Chelsea FC 1-0 Manchester United: United de Mourinho impotente face ao poderio do Chelsea de Conte

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Não sendo um dérbi, o confronto que opõem Chelsea FC e Manchester Utd é um dos grandes clássicos do futebol inglês que qualquer adepto do futebol não hesita perder. Jogou-se hoje, dia 05 de novembro de 2017, mais um embate entre estes dois emblemas históricos do futebol inglês. A equipa do Chelsea partiu para esta jornada no quarto lugar com 19 pontos e o Manchester United, no segundo posto, com 23.

O jogo foi, na sua globalidade, comandado pelos londrinos, que se revelaram sempre mais esclarecidos e agressivos em campo ao longo da partida. O United andou sempre “às aranhas”, procurando aqui e ali, uma brecha na muralha londrina para se adiantar no marcador. Nunca esteve por cima do Chelsea, procurando sempre os erros da equipa adversária. E, nestes jogos, jogar assim pode pagar-se caro, muito caro. E foi isso, precisamente, que veio a acontecer.

A primeira parte do jogo um Chelsea mais Senhor do jogo, assumindo desde muito cedo o comando do meio-campo. Neste setor, Herrera e Matic do lado da formação de Manchester foram completamente cilindrados pelo poderio físico, técnico e tático de Kanté e Fàbregas, sempre muito perspicazes na leitura e nos movimentos de jogo da formação de Mourinho.

Com ambas as equipas a atuarem num sistema de três centrais, o United explorava um futebol de contra-ataque uma vez que estava longe do jogo no que à posse e circulação de bola dizia respeito. Quando se encontrava em momentos defensivos, colocava apenas Lukaku como homem mais adiantado, tentando recuperar a bola na sua zona defensiva, lançando e projetando de imediato o belga no ataque, tentando apanhar a equipa do Chelsea em contrapé. Mas a estratégia de Mourinho revelou-se ineficaz face à de António Conte: o italiano colocou uma equipa a funcionar com cabeça, tronco e membros, articulada em todos os setores e fases do jogo. Foi notório, ao longo de toda a partida, uma maior facilidade do Chelsea jogar entre linhas, sendo isso determinante para a supremacia individual e coletiva dos londrinos face aos forasteiros de Manchester.

Os lances de ataque do Chelsea sucederam-se uns após os outros, logo na primeira parte: ao minuto 11 o endiabrado Tiemoué Bakayoko remata em posição frontal para a baliza do United; ao minuto 18 remate de cabeça do espanhol Cesc Fàbregas que sai ao lado da baliza de De Gea; ao minuto 32 passe sublime de Fàbregas para Morata rematar para defesa fácil do seu compatriota De Gea; ao minuto 40 cabeceamento perigosíssimo do defesa Andreas Christensen que sai por cima da barra da equipa comandada por Mourinho, após um canto batido de forma bastante eficaz por Fàbregas.

Na equipa do United, destacava-se a mobilidade do arménio Henrikh Mkhitaryan, sempre muito irrequieto na zona ofensiva da equipa de Mourinho, oscilando entre a direita do ataque, passando pela esquerda e indo mesmo, por vezes, para as costas do avançado Lukaku. Mourinho tentava com essa mobilidade do arménio saturar a paciência dos defesas londrinos. Mas estes não se deixaram enganar, foram sempre mais maduros, conscientes e frios ao longo do jogo.

Lingard (dir.) saiu do banco para tentar mudar o rumo do encontrou mas não conseguiu  Fonte: Talksport
Lingard (dir.) saiu do banco para tentar mudar o rumo do encontrou mas não conseguiu
Fonte: Talksport

A segunda parte iniciou-se de forma bastante semelhante à forma como tinha terminado a primeira: continuava a supremacia do Chelsea, assumindo as despesas do jogo, dificultando a equipa de Mourinho nas suas saídas ofensivas. Do lado do Chelsea, destacava-se de forma cada vez mais veemente o elo entre dois jogadores: Cesc Fàbregas e Eden Hazard, uma ligação perfeita, carregada de entendimento e de coordenação.

Ao minuto 53 acontece o prelúdio daquilo que veio a acontecer um minuto mais tarde: remate perigoso de Hazard em frente a De Gea. Mas a desinspiração do belga impediu que se alterasse o zero a zero que se registava no marcador. Mas, um minuto mais tarde, registou-se o momento fatal de toda a partida: Morata cabeceou após um cruzamento da direta telecomandado de César Azpilicueta, fazendo o merecido um a zero para a equipa de Londres. O um a zero a favor da equipa de Conte fazia com que Mourinho refletisse bastante no banco de suplentes do United. O português tentava engendrar uma fórmula mágica para superasse os inspirados pupilos de Conte. Foi então que realizou uma dupla substituição: lançou, ao minuto 62 o belga Fellaini para render Phil Jones e entrou também para o jogo o francês Anthony Martial rendendo o arménio Mkhitaryan. Conte respondeu, mais tarde, aos 66 minutos, com a entrada do alemão Antonio Rudiger rendendo David Zappacosta.

Mas Fellaini veio a espelhar em campo aquilo que se passava coletivamente na sua equipa: por um lado, a desinspiração e, por outro lado, a ansiedade. Aos 74 minutos perde a bola de forma infantil para Bakayoko no meio-campo, que culmina numa corrida e posterior remate do francês à baliza do United, um remate carregado de desejo de golo. Fellaini ficou a olhar o desfecho do lance, pedindo aos deuses que aquela bola não entrasse e se fechasse com isso a esperança, já reduzida, do United disputar um resultado mais positivo.

Ao minuto 77 entra na equipa de José Mourinho Jesse Lingard para render Ashley Young; Conte respondia nessa altura com a entrada de Drinkwater para uma saída bastante aplaudida de Cesc Fàbregas que realizou, de facto, uma grande exibição. Outro jogador também bastante ovacionado em Stamford Bridge foi o belga Eden Hazard que saiu, momentos mais tarde, para dar lugar ao brasileiro Willian.

Em suma, esta equipa do United saiu derrotada por uma bola a zero do terreno do Chelsea Football Club. Mas, mais do que a derrota, parece confirmar-se aquilo que já muitos têm refletido: este United terá que suar muito para atingir o registo épico que evidencia a sua história. O jogo de hoje em Londres espelhou isso mesmo. Mas será Mourinho o homem certo para fazer aquilo que outros já tentaram e não conseguiram?

Foto de capa: Chelsea FC

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O Simão é psicólogo de profissão mas isso para aqui não importa nada. O que interessa é que vibra com as vitórias do Sporting Clube de Portugal e sofre perante as derrotas do seu clube. É um Sportinguista do Norte, mais concretamente da Maia, terra que o viu nascer e na qual habita. Considera que os clubes desportivos não estão nos estádios nem nos pavilhões, mas no palpitar frenético do coração dos adeptos e sócios.                                                                                                                                                 O Simão escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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