Roberto De Zerbi analisou o desfecho da terceira jornada da fase de liga. O Sporting recebeu o Marselha no Estádio de Alvalade para a Champions League.
Roberto De Zerbi fez o rescaldo do Sporting x Marselha da Champions League. Duelo da terceira jornada da fase de liga da prova terminou 2-1 para os leões.
«Ver a primeira parte 11X11 e a segunda 11X10 dá para perceber quanto jogou o cartão vermelho. Resistimos muito mais. Tivemos azar com o primeiro golo, a bola não foi recuperada e o jogador não estava pronto para reagir. Tornou o jogador do Sporting alvo do ressalto. Tínhamos uma defesa de cinco, com o Paixão e o Greenwood, o Paixão fazia melhor as duas fases [ofensiva e defensiva]. Com um homem a menos, precisávamos de mudanças. O Vermeeren fez uma primeira parte fantástica, mas precisávamos de características diferentes».
«O Vermeeren teria sido prejudicado pelo físico. Já com um a menos, queria o O’Rilley para evitar perder energia. Já tínhamos menos um, o Paixão tinha de trabalhar mais. Precisava de um jogador com mais físico».
«Primeira parte? A primeira parte foi um dos melhores momentos do Marselha na época. Podíamos ter jogado mais e ter feito mais golos. Houve ocasiões perdidas. Podíamos ter aproveitado melhor as oportunidades. Fiquei satisfeito. Não é fácil jogar neste estádio contra um adversário habituado a jogar Champions. Atacam com muitos, os laterais avançam. Tentámos uma pressão alta, mas tivemos de mudar. 1-0, faltava a segunda parte, tínhamos avançados que não estão predispostos a estas características. Queria dar mais peso a jogadores capazes de defender».
«Reação da equipa? Uma derrota é uma derrota. Em Lyon também ficámos com 10 uma parte do jogo. É outro tipo de derrota. Tem que nos dar orgulho e confiança em nós próprios. Temos um jogo em Lens que nos espera e temos de recuperar as pernas e a cabeça. Há jogadores que não jogarão».
«Na segunda parte jogámos com 10. O Sporting ganhou a Benfica e FC Porto, chegou a fases finais da Champions League. 11X11 fomos nós quem dominou o jogo. Na segunda parte tudo mudou. O primeiro amarelo pareceu-me excessivo».
«Jogo completamente diferente do que preparámos. Forma de jogar diferente e do que estamos a treinar. Podíamos ter feito coisas melhores e um pouco mais. Podia ter colocado jogadores mais cedo. É um jogo completamente diferente. O Nápoles, campeão de Itália e com um grande treinador, levou 6-2 com uma expulsão aos 70 minutos. É difícil, joga o cansaço, muitos elementos, a qualidade do adversário. É muito difícil».