Diogo Clemente foi a voz da revolta do Caldas, após a derrota frente ao Braga, na Taça de Portugal. O lateral de 30 anos criticou a decisão da mudança de estádio imposta pela FPF.
Diogo Clemente não escondeu a insatisfação com a mudança de estádio do jogo entre o Caldas e o Braga para a Taça de Portugal. O capitão da equipa da Liga 3 falou após a derrota sofrida contra os minhotos e manifestou a revolta com o sucedido:
«Quem perdeu hoje foi o futebol português. Não houve verdade desportiva e os pequenos são sempre lesados. Avisaram o Caldas 24 horas antes do início do jogo por e-mail, dizendo-nos que tínhamos uma hora para decidir se queríamos jogar Em Torres Vedras ou no Jamor. Caráter, honra e dignidade são valores que não faltam nas Caldas. O futebol português está podre. Os grandes é que contam. Isto era como obrigarem o Benfica a jogar em Alvalade. Este é o futebol português… perdoem-lhes por eles não sabem o que fazem. No Campo da Mata tínhamos 5% de possibilidades de ganhar porque as coisas são mesmo assim. Aqui tínhamos 1%. Vejam como estava este relvado. Houve lesões dos jogadores do Caldas, mas isso não interessa, porque só se preocupam com os grandes. Já temos a Taça da Liga que é só para os grandes. Se quiserem fazer o mesmo para a Taça de Portugal, estão à vontade», afirmou após a partida.
Após o encontro, também José Vala, que é treinador do Caldas há dez temporadas, anunciou a sua intenção de deixar a equipa devido à situação que motivou a mudança de estádio para o encontro da Taça de Portugal.

