Nuno Espírito Santo foi despedido do Nottingham Forest. Roy Keane comentou a saída e deixou uma mensagem forte aos treinadores.
O despedimento de Nuno Espírito Santo foi fortemente criticado por grande parte da imprensa inglesa, salientando os méritos do português no Nottingham Forest. Ainda assim, Roy Keane não se mostrou com compaixão para com o treinador.
«Nuno Espírito Santo já era um morto a deambular assim que meteu os pés no jogo contra o West Ham. Aquilo que ele tinha de fazer era vencer todos os jogos. Assim que o Nottingham Forest escorregou, é claro que houve ruído e conversas», começou por justificar Roy Keane ao podcast Overlap.
Roy Keane aproveitou ainda para deixar críticas ao modelo do Nottingham Forest e à forma como Evangelos Marinakis gere e efetua o seu poder sobre o clube.
«Em certos clubes o treinador está no fundo de uma hierarquia. Está atrás de tudo, não tem poder. É por isso que, quando vejo estes treinadores a chegarem ao Nottingham Forest e dizerem que é um grande clube acho que têm de ter cuidado com aquilo que desejam. Este proprietário [Evangelos Marinakis] tem histórico. O que é que acham que vai mudar? Se estás a despedir um treinador…», explicou o antigo jogador do Manchester United, antes de endereçar uma mensagem aos treinadores.
«Já não tenho pena dos treinadores. Não se ponham a chorar até adormecerem. Ele sabia o que se passava quando foi para lá. Tens de fazer o teu trabalho de casa antes de aceitar um emprego. Se apertas a mão ao diabo, tudo de bom», concluiu Roy Keane.
Recorde-se que a relação com Evangelos Marinakis e com Edu Gaspar foi o grande motivo que fez o copo transbordar e guiou Nuno Espírito Santo ao despedimento do Nottingham Forest.