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Anti-jogo: O vírus do Futebol Português

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Cabeçalho Futebol Nacional

O Futebol é um desporto que atrai milhares de pessoas de todas as raças, de todos os povos e nações. Um desporto que traz união e que diverte quem a ele assiste. Apesar disso, com o passar do tempo, o Futebol tem criado anticorpos e falhas dentro do seu próprio sistema. Uma delas, e é desta que vamos tratar,  é o anti-jogo.

O anti-jogo é uma atitude que dá origem a um anti desportivismo, tornando o jogo monótono, planeado e pouco espontâneo. Ou seja, a principal ideia de um jogo de Futebol é que duas equipas pratiquem bom futebol. Ainda que, por vezes, a qualidade não seja a melhor, importa sempre manter a premissa de assumir o jogo, de querer vencer.  Aquilo que é certo é que, muitas vezes, equipas com menos argumentos financeiros ou mesmo humanos acabam por utilizar o anti-jogo como principal arma para o jogo. Muitas vezes, esta atitude é tomada quando a equipa está em vantagem ou até mesmo quando está a empatar. Seja por meio de ofensas verbais, simulações, faltas constantes, nas entradas ou saídas de jogadores, todas essas práticas põem em causa a essência do desporto e do Futebol, no geral.

Vamos comparar o anti-jogo a uma gripe forte. Normalmente, o surto da gripe surge num primeiro indivíduo, depois o vírus acaba por se propagar muito facilmente, deixando mais pessoas contaminadas. Muitos são os casos, seja na primeira ou na segunda liga, de bons jogadores com más atitudes como estas. Pode-se dizer que são como a gripe. Algo que pode ser preocupante para o Futebol Português é o fato de equipas pequenas praticarem algo assim e as grandes aproveitarem-se de situações assim para tentar manter a vantagem e dominar o jogo. Esta crítica ao anti-jogo pode até ser vista como um romantismo pelo Futebol, como uma utopia, mas não nos esqueçamos que são estas pequenas coisas que têm contaminado o nosso Futebol. Se o Futebol é um jogo, deve ser jogado. Praticar o anti-jogo é evitar praticar Futebol. É, também, desrespeitar os adeptos que pagam bilhete para ir ao estádio.

Mas, assim como uma gripe, é preciso atacar e procurar eliminar por completo o vírus. Como é que esse vírus poderia ser eliminado do Futebol Português? Uma das formas mais comuns de anti-jogo é a demora nos passes, tanto do guarda redes como em situações de canto, ou até mesmo quando algum jogador é substituído. Talvez seja necessário uma dose de sanções para quem assim o faz como forma de extinguir o vírus.

Normalmente, um simples comprimido não ajuda a passar a gripe. Muitas vezes, é necessário algo mais forte, um antibiótico, para que possamos recuperar a vitalidade. Pois bem, é de um antibiótico que o Futebol precisa neste momento. Cada vez mais, o vírus do antijogo propaga-se e vai-se perdendo aquilo que era um espetáculo bonito, livre de situações programadas.

O Anti-Jogo também acontece noutros campeonatos Fonte: Confederação Brasileira de Futebol
O Anti-Jogo também acontece noutros campeonatos
Fonte: Confederação Brasileira de Futebol

Outra situação muito comum são as falsas lesões. E é aqui que entra a expressão “queimar tempo”. Quanto mais tempo se “queima” mais difícil é fazer recuar a doença.  E, por entre este teatrinho de lesões, os minutos passam e quando damos conta já 10 minutos de jogo se foram e o que se fez? Nada. Será que pode ser feito alguma coisa para melhorar isso? Para além do antibiótico e do comprimido para as dores, também são necessárias umas vitaminas. É destas vitaminas que estas lesões momentâneas precisam. Será que os árbitros poderiam ter isso mais em conta? Sim. E não é dando mais minutos de compensação que este problema se vai resolver.

Parte dos clubes, dos órgãos ligados ao Futebol, da Liga, da Federação e de todos os dirigentes esta mudança de paradigma. São várias as alternativas. A aplicação de coimas (elevadas) aos jogadores que tomem estas atitudes, a própria punição com jogos de castigo podem ser alternativas para que este problema fique sanado. Uma alternativa mais radical pode passar, à semelhança daquilo que acontece no Futsal, por uma paragem de tempo. Assim, sempre que algum jogador tivesse de ser assistido, a contagem de tempo do jogo parava. Sendo que o tempo de compensação deixava de ter uso.

Alternativas à parte, urge que os clubes possam pensar em alternativas que credibilizem e valorizem o nosso Futebol. Não é pelo anti-jogo que o Futebol Português, nem os jogadores nem os treinadores nem os adeptos, vão sair beneficiados. Porque um jogo de Futebol é para ser jogado, sempre.

Artigo revisto por: Ana Rita Cristóvão

Raquel Roque
Raquel Roquehttp://www.bolanarede.pt
A Raquel vem dos Açores, do paraíso no meio do Oceano Atlântico. Está a concluir a licenciatura em Estudos Portugueses e Ingleses. Guarda os clássicos da literatura, a Vogue e os jornais desportivos na mesma prateleira.                                                                                                                                                 A Raquel escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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