Filipa Patão responde ao Bola na Rede: «A inteligência emocional condicionou as missões que tínhamos para a 2ª parte»

Filipa Patão analisou o empate entre o Benfica e o Sporting na Primeira Liga Feminina. Técnica respondeu à questão do Bola na Rede.

Filipa Patão fez o rescaldo do empate entre o Benfica e o Sporting (1-1) na 15ª jornada da Primeira Liga. O Bola na Rede esteve no Estádio da Luz e, no final da partida, teve a oportunidade de colocar uma questão à treinadora das águias em conferência de imprensa.

Podes ler AQUI a pergunta e resposta a Micael Sequeira, treinador do Sporting.

Bola na Rede: Na complementaridade do meio-campo do Benfica, quão importante é conjugar o lado mais cerebral da Andreia Faria e o lado mais físico nas ruturas e conduções da Andreia Norton e sente que foi a saída precoce da Andreia Faria a provocar algum desnorte nas decisões e na capacidade de controlar o jogo com bola?

Filipa Patão: A [Beatriz] Cameirão também tem essa capacidade, também é uma jogadora muito inteligente e com capacidade para jogar com bola. Sabíamos que tínhamos o amarelo da [Anna] Gasper e o amarelo da [Catarina] Amado. Volto a repetir, a Lúcia [Alves] não era para sair, teve uma condicionante e veio de uma longa paragem, devido à paragem da Chandra [Davidson] teve mais tempo de jogo que o expectável, mas teve de ser. Num jogo tão intenso poderia quebrar mais cedo e tivemos de gerir. Não era o expectável, mas com os dois amarelos, tivemos de mudar as coisas e aí fez diferença. Tivemos de passar a Cameirão para 6, deslocar a [Andreia] Norton para o lado direito, que não é o lado preferencial nem a missão preferencial, com a Mimi [Marie-Alidou] do lado esquerdo. Isso modifica o nosso jogo e as características ao jogo. Com a [Andreia] Faria a sair e a entrar a Cameirão, sabíamos que também tem um jogo muito cerebral, é inteligente a ocupar os espaços e consegue transportar, tanto que pode jogar a 6, a 8 ou a 10. A ideia era dar frescura, mas sentimos que o jogo ao cair em transições, com a Gasper amarelada a 6, e a Amado amarelada com esse tipo de transições, poderíamos acabar com menos uma. Não era o pretendido, portanto trocámos a Laís [Araújo] pela Amado pelo amarelo, a Cameirão para seis pelo amarelo e características diferentes mexem o jogo. Ainda assim, tinham capacidade para um jogo de posse independentemente das peças que lá estavam. Sabemos que a Mimi ataca um pouco mais a profundidade, com características parecidas à Norton no transporte e a levar, mas quando a Norton teve de passar para a missão da Faria e a Cameirão para a da Gasper, trouxe coisas diferentes, porque a Norton é mais de transporte e com a fadiga começou a não decidir tão bem. Atenção, isto apesar de ter feito um jogo excecional. Foi irrepreensível na missão que lhe foi dada. Volto a repetir, queríamos frescura na segunda parte e daí a entrada da Cameirão para dar frescura e ataque ao último terço. Embora na primeira parte estivéssemos com posse, queríamos ter médios com mais chegada à área. A particularidade da Cameirão relativamente à Faria é essa. Consegue ter um jogo de posse e muita chegada à área. Sabemos que é difícil entrar num jogo jogado a esta intensidade, mas volto a repetir, as minhas jogadoras foram irrepreensíveis na atitude que meteram e na ambição de ganhar o jogo. A parte da inteligência emocional condicionou um pouco as missões que tínhamos para a segunda parte, fomos caindo e não conseguimos ter um jogo igual ao que fizemos na primeira.

Diogo Ribeiro
Diogo Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação, está a terminar o mestrado em Jornalismo e tem o coração doutorado pelo futebol. Acredita que nem tudo gira à volta do futebol, mas que o mundo fica muito mais bonito quando a bola começa a girar.

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