A Vuelta 2025 está a ser marcada por várias manifestações de apoio à Palestina que impediram o final de duas etapas. Percurso final em ameaças sérias.
A 16.ª etapa da Vuelta, na Galiza, também teve um final mais curto e sem uma contagem de montanha, tendo de ser interrompida a oito quilómetros do final devido à ocupação de estradas por manifestantes a demonstrar a solidariedade com a Palestina. A tendência pode repetir-se e a etapa final, em Madrid, deve ser o terreno de maior dimensão de protestos de acordo com a imprensa espanhola.
José Luis Martínez-Almeida, perfeito de Madrid, concedeu uma entrevista à Onda Madrid onde garantiu que interrupções ou protestos impeditivos da circulação serão travados.
«Não há nenhuma mudança em relação à Volta a Espanha e ao orgulho e alegria com que a recebemos todos os anos. Os protestos nunca devem degenerar em violência nem pôr em risco a vida e a integridade física dos que fazem parte da Volta a Espanha, dos ciclistas e das equipas técnicas», avançou o presidente do município de Madrid.
José Luis Martínez-Almeida prometeu ainda uma resposta musculada em nome da defesa dos ciclistas, da Vuelta e do bom nome da cidade de Madrid, garantindo estar a preparar uma operação de segurança elevada.
«Madrid coloca-se à disposição da Delegação do Governo, que é quem tem competência em matéria de garantia de segurança, e da Volta Ciclista à Espanha para que isto seja uma festa, como tem sido todos os anos. E no caso de haver pessoas que legitimamente queiram protestar, de forma alguma esses protestos podem resultar em distúrbios ou provocar perigo para a vida e a integridade física. No caso de alguns quererem fazê-lo, terão certamente a nossa oposição, com a Polícia Municipal pronta e disposta a restabelecer imediatamente qualquer tentativa de distúrbio, em colaboração, claro, com a Delegação do Governo», resumiu.
«Quero um dispositivo que permita garantir a Volta Ciclista à Espanha, sem prejuízo de que possa haver protestos por parte daqueles que legitimamente queiram protestar, de modo a que, de forma alguma, a imagem da cidade de Madrid seja manchada e, acima de tudo, que não se gerem incidentes que possam acabar por pôr em perigo a vida ou a integridade física de qualquer um dos que vão no comboio ou de qualquer pessoa que vá assistir à última etapa», concluiu José Luis Martínez-Almeida
Os protestos estão a ter dimensões megalómanas fruto da presença da equipa israelita Israel-Premier Tech no pelotão da Vuelta. Bandeiras da Palestina figuram em quase todos os quilómetros das etapas e já duas etapas tiveram de ter um final antecipado devido à ocupação de estradas.
Recorde-se que o português João Almeida está na corrida pela geral. Já na terceira e última semana da prova, o ciclista da UAE Emirates ocupa o segundo lugar a apenas 48 segundos de Jonas Vingegaard.
Continua a acompanhar a Vuelta 2025.