André foi a grande surpresa no 11 do FC Porto para a visita ao Estoril. Início frio com o Porto bastante interessado e preocupado em não deixar o Estoril sair em contra-ataque e, por sua vez, a equipa da casa manteve-se sólida e organizada no sector defensivo, não deixando os Dragões criarem qualquer perigo junto à baliza de Moreira.
Os visitantes tiveram sempre grande dificuldade em ligar o seu jogo, com Herrera e André encostados às linhas e Danilo no apoio a Olivier, deixando Diogo Jota ao lado de André Silva no ataque azul e branco. O treinador, Nuno Espírito Santo, demorou 37 minutos a compreender a falta de ideias do Porto em construir uma jogada de perigo, substituindo Diogo Jota por Brahimi. O jovem português esteve bastante apagado da partida e o Porto precisava de alguém mais criativo na frente. Herrera conseguiu construir e destruir, sistematicamente, todas as suas jogadas e oportunidades, falhando bastantes passes nos momentos cruciais da transição ofensiva.
Por outro lado, o Estoril Praia demonstrou bastante organização e solidez defensiva, estando preso às ideias de Mattheus. A sua qualidade técnica esteve em clara evidência quando o Estoril necessitava de sair do sufoco portista. Em 39 minutos jogados a partida já contava com 25 faltas, um registo impressionante que demonstrava a batalha no meio-campo a que estávamos a assistir.
Entrada forte da equipa portista na segunda parte. Brahimi veio dar mais qualidade ao ataque e um novo ânimo à equipa, com André Silva a ter a primeira oportunidade flagrante para abrir o marcador aos 52 minutos. Logo de seguida, os visitantes pediram penálti num lance que o árbitro deixou seguir e, aos 58 minutos, Herrera falhava mais uma oportunidade com um remate perigoso em posição frontal. Rui Pedro e Corona foram lançados, em conjunto, para os lugares de Oliver e Herrera, colocando mais homens na frente, mas foi o Estoril quem apareceu com jogadas de perigo junto à baliza de Iker Casillas.
Tudo parecia encaminhar-se para os últimos minutos fatídicos quando, aos 81 minutos, Moreira derruba André Silva na grande área. O árbitro, Manuel Oliveira, não teve dúvidas, assinalando castigo máximo contra a equipa da casa. André Silva converte o penálti, marcando o 12.º golo do campeonato, causando a euforia portista.
Aos 90 minutos, já com o jogo completamente partido e com o Estoril reduzido a 10 jogadores por expulsão de Diakhite minutos antes, uma jogada rápida de ataque azul e branco libertou Corona na ala direita do ataque, que, com grande classe, tirou o defesa da frente e apontou o segundo golo, confirmando uma vitória difícil e bastante suada do FC Porto. Perto do final e já em compensação, Dankler reduziu e fez o 1-2 final.
É de realçar que, se Nuno Espírito Santo esteve bastante bem nas substituições e nos momentos em que mexeu na equipa, já o treinador Carmona não correspondeu com êxito sempre que tentou alterar o rumo do jogo.
Foto de Capa: Bola na Rede