Parar para avançar: Bola parada do Benfica cada vez mais conVicente

Bola para a frente é o que é preciso, costuma escutar-se. Fica a ideia da necessidade de progressão da bola, em constante movimento, porque parar é morrer. Nem sempre é o caso. Não raras vezes, a bola parada é a que mais avança e parar por vezes dá vida. Pelo menos, é o que tem acontecido ao Benfica desde o regresso de Jedi… Lage, perdão.

Com Roger Schmidt, a bola parada das águias era uma absoluta nulidade. Nulidade mesmo. Absoluta mesmo. Sem qualquer termo de comparação. Quando comparada, por exemplo, com o que sucede há algum tempo no Sporting, escasseiam palavras para minimamente explicar aquilo que sucedia – ou não sucedia – no Benfica de Schmidt.

As coisas ainda não estão nos píncaros, mas a diferença é já abismal. O Benfica cria cada vez mais perigo nas bolas paradas ofensivas e sofre cada vez menos calafrios nas defensivas. E já marca de bola parada. E já vira jogos de bola parada. Não há uma única alma no mundo do futebol que desvalorize a importância da bola parada, sobretudo em jogos disputados até ao mais ínfimo detalhe.

Nicolás Otamendi
Fonte: Carlos Silva / Bola na Rede

Era, por isso, ainda mais aterradora a clara falta de trabalho neste capítulo da anterior equipa técnica encarnada. Repito, ainda não está tudo bem neste parâmetro, mas a diferença, repito também, é notória. E, diga-se, não era difícil. Atentando na qualidade de batedores que o Benfica tem e na capacidade que alguns dos seus jogadores têm no jogo aéreo, com Otamendi à cabeça, não era de todo difícil fazer melhor.

O trabalho, por fim, está a ser feito e reflete-se nas movimentações na área, nas zonas para onde a bola é batida, na forma como as águias exploram quer o primeiro, quer o segundo poste, na forma como desmancham o adversário quando este defende à zona ganhando uma primeira bola de cabeça e finalizando com um segundo toque – veja-se o golo de Florentino. É trabalho aliado à qualidade. Um deles sempre esteve lá, o outro começa a aparecer. Até que enfim, deve ouvir-se por essa Luz fora.

Márcio Francisco Paiva
Márcio Francisco Paivahttp://www.bolanarede.pt
O desporto bem praticado fascina-o, o jornalismo bem feito extasia-o. É apaixonado (ou doente, se quiserem, é quase igual – um apaixonado apenas comete mais loucuras) pelo SL Benfica e por tudo o que envolve o clube: modalidades, futebol de formação, futebol sénior. Por ser fascinado por desporto bem praticado, segue com especial atenção a NBA, a Premier League, os majors de Snooker, os Grand Slams de ténis, o campeonato espanhol de futsal e diversas competições europeias e mundiais de futebol e futsal. Quando está aborrecido, vê qualquer desporto. Quando está mesmo, mesmo aborrecido, pratica desporto. Sozinho. E perde.

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