Martim Mayer, candidato às eleições do Benfica, defendeu a entrada da Adidas como acionista da SAD e admitiu a possibilidade de vender o nome do Estádio da Luz.
Martim Mayer, candidato à presidência do Benfica, afirmou em entrevista à Rádio Renascença que pretende reforçar a estrutura da SAD com novos parceiros.
«A SAD do Benfica deve ser detida a 67% pelo clube. Atualmente é detida a 63,25%. Mas, em cima desses 67%, devíamos ter dois acionistas estratégicos de longo prazo, cada um com 10% da SAD”, explicou, acrescentando que um deles «há-de ser seguramente a Adidas».
O candidato referiu que um desses parceiros deveria ser a Adidas, fornecedora de equipamentos do clube.
«O Benfica deveria querer a Adidas como acionista da SAD. Eu, enquanto presidente, vou fazer os máximos esforços para que assim seja. O outro acionista deveria estar relacionado com entretenimento e com a transmissão streaming de espetáculos desportivos. Nesta lógica, o naming do estádio deveria ter que ver com algum desses dois acionistas estratégicos. É isso que faz sentido», referiu.
Sobre o futuro do Estádio da Luz, Martim Mayer admitiu «vender o nome do estádio», considerando que «um contrato de 10 milhões de euros por ano, vezes dez anos, é um bom contrato». O candidato abordou ainda a gestão desportiva e a necessidade de uma figura de coordenação global.
«O diretor-geral do futebol do Benfica, na nossa visão, é alguém que vai ter de olhar de uma forma global. Vai ter de abarcar toda a academia do Benfica, desde os sub-13, o scouting, o futebol feminino, a equipa B, os sub-23, e concretizar toda esta filosofia e visão na equipa A», explicou.
Martim Meyer justificou esta proposta com o foco atual da gestão desportiva.
«Mário Branco e o José Mourinho estão totalmente focados naquilo que é o curto prazo do futebol do clube», finalizou.