Francisco Neto falou com os jornalistas durante esta segunda-feira, tendo em vista o encontro entre Portugal e a Bélgica.
Francisco Neto realizou esta segunda-feira a antevisão da partida entre Portugal e a Bélgica, relativa à última jornada da fase de grupos da Liga das Nações Feminina. O selecionador admitiu que os últimos jogos entre as duas equipas têm sido equilibrados:
«Os nossos últimos jogos com a Bélgica têm sido muito equilibrados e decididos nos pormenores. É uma equipa que tem vindo a crescer desde que a treinadora entrou. Tem vindo a aperfeiçoar os seus processos. É, nitidamente, uma equipa diferente daquela que encontrámos em fevereiro. É uma equipa que defende muito bem, que procura ter as suas linhas muito compactas, variando no pontapé de baliza, na pressão alta ou até frente a bloco intermédio ou bloco baixo. São muito fortes no momento de ganho, muito agressivas na transição – com muitas jogadoras fortes a chegar à área. Teremos de ser – e tentar – muito equilibrados no nosso jogo. Teremos de ter um jogo posicional que nos permita criar desequilíbrios quando tivermos bola, mas, ao mesmo tempo, estarmos muito equilibrados para os momentos de perdas. É aí que a Bélgica tem ferido».
O técnico rejeitou a possibilidade de jogar para o empate, resultado que leva Portugal a disputar o playoff de manutenção (tal como a vitória):
«Esta equipa joga sempre para ganhar. Procuramos isso. Às vezes, não somos competentes o suficiente para conseguir os resultados que queremos, mas a nossa mentalidade e o que temos vindo a trabalhar é pensar sempre nos três pontos. Mas também sabemos que podemos jogar com dois resultado. No entanto, só será depois dos 90 minutos, quando a árbitra levantar o tempo extra, é que poderemos jogar com isso. Até lá, o pensamento é sempre os três pontos».
Francisco Neto falou sobre as goleadas sofridas:
«Tem sempre impacto. É impossível negar. Não somos uma equipa que gosta deste tipo de resultados. Felizmente, trabalhamos muito para que não aconteçam e não têm acontecido muito nos últimos anos. Sabemos que não é a nossa identidade, mas também sabemos o que temos de fazer para melhorar. Sabemos que precisamos de tempo. Sabemos o porquê das coisas e estamos a trabalhar para dar o passo em frente e para fazer crescer a equipa. Mal feito fora se jogadoras profissionais que defendem o seu país e uma equipa técnica que trabalha arduamente se não sentissem as derrotas como sentimos. Temos muito brio naquilo que fazemos e trabalhamos todos os dias para dar uma resposta melhor. Não éramos os melhores quando ganhávamos, não somos os piores quando perdemos».
