Rui Borges analisa Benfica x Sporting e agradece apoio: «Só me lembro disso no Euro 2004»

Rui Borges analisou o empate entre o Benfica e o Sporting na 33ª jornada da Primeira Liga. Decisões adiadas uma semana.

Rui Borges fez a análise do empate entre o Benfica e o Sporting (1-1) na 33ª jornada da Primeira Liga. Em conferência de imprensa, o técnico dissecou o jogo e o resultado.

«Este jogo a ambição, a coragem e o compromisso da equipa. Íamos jogar contra um grande adversário, era importante o equilíbrio emocional. O golo cedo deu tranquilidade e empurrou-nos cedo para um bloco mais baixo. Não queríamos muito, mas era natural. Fomos controlando o jogo. A segunda parte é natural, o Benfica com os adeptos foi-nos empurrando. No lance do golo o Benfica é feliz com duas escorregadelas. Faltou clarividência e melhores decisões. Quem não sente não é filho de boa gente e ansiedade e stress existem sempre. A equipa mostrou uma ambição enorme e um compromisso que começou com a onda verde. Indescritível. Só me lembro disso no Euro 2004. Ajudou-nos a sair daqui a depender só de nós. Falta um jogo contra um adversário difícil, mas é bom».

«Não me sinto campeão. Só dependemos de nós e é bom, mas falta um jogo e sei a qualidade que há na outra equipa, já fui líder dela. Dependemos de nós, perante os nossos adeptos e na nossa casa. Está um ambiente incrível».

«Harder? O Benfica estava a expor-se, à procura do 2-1 no risco e dava-nos capacidade de acelerar como o Viktor. Podíamos ganhar profundidade com o Harder perto do Viktor e tentar criar 2X2 e ser mais fortes nos duelos».

«O empate não foi saboroso, senão não nos vale nada o empate. Dependemos de nós na nossa casa e é natural que os jogadores expressem felicidade. Falta um jogo, não ganhámos nada. Valorizar o que fizemos aqui, os adeptos e no fim do jogo veremos».

«Vitória SC? Até os adeptos, uma parte deles, ficaram magoados. Vejo no lado positivo, tinham um carinho grande e não o queriam ver sair. É natural a mágoa. Se o Vitória SC não ganhar amanhã pode precisar de pontos. Vi jogadores a levar amarelo para jogarem com o Sporting. Tem um grande treinador, a fazer um excelente trabalho e pratica futebol. Sei a qualidade individual e coletiva do grupo. Estou tranquilo, mas temos um jogo muito difícil para ganhar».

«Temos de travar a euforia e focar no que temos de fazer, no que depende de nós. Temos de nos focar em defrontar uma grande equipa. Sentimento positivo, dependemos de nós em nossa casa e os adeptos vão estar a empurrar-nos. É importante, mas falta um jogo».

«Resultado justo. O Benfica cresceu na segunda parte, empurrou-nos para trás. Seria injusto dizer que merecia a vitória, foi um jogo intenso e competitivo de parte a parte».

«Ausência de Hjulmand? Já perdemos tantos jogadores e tivemos sempre forma de arranjar soluções. Jamais estaria triste. Fez um grande jogo, é um jogador importante, mas quem jogar vai ter uma ambição enorme e uma entrega fantástica. Deu tudo hoje, no próximo jogo dará outro. A equipa vai responder, não estou sequer triste. Percebo a pergunta, mas nem sequer pensei nisso. Durante a semana vamos pensando».

«Ao intervalo tentei ajustar um ou outro comportamento para estarmos perto da defesa do Benfica, não deixar jogar entrelinhas. O Di María estava a criar dificuldades, a fugir à marcação. Tentei ajustar comportamentos, ele acabou por sair. Também os movimentos do Kokçu a pedir à esquerda, para melhorar as distâncias. A mesma atitude, pedir a mesma entrega. É difícil matar a atitude. A ambição é enorme».

«O Geny tem jogado ali. Mais focado no que era o Sporting do que no Benfica. Ajustou a linha de cinco, com o Aursnes à direita, tornou a mudar. A equipa sentiu-se confortável, o Geny teve uma tarefa simples, muito de olhar para o Carreras. Algo que batia na nossa estrutura e teve um desempenho fantástico».

«Jogo direto? Não foi estratégia, mérito do adversário. O golo fez com que a equipa se retraísse um bocado. Mesmo com um bloco baixo, emocionalmente tivemos um desempenho fantástico, cientes das tarefas para o coletivo funcionar. Acabam por ser felizes sem grandes oportunidades de golo, uma boa jogada do Pavlidis com duas escorregadelas. Faltou clarividência no último terço e tomar decisões melhores».

«Jogo do século? Disseram durante a semana, não fui eu que disse. Perda de tempo? Pelo amor de Deus. Estou no Sporting, algum dia diria para perder tempo. Mérito do adversário. Com o golo cedo é natural que a equipa se sinta confortável. Sabíamos que íamos variar bloco baixo, mais alto. O golo cedo fez com que estivéssemos com o bloco mais baixo. Era natural que a equipa tivesse esse comportamento. Mérito do adversário em alguns momentos, mas a equipa estava confortável. Faltou menos ansiedade no último terço. É dos jogos que me deixa menos stressado. Sou muito positivo. Queremos muito ser bicampeões, mas temos de olhar para a vida como ela é. Não estou aliviado porque tenho mais um jogo para ser bicampeão. Tranquilo porque tenho um orgulho imenso nesta equipa, no trajeto da equipa técnica. A paixão é espetacular. Hoje olhava para os adeptos e dizia “O Futebol é fantástico”. Tentei viver com emoção, desfrutar do jogo, mas não me esquecer que era um jogo. Sofrem muito mais os meus».

Diogo Ribeiro
Diogo Ribeirohttp://www.bolanarede.pt
O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação, está a terminar o mestrado em Jornalismo e tem o coração doutorado pelo futebol. Acredita que nem tudo gira à volta do futebol, mas que o mundo fica muito mais bonito quando a bola começa a girar.

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