Leicester City FC 2–1 Chelsea FC: Até quando podem as raposas sonhar?!?

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Jogo grande da 16.ª jornada da magnífica Barclays Premier League. A equipa sensação, Leicester, a defrontar a desilusão da época, o Chelsea, de José Mourinho, no King Power. Por um lado, a equipa caseira a querer recuperar o primeiro lugar, e, por outro, os londrinos a procurarem sair desta espiral negativa cada vez mais profunda. Mas foram os pupilos de Ranieri que, com Mahrez endiabrado, levaram os três pontos, enterrando ainda mais a turma de Mou.

A primeira parte até foi pouco mexida; de destacar as substituições forçadas que obrigaram Ranieiri a trocar Drinkwater por King, aos 16 minutos, e Mourinho a substituir Hazard por Pedro, aos 30. O momento do primeiro tempo foi obviamente o golo do Leicester. O inevitável Jamie Vardy, aos 34 minutos da partida, assistido por Riyad Mahrez, fez abanar as redes do Chelsea. O inglês apareceu sozinho entre os centrais e respondeu da melhor forma ao excelente cruzamento do companheiro de equipa.

No recolher aos balneários, o Leicester estava em vantagem e muito confortável na partida. Os Blues não conseguiam desequilibrar nem criar perigo, devido às enormes dificuldades em jogar no último terço. Ramires e Matic não acrescentam criatividade; Oscar foi menos um em campo; Willian ainda tentou mas sem sucesso; Costa está muito longe do avançado que vimos na última temporada, que disputava todas as bolas e era um tormento constante para todas as defesas (mas melhorou na segunda parte).

O segundo tempo começou da pior maneira possível para o Chelsea. Riyad Mahrez, com menos de dois minutos jogados, fez o segundo para a equipa da casa. O argelino recebeu, com classe, o passe de Albrighton, trocou as voltas a Azpilicueta e executou de forma estonteante, sem hipóteses para o gigante belga.

Mahrez marcou, de forma soberba, o segundo golo da partida Fonte: Premier League
Mahrez marcou, de forma soberba, o segundo golo da partida
Fonte: Premier League

Aos 53 minutos, Mourinho decide (e bem) arriscar, retirando Terry – o capitão estava a ser dos piores em campo – e colocando Cesc Fábregas em campo. A equipa melhorou com a entrada do espanhol e começaram a conseguir penetrar a defesa do Leicester. Ao minuto 62, surge a melhor oportunidade dos visitantes até então: passe fantástico de Fábregas para as costas da defesa, mas Schmeichel faz uma grande defesa e impede o golo a Diego Costa. No seguimento, após a execução do canto, Ivanovic desperdiça uma oportunidade clamorosa, de baliza aberta. O treinador português, consciente da importância da partida, decide reforçar a frente de ataque e lança Remy, retirando um apagadíssimo Oscar. E, ao minuto 77, foi mesmo o ponta de lança francês que fez o golo. Grande cruzamento na esquerda de Pedro, e Remy, nas alturas, a reduzir a desvantagem.

No entanto, a equipa de Londres não conseguiu voltar a marcar, somando assim a nona derrota na Premier League, e vê os lugares europeus cada vez mais impossíveis de alcançar. O Chelsea até fez uma boa segunda parte, mas os erros defensivos e a terrível primeira parte condenaram o resultado final. A Liga dos Campeões é a única esperança dos adeptos dos leões de Londres (relembro que em 2011-2012 terminaram em sexto lugar na Liga, mas ganharam a liga milionária, garantido a presença na edição seguinte).

Por outro lado, continua assim a temporada de sonho das raposas, que continuam isolados no primeiro posto. Claudio Ranieri está a calar todos os críticos que duvidavam da sua capacidade como treinador. Esta equipa joga futebol espetáculo, positivo e sem estas modernices do tiki-taka. Num 4-4-2 clássico, este Leicester pratica um futebol muito direto, privilegiando as transições rápidas à posse de bola, o que causa grandes desequilíbrios nas defesas adversárias.

Em suma, vitória justa da equipa da casa, que foi a melhor durante a maior parte da partida e soube gerir o melhor momento do Chelsea. Quanto ao futebol jogado, a segunda parte foi bem melhor do que a primeira, com oportunidades para ambos os lados e notáveis momentos de futebol.

A Figura:

Riyad Mahrez – Este argelino é absolutamente fantástico e um prazer de ver jogar. Assistiu o primeiro golo e marcou, de forma soberba, o segundo. A isto acrescentou uma dose de apontamentos de grande classe, que evidenciam a sua técnica apurada. No entanto, também aqui poderia estar Kanté; o médio francês esteve incansável e preencheu todo o campo durante os 90 minutos.

O Fora-de-Jogo:

Oscar – O médio internacional brasileiro continua (como quase toda a equipa do Chelsea) num mau momento de forma e hoje foi um jogador a menos para a equipa de Mourinho. Não ofereceu a criatividade e a imprevisibilidade de que é capaz e fartou-se de perder bolas. Acabou por ser substituído, aos 65 minutos, por Remy.

Foto de capa: Premier League

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O interesse pelo futebol surgiu já tarde, por volta dos 11 anos, mas a paixão pelo desporto rei é enorme. Em Portugal, o seu clube do coração é o Sporting Clube de Portugal. Lá fora, e pelo enorme interesse que tem na Premier League, o Chelsea FC é a equipa que apoia, pela qual também sofre e rejubila.                                                                                                                                                 O Afonso escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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