Em fim-de-semana de Carnaval, o Estádio José Santos Pinto abriu portas para receber o jogo entre o Sporting da Covilhã e a equipa “B” do Futebol Clube do Porto. Com uma maior afluência que o habitual, estavam criadas as condições para que fosse um bom jogo.
O Covilhã, que vinha de uma série de quatro jogos em doze dias, começou um pouco mais apático, permitindo aos pupilos de António Folha dois lances de perigo que, caso não fosse a atenção de Igor, dariam em dois golos prematuros.
Por sua vez, as investidas da equipa da casa, que só começou a responder a partir dos vinte minutos, eram feitas pelas alas, pelos pés de Harramiz e Medarious, que impunham sempre velocidade nos ataques serranos.
Os leões da serra iam equilibrando cada vez mais o jogo. Harramiz, numa bela jogada em que se liberta de três adversários, cruza para dentro da área, onde aparece Erivelto a rematar muito por cima da baliza. Também Soares e Chaby tentaram a sua sorte, mas sem problemas de maior para Godiño.
Do outro lado do campo, os ataques dos dragões eram levados a cabo, principalmente, por Rui Pedro que, através de uma jogada individual pelo lado direito, não conseguiu melhor que rematar às malhas laterais da baliza.
A grande oportunidade da primeira parte pertenceu mesmo à equipa de Filipe Gouveia, através de Erivelto. Prince isola o avançado brasileiro que, apenas com Godiño pela frente, preferiu rematar mais em jeito que em força, permitindo assim uma boa intervenção por parte do guarda-redes mexicano.
O jogo acabava por chegar ao intervalo bastante equilibrado. Os “bês” do Futebol Clube do Porto, faziam valer o seu poderio físico, enquanto o Covilhã, visivelmente desgastado, fazia os seus ataques através da circulação de bola entre todos os jogadores, havendo algumas jogadas rápidas por parte dos alas.
A segunda parte começou muito combativa, com o Porto a obrigar o Covilhã a jogar longo e a errar, mas sem grande efeito, visto que a equipa da casa acabava por pressionar muito alto quando perdia a posse de bola e tentava sempre manter o esférico no meio-campo do adversário.
Os dragões iam ameaçando através de bola parada. Govea era um dos casos, em que um dos seus livres rasou a barra da baliza de Igor.
Apesar da intensidade com que o jogo havia recomeçado, este depressa esmoreceu, tendo o árbitro parte da culpa desta situação. Cada vez mais se observava a dualidade de critérios para as equipas. Apesar de não estar envolvido em nenhum lance fulcral para o resultado, notava-se que havia mais facilidade de mostrar a cartolina amarela a jogadores do Covilhã que a jogadores do Porto, por faltas muito similares.
Os golos acabariam por aparecer nos últimos minutos de jogo. Primeiro, os leões da serra colocam-se em vantagem por intermédio de Sambinha. Godiño defende um livre batido por Ponde, bastante tenso, para a frente, onde aparece o recém entrado Sambinha para cabecear a bola para dentro da baliza.
A festa acabou por durar apenas três minutos, visto que André Pereira, que tinha acabado de entrar, marcou para a equipa forasteira, em que apenas teve de encostar, depois de cruzamento de Galeno.
O jogo acabaria por não ter muito mais história, sendo justo o empate para ambas as equipas. A equipa B do Futebol Clube do Porto continua a lutar para fugir dos lugares do play-off de despromoção, enquanto o Covilhã perdeu a oportunidade de se aproximar dos lugares cimeiros.