A defesa do FC Porto alegou que as imagens foram exibidas no balneário de Fábio Veríssimo por engano. Eis o que disse também o árbitro no acordão.
O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol publicou o acórdão e anunciou a aplicação de uma multa de 12.750 euros ao FC Porto no âmbito do caso da televisão no balneário de Fábio Veríssimo.
Segundo o documento, o FC Porto explicou que as imagens do lance em causa se destinavam a ser analisadas por vários departamentos do clube, incluindo a equipa técnica, a equipa de análise do jogo e a direção desportiva. No entanto, «por lapso, ao selecionar os locais a injetar o conteúdo, foi inadvertidamente selecionada a sala dos árbitros», lê-se no acórdão.
No documento é referido ainda as palavras de Fábio Veríssimo e o impacto das imagens na sua atuação: «Que [as imagens] foram colocadas com o claro intuito de tentar condicionar o desempenho da equipa de arbitragem, não tenho dúvidas. Se houve uma relação de causa e efeito, não consigo saber, mas que as imagens me afetaram, claro que sim. Por isso é que mandei desligar a televisão».
De acordo com a instrutora, não se verificou qualquer forma de violência física ou moral, nem ficou provado que o sucedido tenha afetado ou condicionado o trabalho do árbitro em campo:
«Embora se trate de um comportamento eticamente censurável e desportivamente inadmissível e insidioso, o mesmo não preenche os elementos do tipo do ilícito de coação de elementos da equipa de arbitragem».

