Tomás Amaral é o diretor desportivo da lista de João Noronha Lopes. Dirigente foi entrevistado pelo Bola na Rede e falou de mercado e do Benfica.
Tomás Amaral foi o mais recente entrevistado pelo Bola na Rede. O diretor desportivo da lista de João Noronha Lopes falou no mercado sul-americano, especialmente no argentino, e destacou as suas mais-valias.
«Obviamente que a América do Sul tem de ser um mercado prioritário para o Benfica. Não só pela sua história, mas também pela quantidade de talentos que saem todos os meses desses mercados. É importante que o clube saiba olhar para esses talentos e perceber que são diferenciados em relação a determinados fatores que não encontramos noutros mercados, seja o fator técnico, mas também o próprio fator da personalidade. Falamos de jogadores cuja fome de vencer será sempre muito maior que jogadores que nasceram com tudo, numa sociedade mais desenvolvida. Não quero dizer que todos os jogadores argentinos eram pobres, mas existe uma relação entre a fome de vencer dos jogadores e a sua condição social. É muito importante que o Benfica perceba que tem aqui a oportunidade de ter jogadores com esta fome, ao contrário de outras contratações de jogadores já feitos, com um determinado estatuto e nível salarial. Não digo que nenhum deles tenha fome, o Otamendi é um caso claro do seu contrário. Veio para o Benfica com a vida resolvida e continua a ser um dos jogadores com mais fome dentro do Benfica. Porém, há muitos casos que vêm com a vida resolvida e, à primeira dificuldade, não lhes apetece ultrapassar ou quebrar a barreira da adaptação. Ao contrário, um jogador mais jovem argentino, brasileiro, uruguaio, ou de outro país na América do Sul tem essa fome e não desiste à primeira contrariedade», elogiou Tomás Amaral.

