A CORRIDA: BAGNAIA LIDERA DO INÍCIO AO FIM COM UM GRANDE SUSTO NAS ÚLTIMAS VOLTAS
A 31 de março foi a última vitória de Francesco Bagnaia, nesta temporada, no Grande Prémio dos Estados Unidos e seis meses depois volta aos triunfos, desta vez em Motegi, Japão. Contudo, o destaque da corrida é a conquista do sétimo título de Marc Márquez na MotoGP. O espanhol terminou em segundo e conseguiu a diferença necessária para Álex Márquez para levar o troféu. Joan Mir fechou o pódio.
Antes do início da corrida tivemos duas ausências. A primeira de Jorge Martín. O campeão da edição passada fraturou a clavícula direita, na sequência do acidente com Marco Bezzechi na corrida sprint. O outro abandono foi o do piloto da casa, Ai Ogura. O nipónico não aguentou as dores na mão direito, após uma queda sofrida no Grande Prémio de San Marino.
No arranque, Pecco segurou muito bem a liderança, mas quem teve um excelente arranque foi Pedro Acosta. O jovem espanhol saltou de quinto para segundo, enquanto o seu compatriota, Joan Mir, fez o caminho inverso.
Ao fim de duas voltas, Bagnaia já tinha mais de um segundo de distância para Acosta. Um pouco mais atrás, Fabio Quartararo, que ocupava a quarta posição, cometeu um erro no terceiro setor e perdeu várias posições. Mir começava a redimir-se do mau arranque e foi subindo alguns lugares.
Marc Márquez mantinha-se em terceiro, com uma condução extremamente cautelosa. O espanhol não queria desperdiçar a oportunidade de tornar-se, novamente, campeão mundial, uma vez que o seu irmão, Álex Márquez rodava na sétima posição.
A dez voltas do fim, mesmo com uma condução cautelosa, Márquez ultrapassou Acosta e a Ducati tinha assim os dois pilotos no topo. Marc aproximou-se do jovem na reta da meta e na curva 3 mergulhou por dentro e assumiu a segunda colocação. O hepta estava cada vez mais próximo.
Nas últimas voltas, Acosta que até estava a fazer uma boa corrida, errou a travagem e saiu da pista, caindo para o último lugar. Bagnaia sofreu um grande susto, que lhe poderia ter estragado o fim de semana perfeito. A mota 63 começou a deitar algum fumo, o que deixou o italiano preocupado, mas o bicampeão mundial não perdeu ritmo e manteve os três segundos de diferença para o companheiro de equipa.
Pecco cruzou a linha de meta e venceu pela segunda vez, em 2025, mas a festa era ainda maior na garagem ao lado, com a conquista do sétimo título mundial de Marc. Mir terminou em terceiro e Marco Bezzecchi, Franco Morbidelli, Álex Márquez, Raúl Fernández, Fabio Quartararo, Johann Zarco e Fermín Aldeguer, respetivamente, fecharam os dez primeiros em Motegi.
PILOTO DO DIA
Marc Márquez (Ducati) – O renascimento do espanhol está completo. Depois daquela fatídica lesão no braço direito, em 2020, Márquez renasceu e voltou a conquistar o título mundial. Marc fez uma corrida sólida e soube gerir muito bem as emoções para igualar Valentino Rossi no número de troféus conquistados na MotoGP.
DESILUSÃO DO DIA
Pedro Acosta (KTM) – Depois de um bom arranque, esperava-se que conseguisse terminar no pódio. Contudo, um simples erro retirou o jovem piloto do terceiro pódio da temporada e terminou na penúltima posição.