Portugal empatou com a Hungria por 2-2 e só em novembro poderá confirmar o Mundial 2026. Eis os principais destaques do jogo.
Cristiano Ronaldo: Se contra a Irlanda esteve algo apagado, entre a fisicalidade dos trevos dos defesas, a maior fragilidade da Hungria neste capítulo foi terreno fértil para o português que bisou e voltou a escrever o nome no livro dos recordes. Por mais que o capitão português queira dar-se ao jogo e descair para os flancos é nos lances dos golos, atacando o lado cego dos defesas e superiorizando-se na área, que mais fará a diferença.
Nuno Mendes: As discussões sobre o melhor lateral esquerdo do mundo já ficaram demasiado curtas para o português. Estamos perante um sério candidato a melhor jogador do mundo. Por dentro, por fora, mais baixo, mais avançado. Para lá das arrancadas e da imposição nos duelos, tem um lado técnico na condução e na batida na bola que lhe permitem ser útil em qualquer lado. A continuidade física de Nuno Mendes é a melhor notícia possível nesta fase em que as lesões têm sido menos frequentes.
Vitinha: Não entra no leque de melhores exibições da carreira do médio português, mas foi plena de regularidade e capacidade criativa. Quando o bloco da Hungria baixava, encontrou soluções para dar sequência ao jogo português e oferecer-lhe intencionalidade. Quando Portugal aproveitava a contra-transição, dava rapidamente andamento ao jogo para encontrar os espaços. Está num nível elevadíssimo.
Dominik Szoboszlai: Se no Liverpool é, dos quatro médios titulares (em três vagas) o mais sacrificado, goza na Hungria do estatuto de estrela maior. A batida na bola que o celebrizou e fez saltar para o topo do futebol, vem acompanhada de uma influência gritante no jogo húngaro a partir de posições mais avançadas. Decide lances no último terço e pisa a área para finalizar e marcar diferenças. Somou um golo e uma assistência.
Callum Styles: Tem dupla nacionalidade inglesa, joga pela Hungria e, à distância, tem o perfil de um médio espanhol. De todos os jogadores húngaros no relvado, foi o mais esclarecido, procurando a pausa e a organização desde trás para desmontar a pressão portuguesa. Soube organizar o jogo húngaro e foi a partir dos seus passes que surgiram os melhores ataques húngaros.
Barnabás Varga: Influencia autenticamente o jogo da Hungria. A seleção de Marco Rossi até tem princípios de saída organizada e dinâmicas fluídas para progredir em campo, mas a presença do corpulento avançado é fundamental em todos os cenários. Concentra atenções e permite entradas dos extremos e médios no espaço que cria quando não joga com a bola, ganha duelos e segura quando é acionado como referência.