O Bola na Rede teve a oportunidade de colocar uma questão a Rúben Amorim, após o encontro do Sporting frente ao Arouca, da quinta jornada da Primeira Liga.
O Bola na Rede colocou uma questão a Rúben Amorim, após o triunfo do Sporting frente ao Arouca por 3-0, no jogo de abertura da quinta jornada da Primeira Liga.
Eis a pergunta do BnR para Rúben Amorim:
Bola na Rede: Pensando no modelo de jogo do Sporting, há três aspetos onde é notória a evolução relativamente às últimas temporadas: a variabilidade na construção com um médio a entrar entre os centrais, a utilização de dois alas mais ofensivos resultando numa procura criteriosa do 2o poste em situações de cruzamento e a presença muito interior dos extremos, o Pote e o Trincão, procurando receber entre linhas ou entrar no espaço entre centrais, aproveitando o posicionamento do Gyokeres. É por estas mudanças que se explica o rejuvenescimento do Sporting de época para época e sente que o aperfeiçoamento dos detalhes a nível ofensivo é caminho para o Sporting continuar a ser tão dominante em campo?
Rúben Amorim: Acho que até um pouquinho mais defensivamente. Ofensivamente também, temos de melhorar em certos aspetos. Nestes tipo de jogos de blocos baixos, estamos muito melhores, também porque temos jogadores mais fortes nos corredores como disse. Antigamente, com certas características, dávamos a bola fora e os adversários não tinham uma pressa muito grande de chegar lá. Fechavam sempre o meio, sabiam que os jogadores mais perigosos no 1v1 não estavam fora e agora estão. Isso dificulta muito. As equipas técnicas melhoram, a ideia de jogo cresce, pensamos noutras coisas mas o que melhorou foi a qualidades dos jogadores. O Francisco Trincão joga numa posição perfeita para ele, não é bem um ala de linha, não é bem um 10, é algo entre aquilo. Está perfeito ali a capacidade como ele vira e carrega para cima. Depois o Viktor. Somos a equipa mais pressionante e a equipa que está sempre por cima do jogo, mas quantas vezes o Arouca conseguia trocar a bola, empurrar-nos um pouco para trás e nos lançávamos o Viktor Gyokeres e era mais um problema para o Arouca. A equipa está mais forte, mais velha digamos assim. A nossa ideia vai maturando, mas o principal ponto é a qualidade dos jogadores.