Não é que Vitória não tenha encontrado uma base com a qual conta, mas sim o valor dessa base. Vejamos. O onze do Benfica nesta altura é constituído por Varela, Grimaldo, Luisão, Jardel (por maioria de vezes comparando com Lisandro), Diego Armando Maradona, André Almeida, Filipe Augusto, Pizzi, Cervi (mais utilizado do que Zivkovic), Salvio, Jonas e Seferovic.
Tudo isto está alinho no clássico 4-4-2. Num pequeno aparte, nota-se que Rui Vitória está naquela faixa de portugueses que não acompanha a mudança dos tempos – afinal de contas ainda utiliza o super sumo táctico dos anos 90. A questão não está tanto no aspecto táctico, visto que nos últimos dois anos foi assim e o Benfica foi campeão, mas sim com as personagens que dão vida à táctica.

Parece e é quase redundante da minha parte estar para aqui a falar mal de Salvio, mas perdoem-me a insistência, porque terei de voltar a fazê-lo a seu tempo. Este onze não tem dado garantias. Começou bem com as vitórias para o campeonato e na supertaça, mas, depois do desaire na Champions e da derrota no Bessa, tudo isto antes da pobre prestação em casa frente ao Portimonense, tudo é posto em causa.
Visto que o período de transferências já lá vai e que não vale a pena chorar sobre o dinheiro que foi ganho e que podia ser investido em jogadores de qualidade, temos de ser sensatos e jogar com aquilo que há, ou seja, olhar para aquilo que costuma ficar de fora.
Para que fiquem já com aquilo que tenho em mente, aviso já que sou da opinião de que o Benfica deve jogar em 4-2-3-1. Sim, só com um na frente, mas onde um dos três que jogam nas costas funciona como um 10/falso 9. Neste caso, seria Jonas a fazer esse papel.