Com a desistência de Andy Murray depois de o sorteio já ter saído e as derrotas precoces de Zverev, Cilic e co., a metade inferior do quadro ficou a parecer um torneio 250 após apenas alguns dias. Foi Kevin Anderson quem aproveitou para atingir o maior feito da sua carreira até à data, mas havia a clara sensação de que o título ia ser decidido na parte superior do quadro. Numa repetição da final de 2009, Del Potro voltou a vencer Federer, no Arthur Ashe, e parecia encaminhado para, quiçá, repetir o triunfo de 2009 sobre Nadal também, mas após ganhar o primeiro set, o Argentino quebrou fisicamente, como tem sido, infelizmente, apanágio durante toda a sua carreira. Assim, Nadal conquistou o seu 16º título do Grand Slam, terceiro no US Open, sem enfrentar qualquer jogador do top 25 mundial, naquele que será, quiçá, o título mais fácil que conquistou até à data.

Fonte: C. Dubrueil/FFT
Com esta conquista, Nadal está muito bem encaminhado para acabar o ano como número um do ranking mundial, tendo agora uma vantagem de 1860 pontos sobre Federer, com dois Masters 1000, o World Tour Finals e alguns ATP 500 por jogar. Dito isto, Federer tem, seguramente, hipóteses de reavivar esta disputa até ao final da temporada.
Não é apenas a luta pelo número um que está bem viva, mas também a luta pelo recorde de títulos do Grand Slam. Estava 17-14 para Federer há 12 meses, está agora 19-16, mas ambos os jogadores demonstraram que ainda são capazes de ganhar, pelo que Nadal continuará a pôr pressão sobre Federer.
Foto de Capa: Eurosport
Artigo revisto por: Francisca Carvalho