João Noronha Lopes foi o mais recente entrevistado pelo Bola na Rede. Candidato nas eleições do Benfica apresentou o seu projeto encarnado.
João Noronha Lopes foi entrevistado pelo Bola na Rede. O candidato à presidência do Benfica apresentou o seu projeto para as águias e traçou as medidas fundamentais para aproximar as águias dos adeptos.
«Nota-se, neste momento, um grande afastamento para com os adeptos do Benfica. O Benfica é um clube dos sócios, são os sócios os donos do clube. Não nos podemos lembrar dos adeptos apenas na altura das eleições nem ir às casas do Benfica só em altura das eleições. Há uma relação constante com os adeptos que tem de ser feita e vou dizer várias medidas que proponho para o associativismo, que me parece muito importante. Por um lado, a criação do provedor do sócio, uma figura autónoma da direção que vai garantir os esclarecimentos e dúvidas que os sócios podem pôr sobre bilhética, quotas, estatuto e direitos que têm e que às vezes ficam perdidas e não são esclarecidas. Outra medida que me parece importante para os sócios é renovar o cartão Benfica Mais. É uma medida importante, mas temos de aumentar o número de parcerias para o cartão, renová-lo e aumentar o número de parceiros regionais. Ouço em algumas casas que há muitos dos parceiros que não têm dimensão regional. Há que regionalizar ou criar outro tipo de parceiros para garantir que essas vantagens chegam aos sócios. Podemos ser mais ambiciosos em termos de crescimento do número de sócios. Tenho um projeto para chegarmos aos 550 mil sócios com incentivos para os sócios que angariam outros sócios, também dedicado às Casas. As Casas vão poder comparticipar também nas receitas angariadas por novo sócio. Relativamente às Casas, há um grande afastamento do clube às Casas. A aproximação não deve ser feita apenas diretor das Casas, mas por toda a direção do Benfica. O Benfica não é apenas um clube de Lisboa, é de todo o país. Tem de sair do Estádio da Luz e ouvir todos os sócios e adeptos. Proponho duas presidências abertas por ano, uma no Norte e outra no Sul, em que irei, juntamente com toda a direção, ouvir os sócios e os adeptos das Casas. Não vai só o diretor das Casas, vai o presidente, o vice-presidente financeiro, do futebol, do marketing, do associativismo, porque temos de ouvir mais o que dizem os sócios do Benfica fora de Lisboa. Tem a ver com outra medida que vou propor no meu programa, que é um Congresso das Casas. Desde 2015 que não há um Congresso das Casas propriamente dito. Como é que é possível estarmos tanto tempo sem ouvir as preocupações das Casas? Existe um trabalho extraordinário de benfiquismo feito pelas pessoas das Casas com grande sacrifício e esforço pessoal. A obrigação da direção do Benfica é envolver as casas e fazê-las participar no futuro do clube. Para isso vou trazer de volta o Congresso das Casas. Também vou trazer de volta o comboio do Benfica em associação com as Casas. Tem de ser uma fonte de receitas para as Casas do Norte. Não só podemos criar uma fonte de receitas, como um momento de grande benfiquismo. Tenho alguém comigo que sabe fazer esse projeto, portanto, vou trazer de volta o Comboio do Benfica. Depois, há outro ponto que me parece importante. As Casas devem ser autossustentáveis, mas o Benfica pode apoiar mais as Casas em algumas áreas e destaco duas. Uma é a área da tecnologia e da informática. Nas Casas há muitas pessoas sem esta formação e o Benfica pode ajudar as Casas a formar estas pessoas porque vai facilitar a comunicação do clube, a bilhética, o conhecimento dos sócios. O Benfica pode ter um papel importante nisto. Há também margem para conseguir alargar às Casas muitos dos contactos que temos de patrocinadores, quer desportivos, quer comerciais», destacou João Noronha Lopes.
Lê a entrevista completa de João Noronha Lopes ao Bola na Rede.