Fernando Tavares deixou várias crítica para o investimento e gestão do Benfica no Futebol Feminino. O antigo vice-presidente criticou a forma como as águias estão a trabalhar no departamento.
Fernando Tavares deixou críticas para o investimento do Benfica no Futebol Feminino. O antigo vice-presidente dos encarnados, que deixou a estrutura da equipa após as últimas eleições, criticou a gestão do clube no departamento:
«A baixa assistência no recente jogo de futebol feminino do Benfica na Liga dos Campeões é revelador da possível regressão da modalidade em Portugal e do desinteresse que está a crescer nos adeptos do futebol. O Benfica nos primeiros 5 anos de uma vida que tem 7 anos foi o principal motor do desenvolvimento do futebol feminino. O clube investiu, cresceu e para além dos títulos nacionais viu o seu ranking europeu passar da posição 97 para o décimo lugar. Um feito notável atingido em apenas 3 anos de participação na Liga dos Campeões no ano em que atingiu os quartos de final naquela competição. Acresce e em consequência daquele notável feito ter visto a sua treinadora, Filipa Patão, ser nomeada entre as 6 melhores do mundo para a atribuição da Bola de Ouro. Nesse percurso o Benfica chegou a ter uma assistência de 27000 adeptos num jogo contra o rival Sporting que contrasta com os 2000 espectadores do último jogo europeu. Tal desinteresse resulta do desinvestimento feito na qualidade da equipa. Perder jogadoras como a Kika, a Ana Vitória e a Cloe Lacasse são apenas três exemplos de perdas irreparáveis», escreveu no Linkedin.
O antigo vice-presidente do Benfica continuou com as palavras pouco simpáticas para a estrutura do clube encarnado:
«Ou seja, após a inédita conquista de atingir os quartos de final da Liga dos Campeões e quando se esperava um forte investimento para aproximar o Benfica do sonho europeu o clube regrediu na contratação de atletas que permitissem colmatar as saídas e subir o patamar competitivo. A ideia de que o futebol português feminino não está a acompanhar o esforço feito pelo Benfica e que por essa razão é necessário travar o investimento e tudo se fará de uma forma progressiva vai fazer regredir a modalidade e é a falta de reconhecimento da importância motora do clube para o desenvolvimento da mesma. Se a política não se inverter nada será como o passado recente e o que vamos assistir é a um nivelamento por baixo das competições nacionais, algo que sempre interessou à Federação Portuguesa de Futebol e aos seus responsáveis em nome do equilíbrio da competitividade mesmo que isso signifique um quadro de pobreza».

