Catarina Campos foi a mais recente entrevistada pelo Bola na Rede. Árbitra falou dos desafios e percurso da arbitragem feminina.
Catarina Campos falou com o Bola na Rede sobre os desafios e caminhos da arbitragem feminina. Árbitra falou das presenças em jogos da Primeira e Segunda Liga, onde foi pioneira.
«São passos ainda pequeninos. Nas competições profissionais masculinas foram dados só este ano, em 2025. Fui a primeira mulher a estar presente nessas competições, em fevereiro na Segunda Liga e em março na Primeira Liga. Quero acreditar que foi um abrir de portas e que, no futuro, mais colegas possam pisar com naturalidade esses palcos. Acho que é importante percebermos de uma vez por todas que a mulher árbitra ou o homem árbitro são árbitros a desempenhar um papel e uma função. Todos temos as mesmas competências, portanto estamos preparadas para encarar esses desafios com naturalidade. Fui a primeira e espero que não tenha sido apenas para ficar na história e que, no futuro, haja mais oportunidades para mim e para outras colegas», referiu Catarina Campos, que negou alguma diferença por parte dos jogadores.
«O jogador está focado em desempenhar o seu papel da melhor maneira possível, tal como o árbitro. Os jogadores vão para dentro de campo para disputar o jogo, para competir e para ganhar e nós vamos para dentro de campo para fazer o nosso trabalho da forma mais competente e imparcial possível dentro daquelas que são as nossas valências e do que é a preparação diária para assumir esse papel. Não sinto que seja mais ou menos respeitada ou aceite por ser mulher. No fundo, as dificuldades que passo enquanto mulher são as mesmas que passa qualquer árbitro no processo de muita intolerância que ainda há no desporto. Dentro de campo, não sinto essa não aceitação ou desrespeito por parte dos intervenientes. Os jogadores estão lá para fazer o seu jogo e esperar que a pessoa que esteja lá como decisor, seja um homem ou uma mulher, tome as melhores decisões possíveis no desenrolar do jogo», salientou a árbitra.
Lê a entrevista de Catarina Campos na íntegra.

