem esquecer que o objetivo claro é vencer. De uma forma muito simples procuro ter um futebol de ataque, com algum pragmatismo. Sem esquecer tudo o que disse antes. Há que ter um futebol de qualidade, com simplicidade de processo e focados em vencer, isso é o mais claro.

    Bola na Rede: Passaste três épocas a treinar equipas da Associação do Porto e depois rumaste para longe de casa, para Castelo Branco. Como foi a experiência de estar num Nacional pela primeira vez? Sentiste muita diferença?

    Pedro Barroso: Eu não senti muita diferença. A divisão da AF Porto é muito competitiva. Temos grandes jogadores e grandes equipas lá. Eu lutava sempre por fases finais, por ganhar todos os jogos. Seja a divisão que for, quando lutamos para ganhar sempre, é sempre difícil. Para sermos os melhores, seja o país que for e a divisão que for, é sempre um trabalho de grande exigência. Tanto é assim que fui para Castelo Branco, num projeto com muito menos recursos, conseguimos fazer história. Venho da AF Porto, tenho duas fases finais no Rebordosa e no Aliados de Lordelo. No Freamunde saí em segundo, a cinco jornadas do fim. Já íamos muito bem preparados. Quando chegámos ao Benfica e Castelo Branco, foi difícil porque era longe do Porto e das grandes cidades. Nesses lugares temos poucos recursos para contratar, mas dentro do que eram os nossos recursos, conseguimos utilizá-los bem e fazer história.

    «No Benfica e Castelo Branco atingimos a história, estávamos na fase final com um conjunto de jogadores jovens e todos tinham sede de vencer».

    Bola na Rede: Com o Benfica e Castelo Branco atingiste a fase final do Campeonato de Portugal. Gostava que me falasses um pouco dessa experiência…

    Pedro Barroso: Na primeira época, em 2019/20, ainda não existia Liga 3. Neste primeiro ano eu vou para lá e estou-me a adaptar à cidade e a todo o perfil de jogadores que iam para lá. Jogadores com família era difícil levar. Jogadores com uma idade média também não. Tínhamos de ir buscar jogadores jovens ou deslocados em Portugal e necessitassem de casa. Conseguimos reunir um grupo interessante. Arrancámos mal o campeonato, onde existem quatro séries de 20 equipas. Era a primeira vez que havia uma ‘final eight’. Até então eram 16. Na última jornada, antes da interrupção pelo COVID 19, nós ganhámos ao Leiria em casa e o Anadia perdeu com o Torreense.  Chegámos ao segundo lugar e parou tudo. Iríamos disputar a fase de acesso à Liga 2, disseram-nos para treinar, através de Zoom, porque iríamos disputar a fase final na Cidade do Futebol, algo que não aconteceu. O Arouca e o Vizela foram convidados a subir. Atingimos a história, estávamos na fase final com um conjunto de jogadores jovens e todos tinham sede de vencer, com um orçamento curto e acreditávamos que as coisas iam correr bem. Vínhamos de três vitórias, com zero golos sofridos. Dá para perceber a forma em que estávamos. Não nos permitiram continuar a fazer história. Isto é o primeiro ano. Após o fecho desse campeonato, falou-se que podia ir para equipas de Segunda Liga, mas nada aconteceu. Nada se concretizou e o presidente do Benfica e Castelo Branco veio a minha casa para renovar contrato. No segundo ano voltámos a ir à fase de acesso, onde estava o Leiria com o super-projeto do Armando Marques e o Oliveira do Hospital, que era treinado pelo Tozé Marreco. Na fase final fui despedido, na segunda jornada. Não vale a pena a falar, as decisões dos outros cabem-lhes a eles tomá-las. Há algo que temos de ter em atenção neste projeto. Na primeira temporada, que pouca gente falou, nesse ano conseguimos colocar dois jogadores nas ligas profissionais. O Daniel Rodríguez foi para a Académica e o Stevy Okitokandjo rumou ao Mafra. Este último foi o melhor marcador da Taça de Portugal. Pouca a gente sabe disso, não falaram muito nisso. É algo que valorizamos bastante. Na minha carreira eu consegui promover muitos jogadores jovens: o Cipenga, que rumou agora a Espanha, o Zé Valente que me acompanhou três anos, o Luís Machado, que está em Hong Kong. O Ítalo Cortés e o Deabeas Owusu, dois jovens que estiveram comigo, chegaram a disputar o acesso à Champions League ou Liga Europa. O Paulo Moreira que está no Estrela da Amadora. Há muitos outros, mas estes gostaria de destacar.

    Bola na Rede: Como foi o sentimento no balneário, na altura da promoção do Vizela e Arouca, depois de não terem tido a oportunidade de disputar o acesso?

    Pedro Barroso: É um sentimento de impotência. Sabíamos que não era justo. A justificação que deram estava relacionada com o somatório de pontos. Porém, toda a gente sabia que a Série C, que tinha o Torreense, o Beira-Mar do Ricardo Sousa, o Praiense, tinha equipas extraordinárias. Havia muita competitividade. Era muito mais difícil somarmos pontos na Série C do que nas outras. O critério que foi apresentado na altura sabemos que não era justo. Depois de tanto trabalho e de tanto sacrifício… nos até começámos mal e conseguimos crescer e a equipa estava num nível muito alto. Ficámos muito desiludidos. Tínhamos um conjunto de bons jogadores, alguns deles chegaram até a bons clubes e ao profissionalismo. O meu discurso para eles foi que apenas podíamos controlar o nosso rendimento. Infelizmente não nos possibilitaram continuar a render dentro de campo.

    Bola na Rede: És um técnico com muita experiência no Campeonato de Portugal. Como avalias o estado da competição? Falamos de muitas equipas para poucos postos de subida e muitos de descida…

    Pedro Barroso: Eu acho que primeiro de tudo, se queremos campeonatos mais competitivos, a forma como são distribuídas as séries não é a mais correta, do ponto de vista da competitividade. Compreendo que com aquilo que são as despesas e as distâncias das viagens faz algum sentido. Porém, se queremos ais competitividade temos que ter as melhores equipas juntas. Talvez criar uma Liga 4, com algumas equipas mais fortes e o resto juntar-se aos campeonatos distritais. A Liga 4 ia ficar muito semelhante à Liga 3 e acho que é esse o caminho. Vemos muitas vezes equipas de baixo que já estão despromovidas quando faltam seis ou sete jornadas. O problema da distância eu também o passei, quando estava em Castelo Branco, mas temos que nos preparar. Não podemos arranjar desculpas. São muito poucas a subir para tantas equipas que existem. Há outra questão interessante. Para se conhecer o campeonato, demora-se muito tempo. São tantas equipas, que nós não conseguimos chegar de forma tão rápida á Série D, à do Algarve, até mesmo à de Lisboa. É o maior campeonato que temos em Portugal. É difícil abrangermos esses campeonatos todos. Os treinadores são interessados e querem saber o que se passa. Essa transformação que acontece todos os anos é complicada de acompanhar. Cabe à Federação fazer um pequeno ajuste, na minha opinião.

    «Em 10 jogos apenas ganhámos duas vezes e eu não estou habituado a isso. Eu na minha carreira tenho 60% de vitórias. Andei sempre a lutar por objetivos grandes e por vencer».

    Bola na Rede: Em 2023/24 estiveste no Anadia, a tua primeira aventura na Liga 3, depois de teres passado algumas semanas no Marco. Conseguiste duas vitórias em 10 desafios, o que é que correu mal?

    Pedro Barroso: É importante dizer que eu saí do Anadia por iniciativa própria, fui eu que tomei a iniciativa. Eu cheguei a meio, havia condicionantes, fui o terceiro treinador na época. Salientar o facto de que havia muitas mudanças no grupo de trabalho, muitas entradas e saídas. Não conseguimos reforçar como queríamos a equipa no mercado de janeiro. Não nos foi favorável. Conseguimos ter qualidade de jogo e criar oportunidades, mas não conseguimos concretizar da forma que pretendíamos. Achámos por bem colocar um ponto final. A administração não queria e ficaram surpreendidos. Mas achámos pelo bem do grupo de trabalho que deverão entrar alguém novo para abanar o grupo e atingir os objetivos. Acabaram por alcançar a manutenção e ficámos muito felizes. Fico a torcer pelo Anadia, deu-me uma oportunidade de me estrear na Liga 3 e desejo muito boa sorte ao Anadia e ao projeto. Igualmente ao Roque Júnior, que é alguém muito capaz e muito sério, que está a dotar o Anadia de boas condições. Comigo não deu certo, as coisas não se alinharam. Em 10 jogos apenas ganhámos duas vezes e eu não estou habituado a isso. Eu na minha carreira tenho 60% de vitórias. Andei sempre a lutar por objetivos grandes e por vencer. Em 10 jogos, apenas consegui duas vitórias e isso é algo que não estamos habituados. Acreditamos que temos mentalidade de vencedores.

    Bola na Rede: Estavas e estás habituado a lutar por objetivos elevados. Como é que uma equipa técnica se adapta a uma realidade distinta?

    Pedro Barroso: Queremos ganhar todos os jogos, só que chegas e meio e mudar mentalidades e comportamentos é mais difícil. Questões de jogo é mais simples. Chegas e colocas a tua própria organização. Mas mudar mentalidades e comportamentos é complicado. Estamos a falar de seres humanos, que têm formas de pensar muito próprios. Ser o terceiro treinador na época ainda complica mais a situação. Tentámos criar uma mentalidade vencedora e sermos competitivos em todos os jogos e conseguimos ser na maior parte deles. Os números demonstram precisamente contrário. Se formos por uma análise qualitativa, dá para ver que fomos competitivos. Contudo, pela análise competitiva, não fomos nada disso. Os números têm um impacto maior.

    Bola na Rede: Neste caso existiu uma quarta equipa técnica inclusive. Um jogador com tantas mudanças poderá até ficar confuso e pode perder a esperança, já que não existe um rumo….

    Pedro Barroso: É difícil, as coisas não foram fáceis. Entrámos numa altura em que fomos a Braga, depois jogámos com Lourosa em casa, fomos ao Varzim, foi um calendário difícil. Os adversários precisavam de pontos para rumar à fase final da Liga 3. O episódio de Braga também complicou. Falhou a luz, não sabíamos se ia haver jogo, esperámos duas horas… Eu costumo dizer que não jogamos sozinhos. Em Portugal falta-nos um pouco essa cultura. Quando o adversário tem mérito, temos que assumir isso sem vergonha. Numa liga com os 20 melhores treinadores do mundo, é garantido que dois vão descer de divisão. Tem que se dar mérito a quem o tem e aproveito para dizer que tenho sete fases finais e apenas subi em duas. Como treinador principal subi em uma. Os outros têm mérito, mesmo ao Arouca e ao Vizela. Conseguirmos lá estar representa que fomos melhores ao longo da época quase toda. Na fase mais curtinha falhámos, é uma questão de pormenores. Em Lourosa estivemos a ganhar 2-1, a jogar com 10, e toda a gente percebe porque não subimos. Quem conhece o Salgueiros e a sua mentalidade e as suas dificuldades, aquilo foi uma Champions League.

    Bola na Rede: Como é que uma equipa técnica, que não está num clube de Primeira ou Segunda Liga, lida com a Taça de Portugal?

    Pedro Barroso: Eu tento sempre o mais longe possível. O jogador olha para a Taça de Portugal como um meio para se conseguir promover. A malta olha para a Taça de Portugal sempre. Nós sempre que conseguimos estar na Taça de Portugal temos que nos promover. Há dinheiro, há encaixe financeiro para o clube e queremos competir. Quando és eliminado, ficas ali com o futuro. Jogamos de domingo em domingo, quando somos eliminados, temos fins de semana livres e não queremos isso. Os clubes também utilizam o encaixe financeiro como prémio para os jogadores. Calhas com um grande em casa, tens a época feita. Os jogadores também sabem que é melhor um grande jogo contra o um grande, do que uma bela época desportiva.

    Bola na Rede: Hoje em dia até várias equipas optam por deslocar-se para estádios maiores para jogar contra Benfica, Sporting ou FC Porto…

    Pedro Barroso. Alguns clubes fazem isso. O estádio é tão pequeno e querem arranjar maneira de uma receita bem maior. O ideal é jogar na nossa casa, dentro da nossa fortaleza. As probabilidades de ganhar aumentam em 1%, mas esse 1% pode dar-nos algum alento.

    «Se nos fizerem crer que é o projeto certo para nós iniciarmos novamente a nossa carreira, não vou dizer que não».

    Bola na Rede: Neste momento encontras-te sem equipa. Estás a pensar em dar o passo atrás ou gostavas de uma nova oportunidade na Liga 3?

    Pedro Barroso: Nós não podemos dizer que somos treinadores de Liga 3 ou de Liga 2. Eu estou à espera de um bom projeto. No entanto, eu acredito que a minha competência me permite chegar à Liga 3 e atingir os objetivos, seja em que clube for. Acreditamos muito naquilo que é a nossa competência. No Campeonato de Portugal já desempenhámos muito, fomos a três fases finais. A única coisa que há a fazer é subir de divisão. Perdemos uma subida aos 90 minutos, com o Salgueiros. Tal como o Xabi Alonso, o Rúben Amorim, o Tiago Margarido (neste caso na Segunda Liga e não em 2024/25, onde faz a sua estreia na Primeira Liga pelo Nacional da Madeira), a primeira vez que chegaram às competições em que estão, eles tiveram sucesso, não precisaram de experiência. Não é uma questão de experiência, mas sim entrar no projeto sempre. Temos que estar alinhados com os mesmos objetivos e referências. Quero um projeto que me valorize, que sou a pessoa certa e que juntos seja possível atingir os objetivos. Quanto mais acima, melhor. Não definimos ligas.

    Bola na Rede: Cada vez mais vemos treinadores portugueses rumar ao estrangeiro, a vários destinos. Estarias disposto a tal aventura?

    Pedro Barroso: Tal como falo ao nível interno, para o estrangeiro serve-me exatamente o mesmo. Se nos fizerem crer que é o projeto certo para nós iniciarmos novamente a nossa carreira, não vou dizer que não. Ainda assim, estamos recetivos a projetos que sejam os certos. Estamos a aguardar e esperamos que nos liguem e apresentem os projetos. Se acharmos que sim, nós vamos.

    Bola na Rede: Tens muita experiência nos escalões de formação. Se chegasse um projeto da Liga Revelação estarias recetivo? Ou somente estás concentrado no futebol ‘sénior’?

    Pedro Barroso: Se for um bom projeto da Liga Revelação eu não digo que não. Têm que nos convencer, seja a liga e o projeto que for. Apresentem-nos um projeto e expliquem-no bem. Eu, o meu agente e a minha equipa técnica avaliamos. Vamos abraçar o projeto que nos goste mais. Não estamos a ser justos se colocarmos de lado grandes clubes se pensarmos somente em certas divisões e isso não é justo.

    Bola na Rede: Quem são os teus treinadores favoritos e com quem te revês mais?

    Pedro Barroso: Eu tenho alguns. O Abel Ferreira é meu conterrâneo e tem um percurso muito semelhante ao meu na formação e conseguiu dar o clique. O Rúben Amorim por tudo o que construiu construir tão rapidamente e com ideias tão claras e convincentes acho que é uma grande referência. O José Mourinho pela forma como ele chegou ao futebol e coo conseguiu colocar as duas ideias. Conseguiu fazer-nos apaixonar. Toda a gente que foi para a tarefa de treinador. Deve-se muito a ele estas gerações recentes de técnicos portugueses. Fora de Portugal, a equipa que eu mais gosto de ver jogar é o Bayer Leverkusen do Xabi Alonso. Gosto muito. Em relação à minha ideia de jogo, vamos por conceitos e não tanto por estruturas e as dinâmicas vão fazer a diferença.

    Fonte: Instagram Pedro Barroso
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