Um início de Clássico que deixou a desejar, onde as dificuldades na produção ofensiva foram evidentes do lado portista, muito graças ao Braga que esteve sempre fechado no seu setor defensivo.
Carlos Carvalhal baixou os extremos para dificultar o jogo exterior dos dragões, no entanto, foi pelo meio que surgiu as melhores oportunidades nos primeiros 45 minutos. Pepê por dentro e Nico Gonzalez foram cruciais. O espanhol a lançar no golo anulado e o brasileiro com vários passes na tentativa de desbloquear a defesa bracarense.
No lado dos arsenalistas o jogador fora da caixa foi Roger Fernandes que, por diversos momentos, tentou fazer a diferença fosse a ser lançado na profundidade ou em lances individuais.
No fim da primeira parte e com o crescimento do Braga foram os azuis e brancos que chegaram à vantagem com um penálti concretizado por Galeno. Pepê (genial) a picar sobre a defesa adversária e o “13” do FC Porto a chegar primeiro, sendo carregado nas costas por João Ferreira.
Nota negativa para a atitude das bancadas no dragão. É claro que, neste momento, a equipa comandada por Vítor Bruno não está a praticar um futebol hipermega cativante, mas os adeptos não ajudam com este tipo de atitudes. Galeno e Samu tiveram que intervir e pedir calma.
Contudo, a segunda parte trouxe, inicialmente, energia e golaços. A começar pela pérola, Roger Fernandes que empatou o duelo com um autêntico míssil. Numa altura que os minhotos estavam bem no jogo. O golo sofrido aumentou os índices de competitividade.
A necessidade de procurar a vantagem abriu espaços entre setores nos dragões e o Braga aproveitou. É notória a fraca capacidade do FC Porto explorar ataques rápidos sem se expor defensivamente. A equipa sente-se mais confortável a construir pausadamente e de forma compacta. Dessa forma, os azuis e brancos chegariam à vantagem. Nico na combinação com Pepê e o internacional brasileiro a rematar cruzado para o fundo da baliza de Matheus.
Os dois golos, marcados para ambos os lados, foram efetuados em cinco minutos, 53 e 59.
A partir daí, a postura dos visitados é bastante contestável, à semelhança do aconteceu na quinta-feira, com o Manchester United. Muito recuados e sem formas, criativas, para sair ligados. Não houve coragem para continuar atrás de mais golos. Há maior comodidade em desvantagem ou igualdade do que em vantagem.
Por outro lado, o Braga esteve por cima da partida nos últimos minutos, mas sem êxito. Faltam os substitutos para Banza e Abel Ruiz. Roger foi o “algo a mais” numa equipa que acumula erros defensivos e, nestes contextos, é fatal.
Foram minutos finais com pouco “sumo”. Diogo Costa salvou e os três pontos ficaram no Porto que assim permanece na segunda posição da Liga Portuguesa com menos três pontos que o líder Sporting e mais cinco que o terceiro classificado, Benfica.