5 melhores defesas da Primeira Liga 2025/26

Hoje, mais do que nunca, pede-se aos defesas que sejam mais do que simples guardiões da sua baliza. Exige-se que saibam defender com rigor, mas também construir, que tenham intensidade nos duelos sem perder critério na saída de bola, que dominem o jogo aéreo e, ao mesmo tempo, sejam capazes de aparecer em zonas de criação e finalização. O papel do defesa na Liga Portugal transformou-se num perfil híbrido, capaz de responder a todos os momentos do jogo.

No nosso campeonato, essa tendência é cada vez mais evidente. O Benfica e o FC Porto reforçaram-se com jogadores que prometem elevar a fasquia da sua linha de defesas, enquanto o Sporting encontrou em Diomandé um pilar que dá continuidade à solidez da equipa. Outros clubes também acompanham essa evolução, apostando em jogadores jovens e versáteis que marcam a diferença no setor recuado.

Neste contexto de mudança e afirmação, destacamos cinco defesas que mais se impõem pela influência, consistência e impacto, e que podem ser decisivos na forma como as suas equipas encaram esta temporada.

5.

Amar Dedic Benfica
Fonte: Paulo Ladeira/Bola na Rede

Amar DedićDepois de várias épocas em que a lateral direita foi um ponto vulnerável, o Benfica encontrou em Amar Dedić a solução para essa lacuna. O lateral bósnio chegou à Luz para oferecer características diferentes das de Bah, titular das últimas temporadas, e rapidamente mostrou argumentos para se afirmar como uma peça de grande utilidade no modelo encarnado.

Com bola, Dedić destaca-se por uma qualidade acima da média. Desde os primeiros jogos revelou capacidade para acrescentar variabilidade ao ataque, contribuindo para a criação de jogadas de perigo tanto em movimentos exteriores, explorando a largura, como em incursões interiores, onde demonstrou um entendimento rápido e eficaz com Aursnes. Essa versatilidade torna-o um lateral imprevisível e valioso em contextos de ataque organizado.

No um contra um ofensivo, Dedić também tem sido uma arma importante, encarando com confiança os adversários no drible e gerando superioridade em zonas adiantadas. Esta capacidade individual abre espaços para os colegas e aumenta a diversidade ofensiva da equipa.

Do ponto de vista defensivo, ainda há aspetos a refinar, sobretudo no posicionamento, onde algumas falhas já foram notadas. Contudo, o compromisso e intensidade que demonstra em campo têm atenuado esses erros, fazendo com que tenham impacto reduzido, à exceção do episódio da expulsão contra o Alverca, que evidenciou a necessidade de maior controlo emocional. Ainda assim, o saldo é francamente positivo e a sua adaptação ao futebol português tem sido promissora.

4.

Maxi Araújo Sporting Gaizka Larrazabal Casa Pia
Fonte: Pedro Barrelas / Bola na Rede

Maxi Araújo –– Entre os defesas da última temporada, merece especial referência o lateral uruguaio que chegou inicialmente para desempenhar a função de ala esquerdo num sistema de cinco defesas. Com a entrada de Rui Borges, rapidamente se adaptou a uma linha de quatro, mostrando versatilidade e uma evolução notória na posição de defesa esquerdo.

Não é um jogador que privilegie a progressão pelo passe, mas sim pela condução, onde demonstra grande confiança e eficácia em levar a equipa para a frente. Esta característica confere-lhe uma dimensão ofensiva diferenciada, sobretudo no último terço do campo, onde se revela decisivo. Os números confirmam essa influência: na época transata registou 3,91 ações de remate por jogo (percentil 96) e 0,51 ações de golo (percentil 96), além de um impressionante volume de entradas e toques na área adversária (percentil 98). Estes dados explicam a frequência com que aparece em zonas de finalização, acrescentando uma ameaça constante às defesas contrárias.

Do ponto de vista defensivo, tem apresentado uma evolução sólida. Apesar de ainda revelar algumas lacunas de posicionamento, compensa frequentemente essas falhas com a sua velocidade, intensidade e agressividade positiva nos duelos. Esse crescimento faz dele não só uma opção fiável no plano defensivo, mas também um jogador capaz de desequilibrar ofensivamente, uma combinação rara no contexto da Liga Portuguesa.

3.

Jakub Kiwior FC Porto
Fonte: FC Porto

Jakub Kiwior – Kiwior chega à Liga Portuguesa como uma das grandes apostas do FC Porto para reforçar o setor defensivo. A sua versatilidade é uma das principais mais-valias, já que pode atuar tanto como defesa central como defesa esquerdo, oferecendo soluções diferentes consoante as necessidades da equipa. Seja em que função for, a sua qualidade individual é inegável e eleva de imediato o nível competitivo do plantel.

Do ponto de vista ofensivo, Kiwior traz um contributo significativo para a variabilidade do jogo portista. A sua leitura e perceção dos espaços estão acima da média, sobretudo quando comparado com os colegas de setor, o que lhe permite dar à equipa novas formas de iniciar ataques e construir desde trás. Essa capacidade em identificar e explorar zonas livres transforma-o numa peça diferenciada para o processo ofensivo, sobretudo em jogos em que o adversário se fecha em bloco baixo.

No aspeto defensivo, o internacional polaco vem adicionar ainda mais vantagem à que a equipa azul e branca tem tido nos duelos e além de não ser um jogador com uma velocidade a robustez física vai fazer que mesmo em duelos no espaço Kiwior consiga ter vantagem.

2.

Tomás Araújo
Fonte: Luís Batista Ferreira / Bola na Rede

Tomás Araújo – O jovem central que desde a época passada começou a afirmar-se gradualmente na equipa principal. A chegada de Bruno Lage revelou-se um fator determinante para a sua consolidação, dando-lhe minutos e confiança num contexto de maior exigência competitiva.

A sua evolução, no entanto, não foi isenta de contratempos. Primeiro, a lesão de Bah obrigou-o a atuar como defesa direito durante grande parte da segunda metade da temporada, longe da sua posição natural. Depois, uma lesão própria limitou o seu rendimento em diversos jogos e acabou por fazê-lo perder o início da presente época. Ainda assim, sempre que esteve disponível, demonstrou a qualidade que o distingue.

Com bola, Tomás Araújo destaca-se pela clareza de ideias e pela confiança em iniciar o processo ofensivo. É um central capaz de variar entre o passe e a condução, sabendo fixar adversários antes de soltar a bola no momento certo para colegas em vantagem. Essa qualidade técnica, associada à calma com que toma decisões, dá segurança à saída de bola da equipa.

No plano defensivo, tem mostrado um crescimento constante e hoje apresenta índices de topo na Liga Portuguesa. A sua solidez ficou bem patente, por exemplo, no jogo frente ao Alverca: a equipa ribatejana tentou explorar o seu lado com Milovanovic, um avançado fisicamente imponente, mas Araújo levou a melhor na maioria dos duelos, demonstrando maturidade e capacidade de resposta.

1.

Ousmane Diomande Sporting
Fonte: Luís Batista Ferreira/Bola na Rede

Ousmane DiomandéOusmane Diomandé afirmou-se rapidamente como um dos pilares da defesa do Sporting e, hoje, é já uma peça praticamente insubstituível no sistema dos verde e brancos.

Com Coates ainda no plantel, ocupava sobretudo o lugar de central pela direita, uma função que não potenciava totalmente as suas características, já que não é especialista nem na progressão da bola nem na defesa de espaços mais abertos.

A saída do capitão uruguaio mudou por completo o seu papel e potenciou as suas qualidades. Passou a assumir o lugar de central do meio e, nesse contexto, as suas exibições deram um salto de qualidade evidente. Diomandé revelou-se imperial na defesa da área, dominando no jogo aéreo e nos duelos físicos. Apesar de não ser o mais criativo com bola, transmite segurança na circulação e apresenta-se sempre como uma opção viável para garantir a retenção de posse, ajudando a equipa a manter controlo em momentos de maior pressão adversária.

A mudança recente para um sistema de quatro defesas tornou-o ainda mais fundamental, já que a sua solidez na proteção do corredor central e da área contrasta com as lacunas que os colegas de setor ainda apresentam nesses aspetos. A sua presença confere estabilidade defensiva e autoridade numa zona vital do terreno.

O ponto menos positivo no seu jogo está relacionado com a agressividade excessiva. Por vezes, excede-se em lances em que a bola nem está em disputa, o que pode originar faltas desnecessárias ou situações de risco disciplinar. Ainda assim, trata-se de um aspeto que pode ser refinado com o tempo, a maturidade competitiva e a experiência acumulada.

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