FC Porto 1-1 SL Benfica: No Dragão, 92 e Lisandro é sinónimo de golo

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Intensidade. Crer. Ratice. Disciplina táctica. Qualidade técnica. Inspiração. Tudo elementos fundamentais do jogo em que o Porto foi superior ao Benfica no clássico do Dragão. Porém, há sempre aquele factor aleatório que torna o desporto-rei naquilo que ele é. Um jogo apaixonante que é sempre capaz de nos surpreender. A estrelinha da sorte – no tal fatídico minuto – esteve do lado encarnado. O Porto foi superior durante quase todo o encontro e o Benfica, exceptuando alguns minutos no segundo tempo, nunca pareceu incomodar verdadeiramente a defesa portista. Mas, Lisandro, que jogou devido à infelicidade do capitão, deu um ponto ao Benfica.

O jogo começou com uma variante táctica que, ao que parece, pela incapacidade para responder a ela a todos os níveis, trocou as ideias a Rui Vitória. Nuno Espírito Santo fez entrar Corona para o onze e, com isso, colocou a equipa a jogar em 4-3-3. Porém, a dinâmica ofensiva dos portistas foi o que verdadeiramente desequilibrou. Otávio, Oliver, Corona, Jota nos primeiros 30 minutos foram um autêntico quebra-cabeças para a estrutura (quase sempre desorganizada) benfiquista. Otávio e Oliver, particularmente estes dois, eram responsáveis pelo lado criativo do jogo. Pausavam, aceleravam e, depois, sempre com critério, colocavam a bola nas duas setas: Corona e Jota. As movimentações dos dois (sem bola) confundiam as marcações aos jogadores encarnados, que depois se mostravam também impotentes quando as jogadas eram divididas.

Nessa meia-hora “à Porto”, os encarnados podem agradecer a Ederson. Porque ofensivamente, a equipa foi um vazio. De ideias e de soluções capazes de confundirem as marcações (sempre apertadas) do trio Danilo-Felipe-Marcano. Os defensores do Porto recuperavam facilmente a bola e com isso, o Benfica não respirava. Faltava bola ao jogo benfiquista, assente sobretudo em jogadas individuais inconsequentes. Nestes jogos, o individual pode decidir mas nãos e deve abdicar de um jogo colectivo como o Benfica fez.

A segunda parte trouxe uma baixa de intensidade – já anunciada pelos últimos 15 minutos do primeiro tempo – dos portistas, mas nem por isso a superioridade despareceu. O golo, também ele anunciado já há muito, surgiu, por um dos jogadores que mais o mereciam. Corona, como em muitas outras jogadas, desequilibrou a defesa benfiquista. Desta vez, decidiu bem e colou em Diogo Jota que, com classe fuzilou Ederson – o guardião benfiquista não fica bem na fotografia.

Rui Vitória foi mexendo na equipa. Lançou André Horta, e, por 10 minutos, ganhou o controlo do meio-campo e, consequentemente, do jogo. Valeu-lhe de pouco. Nuno Espírito Santo, percebeu que tinha de (re)controlar a zona nevrálgica do terreno. Ruben neves entrou e o Porto voltou a controlar o Benfica, longe da sua zona defensiva. Quando todos já esperavam o apito final – as restantes substituições de Rui Vitória não acrescentaram nada -, eis que Lisandro, com assistência de Horta – o jovem português deu alguma criatividade ao jogo encarnado -, restabeleceu a igualdade. Os festejos eram ambíguos. A equipa teve sorte e não fez o suficiente, sequer, para empatar. Porém, a vantagem de 5 pontos continua intacta. E, nas contas finais, é isso que decide.

Jorge Fernandes
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O futebol acompanhou-o desde sempre. Do amor ao Benfica, às conquistas europeias do Porto, passando pelas desilusões dos galácticos do real Madrid. A década continuou e o bichinho do jornalismo surgiu. Daí até chegarmos ao jornalismo desportivo foi um instante Benfiquista de alma e coração, pretende fazer o que mais gosta: escrever e falar sobre futebol. Com a certeza de que futebol é um desporto e ao mesmo tempo a metáfora perfeita da vida.                                                                                                                                                 O Jorge não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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